A Disney divulgou nesta segunda-feira (17) o primeiro teaser do filme Moana em versão live-action, confirmando o lançamento para julho de 2026. A prévia apresenta rapidamente a protagonista, interpretada por Catherine Lagaaia, e mostra Dwayne Johnson de volta ao papel do semideus Maui, personagem que ele dublou na animação de 2016.
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Primeiras imagens reforçam aposta em adaptações com atores
A filmagem de 30 segundos antecipa cenários tropicais, canoas tradicionais e o gancho luminoso de Maui, mas evita revelar cenas completas de ação. Segundo a Disney, um trailer mais longo será liberado “nos próximos meses”. O estúdio mantém a estratégia de transformar sucessos animados em produções com elenco real, fórmula já aplicada em O Rei Leão (2019), A Pequena Sereia (2023) e no ainda inédito Lilo & Stitch.
Além de Lagaaia e Johnson, o elenco reúne John Tui, Frankie Adams e Rena Owen. A direção está a cargo de Thomas Kail, vencedor do Tony Awards pela encenação do musical Hamilton na Broadway. O roteiro segue a narrativa original: Moana parte em uma missão pelo Oceano Pacífico para salvar sua comunidade, recebendo orientação de Maui ao longo do caminho.
Por que a Disney retorna a Moana oito anos depois
Lançada em 2016, a animação Moana arrecadou cerca de US$ 683 milhões mundialmente e recebeu indicações ao Oscar de Melhor Animação e Melhor Canção Original. Em contraste, Moana 2, distribuída em 2024 apenas em streaming, não atingiu o mesmo impacto de crítica ou público. Especialistas em entretenimento apontam que a versão em live-action busca revitalizar a marca, gerar novas receitas em bilheteria e ampliar a relevância da franquia no Disney+.
Relatórios de mercado indicam que produções com atores tendem a atrair diferentes faixas etárias, unindo nostalgia e curiosidade tecnológica em torno de efeitos visuais avançados. Esse movimento também responde à crescente concorrência no streaming, em que Netflix, Amazon e outros serviços disputam atenção com conteúdos originais e franquias consolidadas.
Escalação do elenco e representatividade
Catherine Lagaaia, atriz australiana de ascendência samoana, assume o papel de Moana e marca a primeira grande produção hollywoodiana de sua carreira. A escolha reforça o compromisso declarado pela Disney de escalar intérpretes de origem polinésia em papéis que retratam a cultura do Pacífico. Dwayne Johnson, que tem ascendência samoana e já havia dado voz a Maui, agora interpreta o personagem em cena, mantendo o carisma reconhecido pelos fãs.
John Tui, também neozelandês-samoano, foi confirmado como pai de Moana, Tui Waialiki, enquanto Frankie Adams viverá a mãe, Sina. Rena Owen completa o núcleo familiar no papel de Tala, avó da protagonista. Segundo especialistas em mídia, a presença de artistas da região reforça a autenticidade cultural e reduz críticas sobre apropriação indevida.
Produção e cronograma
As filmagens devem começar no segundo semestre de 2025, em estúdios na Nova Zelândia e locações do Havaí. A Disney não detalhou orçamentos, mas estimativas do setor projetam valores acima de US$ 180 milhões, alinhados a outras adaptações do estúdio. A agenda de pós-produção inclui extensa aplicação de computação gráfica para criar criaturas marinhas e cenários fantásticos inspirados na mitologia polinésia.
Thomas Kail declarou, em nota, que pretende equilibrar fidelidade à obra original e expansão de elementos narrativos “ainda pouco explorados”. A informação sugere cenas inéditas ou aprofundamento de personagens secundários, embora detalhes permaneçam sob sigilo.
Imagem: Disney
Impacto para fãs, mercado e cultura pop
Para o público, a volta de Moana em formato live-action amplia o universo da personagem e pode reaquecer a venda de produtos licenciados, como bonecos, trilhas sonoras e experiências em parques temáticos. No mercado cinematográfico, a produção reforça a preferência dos grandes estúdios por títulos com base já consolidada, considerados menos arriscados em comparação a histórias originais.
Segundo analistas, a expectativa de bilheteria global acima de US$ 800 milhões pode influenciar novas adaptações de animações recentes, como Frozen e Encanto. Para a indústria de efeitos visuais, a demanda por cenários marítimos fotorrealistas deverá estimular o desenvolvimento de softwares e técnicas de captura de movimento, gerando emprego em estúdios especializados.
No cotidiano dos espectadores, o filme pode ampliar a oferta de narrativas centradas em culturas não europeias, contribuindo para maior diversidade de representação na mídia. Para famílias que acompanharam a animação de 2016, a nova versão oferece oportunidade de revisitar a história em uma experiência cinematográfica potencialmente mais imersiva.
Curiosidade
Aos interessados na evolução tecnológica dos live-actions, vale observar que Moana deverá empregar, pela primeira vez em uma produção da Disney, câmeras subaquáticas com sensores de imagem em 8K especialmente adaptados para filmagem em mar aberto. A iniciativa pretende capturar detalhes de corais e fauna marinha sem depender exclusivamente de computação gráfica, elevando o realismo das cenas passadas no oceano, elemento central da narrativa.
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