A Meta planeja lançar ainda este ano uma nova geração de óculos inteligentes com visor integrado, desenvolvida sob o codinome Hypernova. De acordo com informações obtidas pela agência Bloomberg, o dispositivo chegará ao mercado por cerca de US$ 800, valor próximo ao de um iPhone atual e consideravelmente menor que as estimativas iniciais, que variavam entre US$ 1 000 e US$ 1 400.
Preço mais baixo para impulsionar adoção
A decisão de reduzir o preço teria sido tomada após a companhia encontrar maneiras de cortar custos internos e aceitar margens de lucro menores, estratégia comum em lançamentos de novos produtos. O objetivo é tornar o acessório mais atrativo e ampliar a base de usuários em um segmento dominado por modelos com valores mais altos, como o Apple Vision Pro (US$ 3 500) e o Meta Quest Pro (US$ 1 500).
Com o preço revisado, o Hypernova passa a competir diretamente com smartphones premium, especialmente os iPhones, considerados o principal alvo comercial da Meta nos Estados Unidos. Óculos inteligentes com visor fabricados por empresas como Xreal ou Viture costumam ser vendidos entre US$ 400 e US$ 600, mas não contam com todos os recursos que a Meta pretende oferecer.
Recursos previstos para o modelo Hypernova
O design do Hypernova inclui um único display posicionado na parte inferior da lente direita, solução semelhante à do Google Glass original. Informações como notificações, mapas, fotos e vídeos serão exibidas exclusivamente diante do olho direito, com melhor visualização quando o usuário olhar para baixo.
O dispositivo será equipado com processador da Qualcomm e utilizará uma versão customizada do Android. Segundo as fontes consultadas, não haverá uma loja de aplicativos dedicada; os comandos serão realizados por meio de toques e gestos na haste lateral, além de um recurso adicional: uma pulseira neural que acompanhará o produto na caixa. Por meio de sensores no pulso, o acessório permitirá controlar funções dos óculos usando movimentos de mão e dedos, conceito já explorado em relógios inteligentes como o Samsung Galaxy Watch 8.
A Meta pretende integrar a gestão do dispositivo ao aplicativo Meta View, já utilizado para a linha atual de óculos inteligentes da empresa. A solução deve facilitar o pareamento com o smartphone e a exibição de alertas, mesmo sem um ecossistema de apps próprio no wearable.

Imagem: Nade Sarwar Published Au
Posicionamento no mercado de XR
A adoção de uma tela única representa uma diferença em relação a marcas que empregam sistemas duplos de projeção, como RayNeo, Viture e Xreal. Ao simplificar o hardware, a Meta visa reduzir custos sem comprometer a proposta de substituir parcialmente o smartphone em tarefas rápidas do dia a dia.
Com o lançamento previsto para as próximas semanas, o Hypernova reforça a aposta da companhia no segmento de realidade estendida (XR). O movimento também antecipa a possível chegada de óculos de realidade aumentada desenvolvidos pelo Google sobre a plataforma Android XR, reforçando a concorrência pelo espaço no rosto do consumidor.
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O corte de preço posiciona o Hypernova como alternativa competitiva tanto para quem busca um dispositivo de computação pessoal diferenciado quanto para usuários de iPhone que consideram migrar para um ecossistema de óculos inteligentes. Acompanhe nossas próximas atualizações e fique por dentro de todas as novidades do setor.