Sabrina Carpenter recria Rocky Horror no clipe “Tears” com Colman Domingo

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Sabrina Carpenter voltou a misturar música pop e cinema de terror no videoclipe de “Tears”, segundo single de seu recém-lançado sétimo álbum de estúdio, “Man’s Best Friend”. Dirigido por Bardia Zeinali, o vídeo estreou em 29 de agosto de 2025 e conta com a participação especial do ator indicado ao Oscar Colman Domingo. Com pouco mais de cinco minutos, a produção faz referências diretas ao clássico cult The Rocky Horror Picture Show e a outras obras do gênero, mantendo a abordagem abertamente sexual que caracteriza o trabalho recente da cantora.

Cenário e referências cinematográficas

Assim como o filme de 1975, o clipe começa com uma protagonista perdida após um acidente de carro. Vestida com chapéu e casaco azuis que lembram o figurino de Janet Weiss, personagem de Susan Sarandon no longa original, Carpenter caminha até uma mansão isolada. Logo na chegada, créditos em vermelho remetem ao estilo dos trailers grindhouse da década de 1970.

Dentro da casa, Colman Domingo surge caracterizado como uma drag queen à la Dr. Frank-N-Furter, papel eternizado por Tim Curry. Ele guia Carpenter pelos cômodos ao som da faixa, incentivando-a a “abraçar o lado freak”, conforme o roteiro inspirado na libertação de desejos reprimidos vista em Rocky Horror. A iluminação em tons de rosa e vermelho faz alusão a Suspiria, enquanto mãos que brotam das paredes — com unhas avermelhadas de quase 30 centímetros — remetem a cenas de Repulsa ao Sexo e à versão de Jean Cocteau para A Bela e a Fera.

Em determinada sequência, a cantora aparece em lingerie branca realizando um pole dance em um milharal e, em seguida, num salão de espelhos com closes de bocas e olhos iluminados. O clímax acontece quando a artista, empunhando um salto agulha, mata o namorado “bonzinho”, reforçando o elemento de choque típico dos videoclipes que Carpenter vem lançando.

Letra, temática e controvérsias

Apesar do título, “Tears” não aborda tristeza. A composição ressalta desejo e prazer, com versos como “I get wet at the thought of you” e “Tears run down my thighs”. No álbum, a sexualidade explícita se soma a figurinos que vão de lingerie a espartilhos, mantendo a estética camp reconhecida pelos fãs. A capa do disco, em que a cantora aparece de quatro enquanto um homem segura seus cabelos como uma coleira, gerou críticas nas redes sociais, de alegações de incentivo ao BDSM a debates sobre antifeminismo.

Questionada sobre a polêmica em entrevista ao programa CBS Mornings, Carpenter declarou: “O álbum não é para quem se escandaliza facilmente, mas até esses ouvintes podem encontrar algo que os faça sorrir, se o escutarem a sós”.

Produção e trajetória recente

Bardia Zeinali, responsável pelo novo vídeo, já havia dirigido “Please, Please, Please”, primeiro single do mesmo álbum. A opção por estender a duração da produção para mais que o tempo da música permitiu incluir prólogo, cenas de transição e um epílogo que reforça a narrativa cinematográfica. Para Domingo, o convite reforça seu histórico de papéis marcantes em projetos que abordam temas de identidade e performance.

Sabrina Carpenter recria Rocky Horror no clipe “Tears” com Colman Domingo - Imagem do artigo original

Imagem: Internet

“Tears” sucede o clipe de “Manchild”, que mostrava Carpenter como uma carona sem sorte, e mantém a linha de vídeos inspirados em terror iniciada com “Taste”. Neste último, a cantora e a atriz Jenna Ortega encenavam tentativas de assassinato mútuo em referências a Psycho e Kill Bill.

Repercussão e próximos passos

Nas primeiras 24 horas, “Tears” ultrapassou a marca de dois milhões de visualizações nas principais plataformas de vídeo. Críticos destacaram a direção de arte, o desempenho de Domingo e a integração entre roteiro e coreografia. Até o momento, não há informações oficiais sobre datas de turnê ou novos singles, mas a estratégia de entrega visual robusta indica que outras faixas do álbum podem ganhar clipes com temática semelhante.

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Em resumo, “Tears” reforça a proposta de Sabrina Carpenter de unir referências cinematográficas e erotismo confiante, agora com a presença icônica de Colman Domingo e um tributo assumido a The Rocky Horror Picture Show. Se a artista seguirá aprofundando essa estética em futuros lançamentos, o público terá de aguardar — mas as pistas já estão lançadas.

Curiosidade

O diretor Bardia Zeinali utilizou lentes vintage para recriar a granulação típica dos filmes de terror dos anos 1970. Parte da equipe de figurino consultou o acervo original de Rocky Horror para reproduzir detalhes como o chapéu usado por Carpenter. Já as cenografias internas foram construídas em estúdio, enquanto o milharal foi filmado em locação real, aproveitando a luz do fim da tarde para obter o contraste rosado visto no clipe.

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