A Netflix escolheu o enigmático caso Lizzie Borden para servir de enredo na quarta temporada da série antológica “Monstros”, criada por Ryan Murphy e Ian Brennan. A produção volta a explorar crimes reais de grande repercussão, desta vez revivendo os assassinatos do pai e da madrasta da jovem Lizzie, ocorridos em 1892, em Fall River, Massachusetts. Embora tenha sido acusada, Lizzie foi absolvida pelo tribunal, fato que sustenta o caráter controverso da história até hoje.
Nova intérprete e abordagem proposta
De acordo com informações oficiais, a personagem-título ficará a cargo da atriz Ella Beatty, conhecida pelo trabalho em “Se Eu Tivesse Pernas Te Chutaria”. A escolha marca a primeira vez em que Beatty assume o protagonismo de uma produção de grande alcance global. Detalhes sobre a data de estreia ainda não foram divulgados, mas a fase de pré-produção encontra-se avançada, segundo relatórios da plataforma.
A série, desde a primeira temporada, segue a lógica de antologia: cada leva de episódios foca em crimes distintos e investigados à exaustão pela imprensa. O formato combina dramatização, contexto histórico e atenção a documentos de processo, estratégia que, segundo especialistas em streaming, ajuda a Netflix a manter relevância no segmento de true crime.
Retratos anteriores no cinema e na televisão
Antes de chegar ao catálogo da gigante do streaming, Lizzie Borden já teve diversas representações audiovisuais. Em 2018, o longa “Lizzie”, dirigido por Craig William Macneill, voltou os holofotes para o caso ao escalar Chloë Sevigny como Lizzie e Kristen Stewart no papel de Bridget Sullivan, empregada da família e testemunha-chave no julgamento. A produção concentrou-se na tensão psicológica entre as duas mulheres e apresentou teorias que sugerem laços pessoais além da relação de trabalho. Críticos avaliaram o filme como uma leitura artística que vai além da acusação formal, mas respeita fatos essenciais do processo de 1893.
Outro retrato relevante foi a minissérie “The Lizzie Borden Chronicles”, do canal Lifetime, estrelada por Christina Ricci. Lançada em 2015, a produção explorou episódios posteriores ao veredito de inocência, criando tramas ficcionais sobre possíveis crimes não comprovados. A nova aposta da Netflix se diferencia das versões anteriores por integrar o universo de “Monstros”, conhecido por mesclar reconstituições detalhadas com análises de impacto social.
Onde assistir ao filme “Lizzie”
Para quem deseja conhecer uma visão cinematográfica do caso antes da chegada da série, o filme de 2018 está disponível para compra e aluguel nas plataformas digitais Prime Video, YouTube, Google Play e na Loja da Apple. Relatórios de mercado indicam que relançamentos de obras ligadas a produções da Netflix costumam registrar picos de visualização, movimento observado anteriormente com a minissérie sobre Jeffrey Dahmer.
Impacto para o público e para o mercado de true crime
A escolha do caso Lizzie Borden amplia o portfólio de crimes históricos revisitados pela Netflix e reforça a tendência de explorar figuras femininas em narrativas de violência, ainda pouco representadas no gênero. Para o espectador, o enredo promete revelar documentos do julgamento de 1893 e reconstituir o ambiente social puritano da Nova Inglaterra do fim do século XIX. Já para o setor de streaming, o novo arco de “Monstros” tende a impulsionar a competição por roteiros baseados em crimes arquivados, segmento que em 2023 movimentou milhões de horas assistidas, segundo dados oficiais da própria plataforma.

Imagem: Kristen Stewart
Com a confirmação da temporada, fãs de produções criminais ganham mais um motivo para acompanhar o catálogo da Netflix. A expectativa gira em torno de como Ryan Murphy e Ian Brennan equilibrarão fatos históricos, dramatização e respeito a vítimas e acusada, abordagem que deve influenciar futuras séries do gênero.
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Curiosidade
Embora Lizzie Borden tenha sido absolvida, a popularidade do caso foi tamanha que crianças norte-americanas do início do século XX cantavam uma rima que atribuía “quarenta machadadas” à jovem — número nunca citado nos autos oficiais. A cantiga serviu para perpetuar o mistério e consolidou Lizzie como figura lendária do folclore criminal dos Estados Unidos, inspirando peças de teatro, livros e até jogos de tabuleiro.
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