Rodrigo Santoro recebe Kikito de Cristal e apresenta “O Último Azul” na abertura de Gramado 2025

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O Festival de Cinema de Gramado abriu sua edição de 2025 com a primeira exibição nacional de “O Último Azul”, longa-metragem de Gabriel Mascaro que conquistou o Urso de Prata no Festival de Berlim. No mesmo evento, Rodrigo Santoro foi homenageado com o Kikito de Cristal, troféu destinado a artistas brasileiros com trajetória reconhecida dentro e fora do país.

Filme premiado em Berlim chega ao público brasileiro

Dirigido por Gabriel Mascaro, “O Último Azul” acompanha a história de Tereza (interpretada por Denise Weinberg), uma mulher de 77 anos que vive em um Brasil distópico. Neste cenário, o governo envia todos os idosos para colônias isoladas com o objetivo declarado de aumentar a eficiência econômica. A trama se desenrola quando a protagonista decide fugir da captura estatal, iniciando uma jornada repleta de encontros inusitados — entre eles, o personagem de Rodrigo Santoro.

O longa foi exibido pela primeira vez em fevereiro de 2025 no Festival de Berlim, onde recebeu o Urso de Prata. A produção chega agora ao circuito nacional após conquistar críticos internacionais e levantar debates sobre o envelhecimento em sociedades que valorizam a juventude.

A sessão em Gramado marcou o início da campanha de divulgação no Brasil. A distribuidora confirmou o lançamento comercial para 28 de agosto de 2025.

Reflexão sobre envelhecimento marca narrativa

Em coletiva realizada antes da exibição, Rodrigo Santoro destacou que o projeto dialoga diretamente com temas que ele próprio enfrenta ao se aproximar dos 50 anos. Segundo o ator, o filme questiona tabus associados à maturidade e discute o “direito de sonhar” em qualquer fase da vida.

Denise Weinberg, protagonista da obra, reforçou que a personagem Tereza simboliza a busca por autonomia diante de políticas públicas que desconsideram a participação ativa dos idosos. O roteiro propõe uma leitura crítica sobre como sociedades contemporâneas lidam com a terceira idade, apontando para questões ligadas a trabalho, saúde e representação social.

Mascaro explicou que escolheu desenvolver uma narrativa de ficção científica para potencializar o impacto das discussões. “A distopia permite expor contradições já presentes no cotidiano, só que em proporções mais visíveis”, afirmou o cineasta.

Homenagem reconhece carreira internacional de Santoro

O Kikito de Cristal entregue a Santoro celebra mais de três décadas de atuação em projetos nacionais e estrangeiros. Entre os trabalhos lembrados na cerimônia estiveram a minissérie “Hilda Furacão”, o drama “Bicho de Sete Cabeças”, o épico “300” e a série “Westworld”.

Durante o discurso de agradecimento, o ator mencionou planos futuros de produção e direção, além de iniciativas ligadas ao audiovisual brasileiro. Ele destacou a importância de festivais como Gramado na formação de público e na projeção internacional do cinema nacional.

Próximos passos da produção

Após a passagem pelo Rio Grande do Sul, “O Último Azul” segue para sessões especiais em São Paulo e no Rio de Janeiro. A equipe de divulgação confirmou debates públicos sobre envelhecimento e políticas de inclusão, organizados em parceria com universidades e entidades de classe.

A distribuidora informou que o longa chegará às plataformas digitais após o circuito de salas comerciais, mas datas específicas ainda não foram divulgadas.

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Em síntese, a abertura do Festival de Gramado 2025 reuniu prêmio, exibição inédita e debate social, destacando “O Último Azul” como um dos lançamentos nacionais mais aguardados do ano. Continue acompanhando nossos conteúdos para não perder as próximas estreias e análises do mercado cinematográfico brasileiro.

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