Only Murders in the Building diminui elenco de estrelas e volta às origens na 5ª temporada

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“Only Murders in the Building” ganhou projeção mundial ao misturar humor, mistério e um trio improvável de investigadores em pleno coração de Nova York. Com o passar das temporadas, porém, o seriado viu o número de participações especiais crescer a cada novo ano, gerando debate entre fãs e especialistas sobre os rumos da produção.

Pressão por nomes de peso se intensificou

De acordo com declarações da diretora de elenco Tiffany Little Canfield ao The Hollywood Reporter, existe uma expectativa constante para “elevar a fasquia” a cada ciclo. A profissional reconhece que a repercussão em torno de anúncios de celebridades se tornou parte da estratégia de divulgação da série. Na terceira temporada, por exemplo, o ator Paul Rudd interpretou a vítima Ben, enquanto Meryl Streep deu vida à atriz Loretta, papel que retornou no quarto ano.

Na quarta temporada, o padrão se manteve: Eugene Levy, Zach Galifianakis e Eva Longoria interpretaram versões de si mesmos, além de participações originais de Kumail Nanjiani e Molly Shannon. Segundo analistas de mercado, essa dinâmica ajuda a manter a produção em evidência nas redes sociais e nos veículos de entretenimento, mas também cria o desafio de superar o próprio histórico de “stunt casting” — termo usado para definições de elenco baseadas no impacto midiático.

Risco de descaracterização preocupa público fiel

Usuários do subreddit dedicado ao programa e comentários em plataformas de streaming relatam uma percepção de que os moradores originais do edifício Arconia ficaram em segundo plano a partir do terceiro ano. Figuras como Howard, interpretado por Michael Cyril Creighton, permaneceram, mas muitos personagens introduzidos na temporada inicial passaram a aparecer em poucas cenas ou foram removidos.

Especialistas em televisão apontam que a mudança resulta de duas necessidades: evitar a repetição de enredos centrados no mesmo cenário e justificar novas mortes em locais diferentes. Ao deslocar o foco para personagens de fora do Arconia, as temporadas 3 e 4 evitaram críticas de verossimilhança, mas perderam parte do clima de comunidade que marcou o início da série.

Temporada 5 retoma o Arconia e reduz participações

A quinta fase, já em produção, promete devolver o mistério ao edifício. De acordo com informações confirmadas pelos produtores, o ponto de partida será a morte do porteiro Lester, personagem recorrente desde a estreia. Embora signifique a despedida de um rosto conhecido, o enredo devolve protagonismo aos moradores e abre espaço para investigações internas.

Nesta etapa, os responsáveis escolheram reduzir o volume de celebridades atuando como elas mesmas. Christoph Waltz e Keegan Michael-Key são até agora os únicos nomes de grande apelo divulgados para papéis originais. Segundo consultorias de audiência, a estratégia busca equilibrar o interesse midiático com a manutenção do núcleo principal, formado por Steve Martin, Martin Short e Selena Gomez.

Meryl Streep já era “meta” de elenco; Daniel Day-Lewis é sonho distante

Tiffany Little Canfield revelou que Meryl Streep era a maior “baleia branca” da equipe de casting. A missão foi cumprida na terceira temporada, quando a atriz aceitou participar após elogiar a proposta da produção. Já o nome de Daniel Day-Lewis permanece como ambição, embora sua aposentadoria anunciada torne a negociação improvável. Os rumores ganharam fôlego quando o ator aceitou trabalhar no filme de estreia do filho como diretor, mas não há indícios concretos de contato para “Only Murders”.

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Imagem: Eric McCandless/Hulu

Impactos para a indústria e para o público

Profissionais de roteirização indicam que o movimento de alternar entre participações especiais e desenvolvimento de personagens fixos pode influenciar outras produções de streaming que buscam balancear retenção de assinantes e consistência narrativa. Se a quinta temporada confirmar a volta ao formato original, a série poderá servir de estudo sobre os limites do “efeito celebridade” em longas produções.

Para o espectador, a mudança pode resultar em episódios mais centrados na química do trio protagonista e no ambiente familiar do Arconia, mantendo o clima de mistério aconchegante que atraiu o público inicial. Caso a audiência responda positivamente, outras séries poderão rever a dependência de nomes de peso para sustentar relevância.

Curiosidade

Muitos fãs identificam “Only Murders in the Building” como herdeira moderna de “Columbo”, clássico dos anos 1970 que também alternava casos fechados em episódios independentes e participações de atores famosos. A diferença é que, na produção atual, o mistério se estende por toda a temporada, incentivando teorias semanais nas redes sociais e fóruns especializados. Esse formato híbrido ajudou a popularizar podcasts de discussão, fenômeno que acompanha cada estreia de episódio.

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