São Paulo, 21 de junho de 2024 — A Netflix confirmou para 2025 a estreia de “O Eternauta”, série baseada na clássica novela gráfica argentina criada em 1957 por Héctor Germán Oesterheld e ilustrada por Francisco Solano López. Considerada um marco da ficção científica latino-americana, a obra finalmente ganha adaptação em live-action após diferentes tentativas frustradas ao longo de décadas.
Adaptação de alta escala valoriza legado cultural argentino
Produzida na Argentina e dirigida por Bruno Stagnaro, a série representa um investimento incomum no mercado audiovisual local, tradicionalmente voltado a dramas realistas. A abordagem sci-fi de “O Eternauta” exige cenários urbanos devastados, criaturas alienígenas e efeitos visuais extensos, fatores que teriam inviabilizado projetos anteriores, segundo profissionais do setor.
O elenco traz nomes reconhecidos do cinema argentino, como Ricardo Darín e César Troncoso, habituados a papéis dramáticos. Nos episódios iniciais, o roteiro mantém tom realista, até que um fenômeno misterioso atinge Buenos Aires e desencadeia a sequência de ação que caracteriza a HQ original. Avaliações preliminares destacam que a série passa a assumir estética de quadrinhos a partir do terceiro capítulo, quando surgem as primeiras criaturas.
Especialistas em cultura pop observam que a adaptação poderá ampliar a visibilidade da graphic novel fora da Argentina, onde o título é considerado símbolo de resistência política. O autor Héctor Oesterheld foi uma das vítimas da ditadura militar argentina e desapareceu em 1977, junto às quatro filhas. Esse contexto histórico confere peso adicional à narrativa, focada em sobreviventes comuns diante de uma invasão estranha.
Recepção inicial supera outras produções de língua não inglesa
Embora a primeira temporada tenha recebido elogios pelos efeitos e pela atuação, críticos notaram que a estrutura narrativa encerra o arco de forma abrupta. De acordo com análises publicadas logo após a estreia, o ciclo introdutório não conclui o conflito principal nem explica plenamente a origem do título. Ainda assim, dados da própria plataforma indicam que “O Eternauta” tornou-se a série de língua não inglesa mais assistida nos cinco primeiros dias de exibição.
Analistas de mercado avaliam que o desempenho encurta o intervalo para a produção de uma segunda temporada, prática comum em projetos que alcançam forte engajamento. Ao manter o ritmo de lançamentos, a Netflix busca reter assinantes e diversificar o catálogo regional, estratégia que também impulsiona investimentos em efeitos avançados fora dos polos de Hollywood.
Impacto potencial para público e indústria
Para o espectador brasileiro, a adaptação oferece oportunidade de conhecer um clássico pouco difundido no país, ao mesmo tempo em que reforça a tendência de plataformas globais apostarem em conteúdos hispano-falantes de alto orçamento. Segundo consultores de mídia, o sucesso de “O Eternauta” pode estimular novos projetos de ficção científica na América do Sul, segmento ainda restrito em comparação a dramas e comédias.

Imagem: Internet
Profissionais de efeitos visuais regionais também se beneficiam, pois a produção demanda tecnologia de captura de movimento e criação de criaturas digitais, abrindo vagas especializadas e ampliando o portfólio das empresas locais. Caso a segunda temporada seja confirmada em breve, a continuidade do projeto deve manter esses postos de trabalho e atrair parcerias internacionais.
Curiosidade
A primeira edição de “O Eternauta” foi publicada em capítulos semanais na revista argentina Hora Cero em 1957. Na trama, um grupo de amigos joga truco em Buenos Aires quando uma nevasca tóxica começa a cair. Quase sete décadas depois, a cena do jogo de cartas foi replicada quadro a quadro na nova série, como homenagem direta aos fãs da HQ original.
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