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SpaceX enfrenta nova explosão em teste da Starship V3 e revê cronograma lunar

Ciência

A SpaceX confirmou que um teste de pressurização do propulsor Super Heavy, parte da Starship versão três (V3), terminou em explosão na última quinta-feira (20) na Starbase, em Boca Chica, sul do Texas. O incidente ocorreu antes mesmo da instalação dos motores, danificando de forma concentrada toda a lateral do tanque de oxigênio líquido do Booster 18. A empresa informou que não houve feridos, pois a área estava isolada para a operação.

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Estrutura danificada e investigação em andamento

Imagens registradas por observadores independentes mostram grande parte da porção inferior do veículo amassada. De acordo com relatos locais, a explosão se limitou ao sistema de gás pressurizado, evitando chamas extensas vistas em falhas anteriores. Técnicos da companhia iniciaram análise detalhada para entender se o problema está ligado a componentes estruturais, válvulas ou procedimentos de pressurização.

Em comunicado, a SpaceX ressaltou que “testes desse tipo ocorrem justamente para identificar falhas antes do voo” e que fará ajustes conforme a conclusão da apuração. Não foi divulgado prazo para a retomada dos ensaios, mas fontes internas ouvidas por agências internacionais afirmam que o conserto exigirá substituição completa da seção de oxigênio líquido.

A Starship V3 representa a terceira geração do veículo reutilizável desenvolvido para missões à Lua e, futuramente, a Marte. Essa versão é ligeiramente maior e mais potente que as anteriores, incluindo a capacidade de reabastecimento em órbita, requisito essencial para transportar cargas pesadas além da órbita baixa da Terra.

Consequências para o programa Artemis e competição no setor

O cronograma da SpaceX prevê demonstrar a transferência de propelente entre duas naves Starship em órbita até 2026, etapa considerada crítica pela NASA para o pouso lunar tripulado da missão Artemis 3. A agência espacial ainda mantém, em seus documentos oficiais, a data de 2027 para essa missão, mas executivos da SpaceX trabalham com uma estimativa interna de 2028. Qualquer atraso relevante nos testes em solo pode ampliar o gap entre as metas públicas e a realidade de desenvolvimento.

Segundo especialistas em políticas espaciais, a NASA já vem manifestando preocupação com o ritmo do projeto. O administrador interino Sean Duffy declarou recentemente que, caso a Starship não cumpra marcos técnicos nos próximos 18 meses, contratos adicionais podem ser oferecidos à concorrente Blue Origin, que avança com o sistema New Glenn e realizou dois lançamentos bem-sucedidos em sequência.

O contexto competitivo pressiona ainda mais a SpaceX. Relatórios de mercado apontam que a empresa de Elon Musk precisa equilibrar investimentos em satélites Starlink, voos comerciais e testes da Starship sem comprometer caixa ou reputação. A explosão desta semana aumenta a exposição a críticas sobre segurança e confiabilidade, mesmo que eventos em solo façam parte do processo de certificação.

Histórico de testes e lições aprendidas

Nos últimos três anos, a companhia acumulou oito voos de sistema completo e dezenas de ensaios de solo. A versão anterior, V2, explodiu em três de cinco lançamentos em 2025 antes de alcançar duas missões consecutivas sem falhas. Para analistas, esses resultados demonstram rápido ciclo de aprendizagem, mas também evidenciam o risco inerente a projetos de grande escala.

Engenheiros aeroespaciais consultados indicam que explosões durante pressurização costumam revelar falhas de soldagem ou de tolerância de materiais a variações térmicas. O conserto pode demandar redesign de tanques e reforço estrutural, estendendo prazos de produção de novos boosters. A SpaceX, contudo, mantém linhas de montagem paralelas em Boca Chica e McGregor, o que costuma reduzir o impacto de incidentes isolados.

Para o mercado de lançamentos superpesados, qualquer deslize da Starship afeta não apenas contratos governamentais, mas também a cadência de missões comerciais destinadas a grandes satélites ou sondas interplanetárias. Empresas que planejam cargas acima de 100 toneladas dependem da entrada em operação do veículo para viabilizar seus cronogramas e orçamentos.

Segundo consultorias financeiras, atrasos prolongados podem encarecer seguros de lançamento e redirecionar clientes para alternativas de menor capacidade como o Falcon Heavy, o New Glenn ou, futuramente, foguetes europeus de próxima geração. Embora a SpaceX ainda lidere em cadência e custo por quilo colocado em órbita, a margem competitiva tende a diminuir caso o programa Starship não alcance a fase operacional em escala até o fim da década.

O que muda para o público e o setor

Para entusiastas espaciais, a explosão significa mais tempo de espera por transmissões ao vivo de voos completos da Starship. Para o setor, amplia-se a pressão regulatória, já que o órgão responsável por licenciamento, a Federal Aviation Administration (FAA), revisará protocolos de segurança. No médio prazo, atrasos podem afetar prazos de retorno humano à Lua e diminuir a confiança de investidores em projetos de colonização de Marte.

Mesmo com o revés, a SpaceX mantém dezenas de lançamentos de satélites Starlink e de missões tripuladas da cápsula Crew Dragon, preservando receita e visibilidade. A retomada dos testes da V3, contudo, dependerá da rapidez na identificação da causa raíz e na implementação de correções estruturais.

Se você acompanha inovações aeroespaciais, vale observar como a empresa ajustará seu cronograma e se novos testes ocorrerão ainda neste semestre. Mudanças no planejamento podem impactar cronogramas de cargas governamentais, contratos de astronautas e, a longo prazo, o preço final de serviços de internet por satélite.

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Curiosidade

Falhas em testes de solo não são exclusividade da SpaceX. Durante o desenvolvimento do lendário Saturn V, na década de 1960, a NASA enfrentou explosões de tanques de combustível que atrasaram o programa Apollo em vários meses. Esses episódios mostraram que, muitas vezes, descobrir um defeito no chão é preferível a enfrentá-lo em pleno voo, reforçando a máxima da engenharia de que “falhar cedo” acelera o aprendizado e a segurança geral dos sistemas.

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