A BlackSky deu mais um passo na ampliação da sua constelação de observação da Terra ao colocar em órbita, no dia 20 de novembro, o terceiro satélite da família Gen-3. O equipamento foi lançado por um foguete Electron, da Rocket Lab, em uma missão sigilosa batizada de “Follow My Speed”. Segundo a empresa norte-americana, as primeiras imagens de alta resolução foram recebidas menos de 24 horas após a decolagem.

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Resolução de 35 cm e sensores infravermelhos
O novo satélite apresenta capacidade de gerar fotografias com resolução de 35 centímetros por pixel, nível que permite identificar detalhes de veículos, infraestrutura e movimentações diversas no solo. De acordo com executivos da BlackSky, o modelo Gen-3 integra recursos de imagem infravermelha e comunicação entre satélites, o que amplia a coleta de dados em cenários de baixa luminosidade e otimiza a transmissão de pacotes diretamente em órbita.
Esses diferenciais colocam a empresa em um patamar competitivo mais alto em relação a outras operadoras de constelações comerciais, como Planet e Maxar. A resolução submétrica, somada a atualizações quase em tempo real, atende a nichos que exigem monitoramento contínuo — defesa, agricultura de precisão, gestão de desastres e inteligência corporativa, entre outros.
Lançamento confidencial marca agilidade da Rocket Lab
A Rocket Lab confirmou que a campanha partiu do Complexo de Lançamento 1, na Nova Zelândia. O comunicado oficial foi publicado menos de cinco horas antes da decolagem, intervalo significativamente menor do que o padrão adotado pela companhia para clientes comerciais. Especialistas ouvidos pelo setor de satélites avaliam que a rapidez na janela de anúncio reforça a aposta em missões sob demanda, que priorizam sigilo e prazos enxutos para viabilizar alvos específicos de coleta de imagens.
Não é a primeira vez em 2023 que a fornecedora de lançamentos realiza voos com carga não revelada antecipadamente. Em junho, um Electron transportou um satélite vinculado posteriormente à EchoStar; já em agosto, cinco unidades designadas como Calistus A a E foram registradas em nome de Ruanda, indicando operação da startup E-Space. O caso da BlackSky, entretanto, ganhou destaque pelo retorno de dados em ritmo recorde.
Estratégia de expansão até 2026
Planos oficiais indicam que a BlackSky pretende fechar 2026 com pelo menos 12 unidades Gen-3 em órbita. A empresa afirma que a cadência regular de lançamentos reduzirá ainda mais a latência entre coleta e entrega, permitindo relatórios quase instantâneos para análise preditiva em cenários de conflito ou avaliação de ativos críticos. Segundo dados de mercado compilados pela Northern Sky Research, a demanda por imagens de alta resolução deve crescer cerca de 6% ao ano até 2028, impulsionada por governos e pelo setor privado.
Brian O’Toole, diretor-presidente da BlackSky, enfatizou em comunicado que “o sucesso desta missão demonstra o valor de investimentos estratégicos em inteligência espacial de uso comercial”. A companhia mantém contrato vigente com a Rocket Lab para múltiplos voos do Electron e confirmou, em teleconferência de resultados de 6 de novembro, que o quarto satélite Gen-3 já estava no local de lançamento à espera de janela apropriada.

Imagem: BlackSky
Impacto no cenário de observação da Terra
Para analistas, a combinação de maior resolução, sensores multiespectrais e frequência de revisita pode pressionar concorrentes a acelerar a adoção de tecnologias similares. Em termos de mercado, a intensificação de oferta tende a reduzir custos de acesso e diversificar aplicações em segurança alimentar, planejamento urbano e vigilância ambiental. No dia a dia, governos podem antecipar alertas de enchentes, enquanto empresas têm subsídios para ajustar cadeias logísticas em tempo quase real.
Na prática, usuários finais passam a receber imagens mais nítidas e atualizadas, favorecendo desde o acompanhamento de safras até a detecção de mudanças na ocupação do solo. Caso o cronograma anunciado seja cumprido, a BlackSky deve se tornar uma das poucas operadoras comerciais com cobertura global sub-hora em diversas bandas de frequência.
Curiosidade
Você sabia que a denominação “Gen-3” não se refere apenas à terceira geração de satélites da BlackSky? O acrônimo também indica que cada plataforma possui três tipos de sensores principais: óptico de alta resolução, infravermelho próximo e enlaces de intersatélites para comunicação em banda Ka. Essa combinação tripla permite registrar imagens dia e noite, mesmo sob cobertura de nuvens, mantendo o fluxo de dados constante para as estações terrestres.
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