São Paulo, 28 de abril de 2024 — Fabricantes de robótica preparam a primeira leva de robôs humanoides destinados a executar tarefas repetitivas em centros de distribuição e linhas de montagem. Segundo as empresas envolvidas, 2025 deverá ser o ano em que essas máquinas deixarão os laboratórios de teste para atuar, ainda que de forma restrita, em operações industriais.


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Empresas aceleram produção e testes de campo
A Agility Robotics, sediada nos Estados Unidos, já exibe o modelo Digit caminhando por corredores de armazéns e carregando caixas em rotas pré-programadas. A Tesla, por sua vez, mantém o desenvolvimento do Optimus, anunciado como potencial “funcionário-modelo” para serviços de logística interna. Outra participante é a Figure, que abriu uma planta específica para fabricar humanoides em escala comercial.
Os protótipos atuais apresentam semelhança ao corpo humano — duas pernas e dois braços — justamente para operar em ambientes projetados para pessoas, sem necessidade de grandes reformas estruturais. De acordo com engenheiros envolvidos nos projetos, sensores de visão computacional e sistemas de equilíbrio possibilitam que os robôs se movimentem entre prateleiras, mas os movimentos ainda são lentos e sujeitos a quedas.
Limitações técnicas ainda desafiam adoção ampla
Vídeos promocionais divulgados pelas companhias mostram robôs levantando caixas leves, abrindo portas e percorrendo trajetos pré-definidos. Nos bastidores, técnicos relatam que esses resultados exigem ambientes controlados, superfície regular e cargas padronizadas. Segundo especialistas em automação, tarefas simples de um adolescente, como dobrar roupas ou servir café, permanecem fora do alcance dessas máquinas.
Um dos gargalos é a autonomia energética. Baterias atuais fornecem operação contínua de poucas horas, o que limita turnos completos. Além disso, a inteligência artificial embarcada precisa lidar com objetos e situações imprevisíveis, algo que demanda processamento avançado e treinamento extenso. Relatórios apontam que o custo inicial de um humanoide supera, por ampla margem, o salário anual de um operador humano, o que restringe a aplicação a empresas dispostas a investir em inovação de longo prazo.
Impacto projetado no mercado de trabalho
A discussão sobre substituição de mão de obra reaparece à medida que os humanoides avançam. Entretanto, analistas de recursos humanos ouvidos pelo setor afirmam que a primeira leva deverá assumir apenas tarefas repetitivas ou fisicamente desgastantes — funções que registram alta rotatividade e dificuldade de contratação. Dessa forma, a chegada dos robôs pode aliviar déficits de pessoal em galpões logísticos, sem eliminar postos de trabalho mais complexos.
Em cenários comparáveis, ondas anteriores de automação deslocaram profissionais para atividades de supervisão e manutenção. Especialistas projetam trajetória semelhante para os humanoides: operadores humanos passarão a monitorar várias unidades, enquanto centros de treinamento técnico ganharão relevância para capacitar novos perfis profissionais.
Custos, segurança e regulamentação
A introdução de robôs bípedes obriga fabricantes a cumprir normas de segurança industrial. Sensores de proximidade e protocolos de parada de emergência são requisitos básicos para evitar colisões com pessoas. Paralelamente, órgãos reguladores estudam atualizar diretrizes trabalhistas, prevendo interação segura entre humanos e máquinas.
No aspecto financeiro, o investimento inicial envolve aquisição, suporte de software, manutenção preventiva e atualização de peças. Consultorias de mercado estimam que o retorno pode levar vários anos, dependendo do volume de unidades instaladas e da redução efetiva de acidentes ou afastamentos médicos provocados por esforço repetitivo.

Imagem: Getty
O que muda para o consumidor e para a cadeia logística
Para o público final, a adoção de humanoides pode resultar em entregas mais rápidas e custos logísticos menores, refletindo em preços competitivos no varejo on-line. Já para empresas, a transição exige avaliação cuidadosa: apesar da promessa de ganhos de eficiência, a maturidade tecnológica ainda impõe fases de teste e ajustes operacionais.
Curiosidade
Embora pareça recente, a ideia de robôs com forma humana remonta a 1927, quando o filme “Metrópolis” apresentou a personagem Maschinenmensch. Quase um século depois, a indústria finalmente aproxima ficção e realidade ao colocar humanoides em ambientes produtivos. A principal diferença está nos motores elétricos silenciosos e na inteligência artificial, inexistentes naquela época, que hoje tornam a proposta viável — ainda que com tropeços aqui e ali.
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Este conteúdo explicou como robôs humanoides começam a entrar nos armazéns, quais desafios permanecem e o impacto na logística. Continue conosco para conferir atualizações sobre inovação e tendências que podem influenciar o seu dia a dia.
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