A história da Nintendo no mercado de videogames soma quase cinco décadas e passa por dispositivos que ajudaram a moldar a indústria. De uma linha de aparelhos domésticos focados em versões de Pong, em 1977, ao recente Switch 2, a companhia japonesa acumulou recordes de vendas, introduziu controles analógicos, popularizou o jogo portátil e manteve franquias como Mario, Zelda e Pokémon no centro das atenções.
Primeira geração: Color TV-Game e Game & Watch
O primeiro console da empresa foi o Color TV-Game, lançado em 1977 em parceria com a Mitsubishi. A família teve cinco modelos distribuídos ao longo de seis anos, todos com jogos embarcados e foco em variações de Pong. À época, o sistema tornou-se o mais vendido da chamada “primeira geração” de consoles.
Em 1980, a Nintendo apresentou o Game & Watch, linha portável inspirada em calculadoras de bolso. Cada unidade trazia uma única atração, mas o dispositivo introduziu inovações fundamentais, como o direcional em forma de cruz (D-pad) e o conceito de entretenimento de bolso para momentos rápidos.
Consolidações dos anos 80 e 90
O Nintendo Entertainment System (NES), de 1983 no Japão (Famicom) e 1985 no Ocidente, levou cartuchos intercambiáveis e franquias de peso à sala de estar. O console revitalizou um setor em crise e lançou bases para plataformas de ação em deslocamento lateral.
No segmento portátil, o Game Boy chegou em 1989 com Tetris no catálogo de estreia e autonomia suficiente para sessões prolongadas. Mesmo sem tela colorida, permaneceu no mercado por mais de dez anos com apenas ajustes pontuais.
A transição para 16 bits ocorreu em 1990 com o Super Nintendo Entertainment System (SNES). O controle ganhou quatro botões frontais e dois superiores, enquanto títulos como Super Mario World estabeleceram novos parâmetros de design.
Em 1995, a Nintendo lançou o Virtual Boy, tentativa de simular 3D com visor monoscópico vermelho e preto. As limitações de ergonomia e catálogo restrito fizeram o aparelho ter ciclo curto.
Já em 1996, o Nintendo 64 adotou gráficos tridimensionais e introduziu o analógico central no controle. A opção por cartuchos, em vez de CDs, reduziu custos de leitura, mas limitou armazenamento e afugentou parte dos estúdios externos.
Portáteis avançam; consoles de mesa enfrentam concorrência
Lançado em 2001, o Game Boy Advance (GBA) levou experiência gráfica próxima ao SNES para o formato de bolso e manteve retrocompatibilidade com a geração anterior. No mesmo ano, o GameCube chegou como console de mesa com mídia óptica proprietária; apesar de biblioteca enxuta, apresentou experimentos como controle sem fio WaveBird.

Imagem: Jesse Lennox Updated Augus
O Nintendo DS, de 2004, apostou em tela dupla e caneta stylus, além de conexão Wi-Fi integrada. O design permitiu jogos voltados à interação tátil e garantiu ampla adoção global. Em 2011, o Nintendo 3DS adicionou efeito estereoscópico sem óculos, mantendo compatibilidade com o catálogo do DS.
Na mesma década, a companhia lançou o Wii (2006), centrado em sensores de movimento. O sistema popularizou-se fora do público tradicional de games e ultrapassou a marca de 100 milhões de unidades. Em 2012, o sucessor Wii U combinou tela tátil no controle e processamento em alta definição, mas vendas abaixo do esperado encerraram o ciclo aos cinco anos.
Estratégia híbrida e recordes recentes
A resposta veio com o Nintendo Switch, de 2017, que reuniu jogo doméstico e portátil em único hardware. Com Joy-Con removíveis e catálogo unificado, a plataforma superou 125 milhões de unidades e figura entre as mais vendidas da história.
Em 2024, a empresa introduziu o Switch 2. Segundo dados internos, o console alcançou o ritmo de vendas mais rápido já registrado no primeiro mês de mercado. O novo modelo mantém o conceito híbrido, incorpora processador mais potente e ajustes na ergonomia dos controles, enquanto franquias estabelecidas, como The Legend of Zelda e Pokémon, já têm títulos em desenvolvimento.
A trajetória da Nintendo evidencia a capacidade de reinvenção da marca, alternando avanços técnicos, formatos inovadores e foco em experiências acessíveis. A empresa indica que continuará apostando na convergência entre mobilidade e entretenimento doméstico.
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Em resumo, do Color TV-Game ao Switch 2, a Nintendo combinou inovações de hardware e franquias de forte apelo para se manter relevante. Continue ligado em nosso portal para novidades e análises sobre o futuro da empresa e do setor.