A Meta iniciou nesta terça-feira (22) a comercialização oficial dos Ray-Ban Meta Smart Glasses no Brasil. O dispositivo vestível, resultado da parceria entre a big tech de Mark Zuckerberg e a tradicional marca de óculos, estreia no mercado nacional com preço sugerido de R$ 3.299. O modelo de segunda geração promete integrar imagem, áudio e assistente virtual em um acessório que mantém o design clássico das armações Wayfarer, Headliner e Skyler.
Principais recursos do modelo Gen 2
Os óculos inteligentes trazem câmera de 12 MP capaz de gravar vídeos em 3K Ultra HD. A captura é iniciada com um simples toque na haste lateral, recurso que, segundo demonstração realizada durante o evento de lançamento, oferece estabilidade e discrição. Os registros podem ser enviados diretamente para Facebook, Instagram, WhatsApp e Messenger, permitindo ao usuário alternar entre a câmera do smartphone e a visão em primeira pessoa.
Outro destaque é o sistema de áudio integrado, que substitui fones tradicionais por alto-falantes posicionados na haste. O som é reproduzido de forma direcional, garantindo audição de músicas, podcasts e chamadas em viva-voz ao mesmo tempo em que o ambiente permanece audível. O volume é regulado por comandos táteis na armação.
A solução também incorpora a Meta AI em português, viabilizando pesquisas rápidas, respostas a perguntas e controle de funções por voz. Entre as capacidades do assistente está a tradução ao vivo entre idiomas como inglês, espanhol, francês, alemão e italiano. A transcrição ocorre no aplicativo móvel, enquanto o áudio traduzido é reproduzido nos óculos.
De fábrica, o produto oferece até oito horas de bateria, compatibilidade com lentes solares, transparentes, polarizadas, Transitions ou de prescrição, e armazenamento dedicado no estojo de carga. Segundo a Meta, o objetivo é tornar a experiência “mãos livres” e ampliar a captura de conteúdo espontâneo.
Estratégia da Meta para dispositivos vestíveis
O lançamento nacional insere-se na estratégia da empresa de consolidar um ecossistema de computação imersiva, que inclui headsets de realidade virtual e plataformas de metaverso. Especialistas do setor apontam que os smart glasses representam um passo intermediário entre smartphones e óculos de realidade aumentada totalmente imersivos.
No campo da moda, a parceria com a Ray-Ban assegura apelo estético e conversa com consumidores preocupados com design. De acordo com relatórios de mercado, a categoria de wearables que combinam função tecnológica e aparência convencional tem registrado crescimento constante, impulsionada por usuários interessados em dispositivos menos intrusivos que headsets volumosos.
Além de fortalecer a presença na América Latina, a Meta mira criadores de conteúdo móvel e profissionais que necessitam de capturas em primeira pessoa, como jornalistas, guias de turismo e educadores. A integração direta às redes sociais simplifica a publicação de vídeos e fotos em tempo real, característica considerada valiosa para manter engajamento de audiência.
Comparativo com iniciativas anteriores
Embora o conceito de óculos conectados não seja novo, poucas tentativas obtiveram tração comercial. Projetos como o Google Glass encontraram resistência por estética e preocupações de privacidade. Os Ray-Ban Meta Smart Glasses procuram contornar esses pontos ao adotar design familiar e exibir luz indicativa sempre que a câmera é ativada. Segundo a companhia, o sinal visual atende a recomendações de entidades de proteção de dados.

Imagem: Internet
Em termos de desempenho, a resolução 3K posiciona o dispositivo entre os modelos de consumo com maior qualidade de imagem. Outros wearables focados em captura, como câmeras de ação compactas, ainda dependem de suportes externos, enquanto o acessório da Meta integra todos os componentes à armação.
Impacto potencial para o usuário
Para consumidores brasileiros, o novo produto oferece a possibilidade de registrar momentos cotidianos sem retirar o smartphone do bolso, além de reproduzir áudio de forma discreta e acessar respostas rápidas por voz. No âmbito corporativo, empresas podem empregar traduções imediatas em interações multilíngues ou treinamentos a distância. Embora o preço posicione o modelo no segmento premium, a Meta acredita que a praticidade justificará a adoção entre usuários que valorizam tecnologia vestível.
Curiosidade
Você sabia que a primeira versão de óculos escuros Ray-Ban nasceu em 1937 para atender pilotos do Exército norte-americano? Mais de oito décadas depois, a marca mantém a silhueta clássica e, agora, incorpora inteligência artificial, câmera 3K e tradução em tempo real. A combinação de tradição óptica com recursos digitais exemplifica como a indústria de moda e tecnologia se reinventa para atender novas demandas de conectividade.
Para quem acompanha o avanço de dispositivos vestíveis, o lançamento reforça a tendência de integração entre hardware elegante e funcionalidades inteligentes. Se você busca entender como essa evolução pode influenciar seu dia a dia, vale acompanhar outras novidades do setor.
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