Quentin Tarantino compara filmes de ação ao heavy metal e explica a conexão

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Quentin Tarantino, um dos diretores mais influentes do cinema contemporâneo, voltou a associar o gênero de ação à energia do heavy metal. A declaração, feita originalmente em entrevista à revista Premiere na década de 1990 e repercutida pelo portal Far Out Magazine, reforça a percepção do cineasta de que ambas as formas de entretenimento compartilham público, intensidade e, sobretudo, falta de reconhecimento crítico.

Paralelo entre ação e heavy metal

Em conversa com a publicação francesa, Tarantino relatou que a comparação partiu de um amigo, mas disse concordar totalmente: “Os filmes de ação são o heavy metal do cinema”. Segundo ele, assim como muitas bandas do gênero musical não recebem espaço em revistas especializadas, produções de ação costumam ser desvalorizadas por veículos tradicionais de crítica. O diretor observa que, mesmo quando a obra não atinge excelência, o espectador encontra sequências capazes de prender a atenção. “Mesmo um filme de ação mediano tem algumas boas cenas que você pode apreciar até certo ponto”, afirmou.

Relatórios de bilheteria compilados por consultorias internacionais indicam que o segmento de ação costuma figurar entre os mais lucrativos. Esse desempenho comercial, entretanto, raramente se converte em prêmios importantes. Na avaliação de especialistas, o fenômeno se repete no heavy metal: o estilo registra números expressivos de streaming e vendas de merchandising, mas segue à margem do reconhecimento mainstream.

Trajetória do diretor e influências do gênero

Tarantino construiu carreira com títulos que marcaram a cultura pop, como Cães de Aluguel (1992), Pulp Fiction (1994) e Bastardos Inglórios (2009). Embora não seja rotulado como cineasta de ação puro, o diretor mantém longa relação com o gênero. Obras como Kill Bill – Volume 1 (2003), Kill Bill – Volume 2 (2004) e À Prova de Morte (2007) exibem confrontos coreografados, violência estilizada e ritmo acelerado – elementos que reforçam sua tese.

Mais recentemente, Era uma Vez em Hollywood (2019) trouxe cenas de lutas que dialogam com clássicos de artes marciais e faroestes. O próprio Tarantino afirma que essas influências são deliberadas. De acordo com dados do Box Office Mojo, o longa arrecadou cerca de US$ 374 milhões mundialmente, resultado robusto para uma produção de orçamento médio-alto.

Próximo projeto envolve retorno de Brad Pitt

A agenda de Tarantino inclui o roteiro de The Continuing Adventures of Cliff Booth, sequência direta de Era uma Vez em Hollywood. Brad Pitt voltará a interpretar o dublê Cliff Booth, enquanto a direção ficará a cargo de David Fincher. Fontes ligadas ao estúdio responsável confirmam que o filme ainda não tem data de estreia, mas o roteiro já circula entre executivos.

A decisão de entregar a direção a Fincher desperta expectativa. Conhecido por thrillers como Seven (1995) e A Rede Social (2010), o cineasta traz abordagem visual distinta da linguagem característica de Tarantino, marcada por diálogos extensos e montagem não linear. Analistas de mercado sugerem que a combinação pode ampliar o alcance do projeto.

Recepção crítica e percepção do público

Estudos conduzidos por universidades norte-americanas indicam que a crítica especializada tende a valorizar dramas e cinebiografias em detrimento de gêneros considerados “populares”, como ação, terror e comédia. Em paralelo, pesquisas de opinião mostram que o público jovem masculino, citado por Tarantino, ocupa parcela expressiva do consumo de filmes de ação e de heavy metal.

A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, responsável pelo Oscar, tem buscado diversificar suas escolhas nos últimos anos, mas dados oficiais revelam que a categoria de Melhor Filme raramente contempla títulos de ação puros. Situação semelhante ocorre no Grammy, onde o heavy metal ainda dispõe de poucos espaços de destaque em premiações principais.

Impacto para fãs e indústria

A comparação de Tarantino reacende o debate sobre legitimidade cultural. Para o espectador comum, o reconhecimento crítico interfere pouco no momento de escolher um filme ou álbum. Já para estúdios e gravadoras, a chancela de premiações pode significar aumento de financiamento e visibilidade global. O posicionamento do diretor, apoiado em dados de público e bilheteria, pressiona a crítica a reavaliar critérios históricos.

No curto prazo, a fala serve como convite para que fãs redescubram produções de ação ignoradas pelo circuito de festivais, da mesma forma que ouvintes podem explorar bandas de heavy metal pouco conhecidas. Para a indústria, o movimento incentiva investimentos em narrativas dinâmicas e trilhas sonoras pesadas, ampliando a diversidade de ofertas.

Curiosidade

Alguns dos longas favoritos de Tarantino contam com faixas de rock pesado na trilha sonora. Em Os Oito Odiados (2015), o diretor incluiu versões alternativas de músicas gravadas originalmente para álbuns de heavy metal dos anos 1970, reforçando o elo que ele próprio enxerga entre som agressivo e narrativa cinematográfica.

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