A SpaceX programa para a noite desta segunda-feira (13) o 11º voo de teste da Starship, sistema que combina o propulsor Super Heavy e a espaçonave de mesmo nome. A janela de lançamento abre às 20h15 (horário de Brasília) na base Starbase, situada em Boca Chica, sul do Texas, e marca o quinto ensaio do veículo apenas em 2024. O teste ocorre pouco depois de um décimo voo considerado bem-sucedido em agosto, o que eleva as expectativas por novos avanços rumo à reutilização completa do foguete.
Objetivos do voo 11
Segundo informações da própria empresa, a missão focará em duas frentes principais. No primeiro estágio, o destaque é validar uma sequência inédita de queima de pouso para o Super Heavy de próxima geração. O booster reutilizado — o mesmo empregado no voo 8 — voará com 24 motores Raptor, também já utilizados, e deve executar a descida em três etapas: início com 13 motores, transição para cinco na fase de desvio e encerramento com os três centrais. Em vez de retornar à torre de captura, o propulsor realizará um mergulho controlado no Golfo do México.
Já o estágio superior da Starship cumprirá uma série de manobras em órbita suborbital. Entre elas estão a liberação de simuladores de satélites Starlink, o reacendimento de um único Raptor no vácuo e a validação de novos algoritmos de orientação durante a reentrada. Para colocar o escudo térmico à prova, a SpaceX removeu deliberadamente algumas placas protetoras em áreas críticas, forçando o sistema a lidar com zonas desprotegidas. Após a reentrada, a nave deve efetuar uma amerrissagem planejada no Oceano Índico.
Avanços acumulados e próximos passos
Desde o primeiro voo, em abril de 2023, a Starship passou por uma escalada rápida de testes. Explosões, falhas de comunicação e pousos sem sucesso marcaram as tentativas iniciais, mas a trajetória recente indica progresso consistente. O 10º lançamento, em agosto, completou todos os objetivos previstos, incluindo a liberação de cargas simuladas e um retorno bem-sucedido do booster ao mar.
O sistema de duas etapas é a peça central dos planos da SpaceX para missões tripuladas à Lua e, futuramente, a Marte. A NASA conta com uma versão modificada da Starship como alunissador no programa Artemis, e cada teste fornece dados essenciais para ajustes na certificação de voo humano. Especialistas do setor ressaltam que a reusabilidade plena é vital para reduzir custos de acesso ao espaço e viabilizar missões de longa duração.
No curto prazo, relatórios indicam que a empresa prepara atualizações nas linhas de produção dos motores Raptor e na infraestrutura de solo em Boca Chica. A expectativa é ampliar a cadência de lançamentos, aproximando-se do ritmo de voos dos foguetes Falcon 9. Ao mesmo tempo, órgãos reguladores dos Estados Unidos acompanham de perto o programa, impondo revisões ambientais e de segurança após cada campanha de ensaios.
Como assistir ao lançamento
A transmissão oficial será disponibilizada nos canais de mídia da SpaceX minutos antes da decolagem. Analistas recomendam atenção às atualizações de última hora, pois o cronograma permanece dinâmico e sujeito a mudanças por condições climáticas ou ajustes técnicos. Em lançamentos anteriores, ventos fortes em altitude, problemas nos motores Raptor ou verificações adicionais de software provocaram adiamentos de horas ou até dias.
Impacto para o público e para o mercado
Se bem-sucedido, o voo 11 reforçará a tese de que a Starship está cada vez mais próxima de operar de forma rotineira, com pousos controlados tanto do propulsor quanto da nave. Para o público, isso significa a perspectiva de futuros voos turísticos em órbita ou mesmo viagens lunares a preços potencialmente menores. Para o mercado de satélites, a capacidade de colocar mais de 100 toneladas em órbita baixa abre caminho para megaconstelações de comunicação e novas plataformas de observação terrestre.

Imagem: Internet
Segundo analistas de investimentos, cada avanço técnico reduz o risco do programa e aumenta a confiança de clientes institucionais. Companhias de telecomunicações e agências governamentais já negociam contratos que dependem da disponibilidade da Starship para cargas de grande volume, algo que hoje exige múltiplos lançamentos com foguetes convencionais.
Curiosidade
Durante o processo de desenvolvimento, a SpaceX chegou a testar a soldagem das seções da Starship a céu aberto, dispensando o uso de barracões climatizados. A ousada estratégia visa acelerar a produção em série, reduzindo custos e permitindo construir um foguete do tamanho de um prédio de 40 andares em poucas semanas — um ritmo incomum na indústria aeroespacial.
Para saber como a inteligência artificial vem auxiliando projetos espaciais de última geração, confira também nosso conteúdo em Tecnologia.
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