remansonoticias 1764241939

Telescópio Gemini South revela nova imagem detalhada da “Borboleta Cósmica”

Ciência

O Observatório Internacional Gemini divulgou nesta quarta-feira (26) um registro inédito da Nebulosa Borboleta, capturado pelo telescópio Gemini South, instalado nos Andes chilenos. A fotografia, apresentada pelo NOIRLab — centro de pesquisa da Fundação Nacional de Ciência dos Estados Unidos — revela com clareza as formas ondulantes de gás que lembram as asas de uma borboleta, reforçando o papel do equipamento como uma das ferramentas mais poderosas para estudos de objetos celestes próximos.

PROMOÇÃO RELÂMPAGO - Telescópio para adultos e crianças, refrator com abertura de 70 mm

PROMOÇÃO RELÂMPAGO - Telescópio para adultos e crianças, refrator com abertura de 70 mm

R$409,99 R$959,00 -57%
Ver na Amazon
TELESCOPIO EQUATORIAL REFRATOR COM TRIPE E ACESSORIOS

TELESCOPIO EQUATORIAL REFRATOR COM TRIPE E ACESSORIOS

R$1999,00 R$2999,00 -33%
Ver na Amazon
OFERTÃO - Telescópio Astronômico Luneta F36050

OFERTÃO - Telescópio Astronômico Luneta F36050

R$156,72 R$249,90 -37%
Ver na Amazon
SUPER PROMOÇÃO - Binóculos Profissional de Visão Astronômica de Longo Alcance

SUPER PROMOÇÃO - Binóculos Profissional de Visão Astronômica de Longo Alcance

R$140,47 R$259,90 -46%
Ver na Amazon

Estrutura estelar em transformação

Segundo o NOIRLab, a Nebulosa Borboleta é classificada como uma nebulosa bipolar. No coração dessa formação reside uma estrela anã branca, remanescente de um astro semelhante ao Sol que expulsou suas camadas externas há milhares de anos. Esse material, composto principalmente de hidrogênio e hélio, foi ionizado pelo calor extremo da anã branca e passou a brilhar intensamente, formando duas lobas que se estendem para direções opostas.

As “asas” gasosas da nebulosa apresentam contornos complexos, resultado das interações entre ventos estelares, radiação ultravioleta e campos magnéticos. Relatórios indicam que o estudo dessas estruturas ajuda a compreender os estágios finais da vida das estrelas de baixa massa, bem como a composição química do meio interestelar que passa a ser enriquecido com elementos pesados após a expulsão das camadas externas.

Localização e dimensão do fenômeno

Localizada na constelação de Escorpião, a Nebulosa Borboleta encontra-se a entre 2,5 mil e 3,8 mil anos-luz da Terra. Para efeito de comparação, um único ano-luz equivale a cerca de 9,6 trilhões de quilômetros. Nesse intervalo, a distância mínima representa mais de 24 quintilhões de quilômetros, ilustrando a escala colossal envolvida.

Embora pareça delicada, cada “asa” mede vários anos-luz de extensão. De acordo com especialistas em evolução estelar, a expansão contínua do gás indica que a ejeção de material ocorreu há poucos milhares de anos — um período relativamente recente em termos astronômicos. Observações de alta resolução permitem calcular a velocidade de dispersão e, consequentemente, estimar a idade exata da estrutura.

Participação do público nas escolhas científicas

O alvo observado pelo Gemini South não foi escolhido apenas por critérios técnicos. Como parte das comemorações pelos 25 anos do Observatório Internacional Gemini, crianças de escolas chilenas participaram de uma iniciativa educativa que selecionou objetos celestes de interesse. A Nebulosa Borboleta recebeu o maior número de votos, fortalecendo a aproximação entre a comunidade local e a pesquisa científica executada no país.

Além de estimular o ensino de astronomia, essa ação demonstra o potencial de divulgação do conhecimento científico quando o público é integrado às grandes instalações observacionais. Segundo educadores envolvidos, a atividade também reforça a percepção de pertencimento da população em relação aos telescópios instalados no território chileno, considerados estratégicos para a astronomia mundial.

Tecnologia óptica de ponta

O Gemini South possui um espelho primário de 8,1 metros de diâmetro e sistemas de óptica adaptativa capazes de compensar a turbulência atmosférica. Esses recursos garantem imagens com nitidez comparável às obtidas em órbita por telescópios espaciais. A nova fotografia da Nebulosa Borboleta faz uso de filtros específicos que isolam diferentes comprimentos de onda, destacando emissões de oxigênio duplamente ionizado e hidrogênio α, responsáveis pelas cores vibrantes exibidas.

Instrumentos como o espectrógrafo GMOS-S permitem aos astrônomos medir velocidades de fluxos de gás e determinar abundâncias químicas, dados essenciais para modelar a evolução da nebulosa. Imagens de acompanhamento vindas do Telescópio Espacial Hubble e do telescópio Spitzer complementam as observações, oferecendo perspectivas em faixas espectrais diferentes, do infravermelho ao ultravioleta.

Importância científica e próximos passos

O estudo de nebulosas bipolares fornece pistas sobre processos de perda de massa estelar, formação de poeira e química do meio interestelar. Segundo dados oficiais do NOIRLab, compreender essas etapas é fundamental para explicar como elementos pesados são dispersos pela galáxia e reaproveitados na formação de novas estrelas e planetas.

A equipe planeja realizar monitoramentos periódicos para detectar mudanças sutis na morfologia da Nebulosa Borboleta. Comparações com registros futuros ajudarão a refinar modelos hidrodinâmicos, enquanto observações complementares do James Webb Space Telescope poderão atravessar regiões empoeiradas e revelar detalhes do disco de acreção próximo à anã branca central.

Impacto para o leitor: Imagens de alta definição como esta não apenas enriquecem o conhecimento científico, mas também tendem a inspirar novas gerações de estudantes e a reforçar investimentos em pesquisa astronômica. Para o público, a divulgação de fenômenos visuais notáveis estimula interesse por carreiras em ciência e tecnologia, além de demonstrar o valor de instalações de grande porte no hemisfério sul.

Curiosidade

A Nebulosa Borboleta não é a única a receber um nome inspirado em insetos. A Nebulosa do Besouro, registrada pelo Hubble, e a Nebulosa da Libélula, observada no hemisfério norte, também exibem formas que lembram criaturas aladas. Esse padrão visual ocorre porque a ejeção bipolar de gás, associada a estrelas centrais em rotação, gera pares simétricos de lóbulos que, vistos da Terra, assumem contornos familiares.

Para mais informações e atualizações sobre tecnologia e ciência, consulte também:

Se você se interessa por descobertas que expandem o entendimento do universo, recomendamos a leitura de outros conteúdos em nosso portal, como o artigo disponível em Tecnologia, que aprofunda a importância dos grandes observatórios no Chile.

Continue acompanhando o site para não perder as próximas atualizações sobre astronomia, missões espaciais e inovações científicas.

Quando você efetua suas compras por meio dos links disponíveis aqui no RN Tecnologia, podemos receber uma comissão de afiliado, sem que isso acarrete nenhum custo adicional para você!