Toni Collette surpreende ao dizer que não assiste a filmes de terror, mesmo sendo ícone do gênero

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Toni Collette, reconhecida mundialmente por atuações marcantes em “Hereditário” (2018) e “O Sexto Sentido” (1999), declarou em entrevista ao podcast do apresentador Tom Power, da CBC, que evita assistir a produções de terror — inclusive as que protagoniza. A afirmação chamou atenção de fãs e profissionais da indústria, pois a atriz australiana é frequentemente associada ao gênero pelas performances que lhe renderam indicações a prêmios importantes, como o Oscar e o Globo de Ouro.

Declaração vai na contramão da imagem construída

No bate-papo, Collette explicou que, embora tenha participado de apenas “um punhado” de obras do segmento, prefere não consumi-las como espectadora. Segundo ela, a experiência de atuação é “muito diferente” da sensação provocada quando se trata de sentar e assistir a um filme de terror em casa ou no cinema. A atriz relatou que sequer percebeu o caráter assustador de “O Sexto Sentido” durante as filmagens: a tomada de consciência ocorreu apenas ao passar por uma pequena ilha de edição montada no set, onde visualizou cenas parcialmente finalizadas. “Pensei: ‘Meu Deus, acho que isso é um filme de terror’”, contou, entre risos.

Collette ressaltou ainda que as histórias que a atraem vão além de sustos ou efeitos especiais. Para ela, “Hereditário” e “O Sexto Sentido” são essencialmente dramas sobre dor e desconexão familiar, elementos dramáticos que, em suas palavras, tornam o terror “apenas um empurrão adicional” no público. Essa leitura reforça a ideia defendida por alguns críticos de que o gênero é capaz de abordar temas densos por meio de metáforas sobrenaturais, algo que contribui tanto para a comoção quanto para a reflexão do espectador.

Contexto de carreira e recepção crítica

Aos 51 anos, Toni Collette possui currículo extenso, que inclui comédias, dramas independentes e produções de grande orçamento. No entanto, foi no terror que sua expressão corporal e carga emocional ganharam destaque internacional. Em “Hereditário”, longa dirigido por Ari Aster, a atriz interpreta a mãe de uma família que enfrenta traumas geracionais, papel que gerou ampla discussão sobre sua ausência na lista final de indicados ao Oscar de 2019. Já em “O Sexto Sentido”, sucesso de bilheteria dirigido por M. Night Shyamalan, Collette recebeu indicação ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por interpretar a mãe de um garoto atormentado por visões sobrenaturais.

Especialistas do setor apontam que a confissão de desinteresse pelo gênero não deve afetar o status da atriz ou diminuir a relevância de suas interpretações. “Grandes nomes do cinema nem sempre consomem o tipo de obra em que atuam. Isso demonstra a separação entre o ofício e o gosto pessoal”, avalia um consultor de elenco ouvido por publicações internacionais. De acordo com análises de mercado, a presença de Collette costuma atrair tanto público especializado quanto espectadores ocasionais, o que contribui para o alcance comercial dos filmes em que participa.

Prática comum entre atores

A declaração de Collette soma-se a relatos semelhantes de outros artistas que preferem manter distância de produções que exploram medo ou violência gráfica. Segundo pesquisadores de psicologia do entretenimento, essa preferência está ligada a fatores como sensibilidade a estímulos visuais e auditivos ou simples necessidade de desligar-se do ambiente de trabalho após longos períodos de gravações intensas. Apesar disso, estudiosos defendem que a imersão de Collette nos papéis ajuda a legitimar o terror como um espaço para performances de alta qualidade, rompendo com o estigma de que o gênero se sustenta apenas em sustos fáceis.

Números de bilheteria reforçam essa percepção. “Hereditário” faturou mais de US$ 80 milhões mundialmente, valor expressivo para um longa de baixo orçamento, enquanto “O Sexto Sentido” ultrapassou a marca de US$ 670 milhões e permanece entre as produções mais rentáveis do gênero. Dados oficiais indicam que parte desse êxito comercial se deve ao boca a boca positivo sobre a atuação da protagonista.

Impacto para o público e para a indústria

Para quem acompanha cinema, a fala de Toni Collette desperta discussão sobre os limites entre trabalho e consumo pessoal no audiovisual. A declaração reforça a ideia de que artistas não precisam, necessariamente, ser fãs dos estilos que representam. A prática sublinha também a multiplicidade do terror contemporâneo, que passou a incorporar temas sociais, psicológicos e familiares, abrindo espaço para interpretações densas e reconhecimentos em premiações tradicionais.

Do ponto de vista do mercado, declarações como essa tendem a humanizar figuras públicas, aproximando-as do público e gerando engajamento orgânico em redes sociais. Distribuidoras e plataformas de streaming podem se beneficiar do debate, reposicionando campanhas de marketing para enfatizar o caráter dramático das obras, em vez de focar exclusivamente nos elementos de susto.

Para o leitor, a confissão de Collette serve como lembrete de que a experiência cinematográfica vai além do gênero. Ela reforça a importância de analisar as camadas narrativas presentes em filmes classificados como terror, que muitas vezes funcionam como retratos metafóricos de conflitos familiares e traumas individuais.

Curiosidade

Embora Toni Collette tenha admitido que não gosta de assistir a filmes de terror, sua atuação intensa em “Hereditário” inspirou diversas playlists no Spotify rotuladas como “Study Horror” ou “Focus with Fear”, utilizadas por estudantes que afirmam render mais ao som da trilha perturbadora do longa. O fenômeno ilustra como produções do gênero podem extrapolar a tela e influenciar hábitos cotidianos de forma inesperada.

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