Os dez filmes que lideraram a bilheteria mundial em 2025 acumularam, juntos, cerca de US$ 8,5 bilhões, segundo o Box Office Mojo. A lista combina produções norte-americanas, animações asiáticas e remakes live-action, refletindo a diversidade de públicos e o peso das franquias consolidadas no mercado global.
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Ranking de arrecadação e datas de estreia no Brasil
O maior êxito do ano foi “Ne Zha 2: O Renascer da Alma”, animação chinesa que ultrapassou US$ 1,9 bilhão. Lançado nos cinemas brasileiros em 25 de setembro, o longa-metragem ampliou o alcance de produções orientais após o sucesso da primeira parte.
Na segunda posição aparece a versão live-action de “Lilo & Stitch”, com US$ 1,03 bilhão. Estreado em 22 de maio, o remake da Disney manteve a estratégia de reviver clássicos para plateias de diferentes faixas etárias.
O pódio é completado por “Minecraft”, que arrecadou US$ 957,9 milhões e chegou ao Brasil em 3 de abril. A adaptação do game levou ao cinema jogadores habituados a plataformas digitais, reforçando a convergência entre entretenimento interativo e audiovisual.
Entre as demais produções, “Jurassic World: Recomeço” (US$ 868,8 milhões) consolidou o quarto lugar, seguido de “Demon Slayer: Castelo Infinito” (US$ 729,9 milhões), animação japonesa que demonstra a força global dos animes.
Na faixa de US$ 600 milhões, ficaram “Como Treinar Seu Dragão” (live-action), “F1” e a nova versão de “Superman”. Já “Missão: Impossível – O Acerto Final” e “Quarteto Fantástico: Primeiros Passos” completam o grupo, ambos acima da marca de meio bilhão.
Recepção crítica e desempenho nos streamings
As avaliações de Rotten Tomatoes indicam um contraste entre bilheteria e crítica. Enquanto “Demon Slayer” e “Ne Zha 2” superaram 90 % de aprovação, “Minecraft” registrou 47 %. Esse descompasso confirma que sucesso comercial nem sempre corresponde a consenso artístico.
Segundo especialistas em mercado audiovisual, a diferença pode ser explicada por bases de fãs engajadas, campanhas de marketing direcionadas e a relevância de franquias consolidadas. Esse cenário ajuda a sustentar longas temporadas nos cinemas, independentemente da nota média dos críticos.
Nos serviços de vídeo por demanda, a oferta é variada. A seguir, onde cada título pode ser encontrado:
- Disney+: “Quarteto Fantástico: Primeiros Passos”, “Lilo & Stitch”.
- HBO Max: “Superman”, “Minecraft”.
- YouTube, Prime Video e Apple TV (compra ou aluguel): “Missão: Impossível – O Acerto Final”, “F1”, “Como Treinar Seu Dragão”, “Jurassic World: Recomeço”.
- Indisponíveis no streaming: “Demon Slayer: Castelo Infinito” e “Ne Zha 2: O Renascer da Alma”.
De acordo com relatórios de plataformas de dados, títulos que chegam rapidamente aos catálogos tendem a manter o interesse do público por mais tempo, gerando receita adicional fora das salas de exibição.
Imagem: Captura de tela
Impacto para o setor e tendências para 2026
O desempenho de 2025 evidencia três movimentos. Primeiro, a internacionalização de conteúdos asiáticos, com destaque para China e Japão, que conquistam parcelas crescentes de público fora de seus mercados de origem. Segundo, a continuidade de remakes live-action por parte da Disney, estratégia que une nostalgia e tecnologia. Terceiro, a convergência entre jogos e cinema, ilustrada por “Minecraft”, tendência que deverá se expandir para outras franquias de videogame.
Produtoras consultadas por analistas de mercado já indicam projetos voltados a essas três frentes. Há expectativas de novas adaptações de animes, sequência para “Minecraft” e mais parcerias entre estúdios de Hollywood e plataformas chinesas de animação.
Para o público, a ampliação do leque de gêneros favorece opções variadas de consumo, seja no streaming ou no retorno às salas, cuja recuperação ainda segue monitorada desde a pandemia.
No dia a dia do espectador, a disponibilidade quase simultânea em múltiplas janelas permite escolher entre experiência coletiva no cinema e conveniência do sofá. Essa flexibilidade pode redefinir hábitos de lazer, influenciar pacotes de assinatura e pressionar provedores a manter catálogos atualizados.
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Curiosidade
Embora “Ne Zha 2” seja o primeiro filme chinês a superar US$ 1,9 bilhão, a história do personagem remonta a lendas datadas de mais de 1 000 anos. O interesse global por essa mitologia impulsionou pesquisas acadêmicas sobre folclore oriental e abriu caminho para que estúdios asiáticos invistam em narrativas locais com apelo universal.
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