Exatos 25 anos e 26 dias após o início da presença humana contínua em órbita, a Estação Espacial Internacional (ISS) voltou a operar com capacidade máxima temporária. A cápsula russa Soyuz MS-28 acoplou-se ao módulo Rassvet na quinta-feira, 27 de novembro de 2025, levando três novos integrantes à Expedição 73 e elevando o total de ocupantes para dez.


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Chegada reforça parceria EUA-Rússia a bordo
A MS-28 transportou o astronauta da NASA Chris Williams e os cosmonautas da Roscosmos Sergey Kud-Sverchkov e Sergei Mikaev. O trio permanecerá oito meses no laboratório orbital, substituindo parte da equipe que regressará à Terra na Soyuz MS-27. Durante o período de transição, a estação abriga:
- Sergey Ryzhikov (comandante, Roscosmos)
- Oleg Platonov, Sergey Kud-Sverchkov, Sergei Mikaev (Roscosmos)
- Zena Cardman, Mike Fincke, Jonny Kim, Chris Williams (NASA)
- Kimiya Yui (JAXA)
Segundo engenheiros da missão, manter dez pessoas simultaneamente permite repassar responsabilidades, acelerar experimentos e otimizar tarefas de manutenção. Esse número, porém, é temporário: a MS-27 deverá regressar em breve com Ryzhikov, Alexey Zubritsky e Jonny Kim, reduzindo a lotação para sete, padrão estabelecido desde 2020.
Rotina científica intensificada
Relatórios indicam que, apenas nesta semana, a tripulação conduziu estudos de fisiologia, materiais e dinâmica de fluidos. Entre os destaques:
Ultrasound 2 – Médicos em solo observaram em tempo real a astronauta Zena Cardman operar um ecógrafo portátil no tórax de Jonny Kim. O objetivo é acompanhar adaptações cardíacas a longas permanências em microgravidade, dados essenciais para futuras viagens a Marte.
Droplet – Usando um microscópio de fluorescência, Mike Fincke analisou a movimentação de partículas em líquidos. Os resultados podem influenciar tanto a produção de fibras ópticas mais eficientes quanto métodos de remoção de poluentes na Terra.
Sistemas e logística garantem segurança
Com a perspectiva de troca de tripulação, operações de manutenção ganharam prioridade. O comandante Ryzhikov verificou eletrônicos e comunicações da Soyuz MS-27, que o levará de volta ao Cazaquistão. Paralelamente, a cápsula de carga Cygnus XL “William C. McCool” foi desacoplada temporariamente do módulo Unity e mantida pelo braço robótico Canadarm2 para liberar espaço ao acoplamento da MS-28.
A estação conta agora com três veículos tripulados atracados – Dragon “Endeavour”, Soyuz MS-27 e Soyuz MS-28 – e quatro cargueiros – Progress MS-31, Progress MS-32, Cygnus XL e HTV-X1. Essa diversidade assegura rotas de evacuação e abastecimento, fator considerado crítico pelos controladores do Centro Espacial Johnson.

Imagem: Robert Z
Números que revelam a complexidade da ISS
Desde 2000, mais de 270 pessoas de 21 países visitaram a plataforma orbital. Com a chegada da MS-28, a Expedição 73 alcança:
- 10 residentes simultâneos (máximo provisório)
- 7 laboratórios nacionais em execução contínua
- 25 experimentos ativos nesta quinzena
Dados oficiais mostram que a ISS completa, em média, 16 órbitas por dia, a 400 km de altitude e 28 000 km/h. A vida útil do complexo foi recentemente estendida pelos parceiros até 2030, enquanto se delineia a transição para estações comerciais.
Impacto para o leitor
O aumento temporário da tripulação significa mais pesquisas em áreas que afetam o cotidiano, como tecnologias médicas, tratamento de água e desenvolvimento de novos materiais. Avanços obtidos em microgravidade costumam chegar ao mercado na forma de equipamentos mais leves, medicamentos aprimorados e sistemas de energia mais eficientes, repercutindo diretamente na qualidade de vida em solo.
Curiosidade
A foto divulgada por Kimiya Yui mostra as naves MS-28 e MS-27 “estacionadas” lado a lado no espaço, algo comparado pelos próprios astronautas a dois carros na garagem. Apesar da aparente tranquilidade, cada unidade está presa por um mecanismo que suporta forças equivalentes a várias toneladas durante manobras orbitais, assegurando estabilidade à estação.
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