Seis medidas reforçam a segurança de casas inteligentes e protegem dados sensíveis

Tecnologia

O uso de lâmpadas conectadas, assistentes de voz e eletrodomésticos controlados à distância transformou a rotina de milhões de brasileiros. Contudo, essa conveniência traz novos riscos, como invasões de rede e vazamento de informações pessoais. Especialistas em cibersegurança apontam que, para reduzir esses perigos, é essencial adotar práticas de proteção simples, mas eficazes. A seguir, conheça as seis recomendações mais importantes e saiba como aplicá-las em poucos minutos.

Atualize o roteador e adote o padrão WPA3

O roteador é a porta de entrada de todos os dispositivos conectados. Segundo dados oficiais da Wi-Fi Alliance, o protocolo WPA3 oferece criptografia aprimorada e dificulta ataques de força bruta. Equipamentos compatíveis com Wi-Fi 6E e Wi-Fi 7 já trazem o padrão ativado de fábrica, mas modelos mais antigos exigem configuração manual. Caso nem todos os aparelhos da residência suportem WPA3, especialistas sugerem segmentar a rede: uma dedicada exclusivamente à Internet das Coisas (IoT) com WPA3 ativo e outra para dispositivos legados.

Mantenha firmware e aplicativos sempre atualizados

Fabricantes de smart TVs, câmeras, aspiradores robôs e assistentes virtuais liberam atualizações periódicas que corrigem falhas de segurança. Relatórios indicam que 60 % dos ataques a casas conectadas exploram brechas já conhecidas e resolvidas em versões mais recentes de software. Para evitar esse tipo de incidente, habilite a atualização automática sempre que disponível. Em aparelhos sem esse recurso, crie lembretes mensais para verificar manualmente a existência de novos patches.

Use senhas exclusivas e ative a autenticação em duas etapas

Credenciais padrão, fornecidas de fábrica, são facilmente encontradas em fóruns de hackers. Por isso, cada dispositivo deve ter usuário e senha únicos, com combinação de letras maiúsculas, minúsculas, números e símbolos. Geradores de senhas podem criar códigos fortes em segundos, e gestores de senhas armazenam essas informações com criptografia. Além disso, a autenticação em duas etapas (2FA) adiciona uma barreira extra: mesmo que alguém descubra a senha, será necessário informar um segundo fator, como código SMS ou aplicativo autenticador.

Desative funções que não estão em uso

Muitos produtos conectados oferecem recursos de escuta ativa, armazenamento em nuvem ou acesso remoto constante. Embora úteis, essas funções elevam a superfície de ataque. A recomendação é manter somente os serviços indispensáveis. Por exemplo, um alto-falante inteligente pode ficar com o microfone desligado quando ninguém estiver em casa. Da mesma forma, câmeras internas podem gravar imagens localmente em vez de transferi-las para servidores externos, reduzindo o risco de exposição.

Crie uma rede isolada para dispositivos IoT

Se o roteador permitir múltiplas redes, configure uma SSID exclusiva para lâmpadas, campainhas e fechaduras inteligentes. Essa prática impede que eventuais invasores utilizem um aparelho vulnerável como ponto de partida para acessar computadores pessoais ou smartphones conectados à rede principal. Segundo especialistas, a segmentação de tráfego é uma das medidas mais eficazes para conter ataques laterais e limitar danos.

Implemente soluções de controle local, como o Home Assistant

Plataformas de automação residencial que funcionam totalmente offline, a exemplo do Home Assistant, dispensam servidores externos e mantêm os dados dentro da residência. A instalação, geralmente feita em um microcomputador dedicado ou Raspberry Pi, permite controlar luzes, interruptores e sensores sem depender de nuvem. Além de reforçar a privacidade, a solução mantém a automação ativa mesmo em casos de queda de conexão com a internet.

Impacto para o usuário e para o mercado

Adotar essas seis medidas reduz significativamente a probabilidade de ataques e protege dados como histórico de consumo, rotinas diárias e imagens internas da residência. No mercado, fabricantes têm investido em chips de segurança e protocolos mais robustos para atender às exigências de consumidores conscientes. Para o usuário final, a principal mudança é a tranquilidade: a casa permanece funcional e conectada, mas com camadas adicionais de proteção que afastam ameaças virtuais.

Curiosidade

Você sabia que o primeiro dispositivo doméstico conectado à internet foi uma máquina de refrigerantes da Universidade Carnegie Mellon, em 1982? Ela enviava informações sobre a temperatura e a disponibilidade de latas, inspirando a criação de sensores que, hoje, formam a base da IoT residencial.

Para quem pretende aprofundar o tema e potencializar a segurança, vale conferir também outros conteúdos sobre cibersegurança e automação disponíveis no portal. Acesse nossa seção de tecnologia em https://remansonoticias.com.br/category/tecnologia e fique por dentro das últimas novidades.

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