Antonio Banderas recordou recentemente os desafios enfrentados no início de sua trajetória nos Estados Unidos. Em entrevista ao canal espanhol Canal Sur, o ator explicou como precisou aprender inglês em ritmo acelerado para estrear em Hollywood, ainda nos anos 1990.
Oito horas diárias de prática intensiva
Quando recebeu o convite para participar de “Os Reis do Mambo” (1992), Banderas já era reconhecido na Espanha, mas não falava inglês. Segundo ele, o estúdio providenciou um treinamento intensivo em uma escola de idiomas que, nas palavras do ator, “torturava” os alunos com oito horas de aula por dia. O objetivo era fazer com que estivesse pronto para as filmagens em poucas semanas.
Mesmo com a rotina puxada, Banderas não conseguiu assimilar o suficiente para se comunicar de forma natural. A solução encontrada foi memorizar cada fala foneticamente. “Eu decorava os diálogos som, por som”, relatou. Durante as gravações, precisou ainda de um intérprete ao lado para traduzir as orientações do diretor.
Primeiro encontro com o diretor Arne Glimcher
A oportunidade em Hollywood começou com uma reunião em Londres. O agente do ator insistiu para que ele participasse, embora Banderas compreendesse apenas poucas palavras em inglês. Para a conversa, aprendeu três frases: “Yes”, “Sure” e “I can do that”. O domínio da pronúncia foi suficiente para convencer o diretor Arne Glimcher de que o idioma não seria um problema.
O episódio, segundo o espanhol, foi decisivo. Após o encontro, recebeu convite para um teste em Nova York ao lado de Kevin Kline. Durante o voo, memorizou o texto que deveria apresentar. Mesmo pronunciando algumas palavras de modo incorreto, foi aprovado minutos depois do teste, abrindo caminho para sua estreia no cinema norte-americano.
Impacto na carreira internacional
A estratégia de decorar foneticamente o roteiro deu resultado e marcou o início de sua ascensão global. “Os Reis do Mambo” narra a história dos irmãos Castillo, músicos cubanos que buscam sucesso em Nova York. Banderas interpreta Nestor, ao lado de Armand Assante, que vive Cesar. O longa serviu como vitrine para outros convites, incluindo “A Máscara do Zorro” e produções dirigidas por Pedro Almodóvar.
Hoje, o espanhol acumula indicações a prêmios internacionais, como o Oscar por “Dor e Glória” (2019), e é presença constante em produções norte-americanas. Ele credita parte desse percurso ao esforço inicial para superar a barreira linguística.

Imagem: Internet
Modelo de adaptação para atores estrangeiros
O relato de Banderas ilustra a realidade de muitos artistas que migram para mercados maiores. A adesão a programas intensivos de idioma e o uso de métodos fonéticos são comuns entre profissionais que precisam atuar rapidamente em outra língua. Embora exaustivo, o processo possibilita que atores mantenham oportunidades em produções internacionais sem atrasos no cronograma.
Banderas destaca que, após o primeiro filme, continuou estudando inglês de forma tradicional, o que lhe permitiu dispensar intérpretes nos trabalhos seguintes. O ator reforça que a experiência inicial foi decisiva para provar sua capacidade de adaptação e abrir portas em Hollywood.
Para quem acompanha o mercado do entretenimento, histórias como a do espanhol evidenciam os bastidores menos glamourosos da indústria cinematográfica, marcados por prazos curtos e pressões para rápida integração cultural e linguística.
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Resumo: Antonio Banderas contou como enfrentou um treinamento de oito horas diárias e decorou falas foneticamente para estrear em Hollywood, superando a barreira do inglês e iniciando a carreira internacional. Continue acompanhando nossas publicações e fique por dentro de mais histórias que movimentam o universo do cinema.
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