Lua Minguante antecipa fase nova em dois dias; confira o calendário completo de outubro

Ciência

Hoje, 19 de outubro de 2025, o satélite natural da Terra encontra-se na fase Minguante, com apenas 5 % da sua superfície iluminada e visível a partir do planeta. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), faltam agora dois dias para a chegada da Lua Nova, que marcará o reinício do ciclo lunar no próximo dia 21, às 9h25 (horário de Brasília).

Calendário lunar de outubro

O mês começou já na reta final da fase Crescente herdada de setembro e apresentou a Lua Cheia logo em 7 de outubro, às 00h48. Na sequência, a Lua Minguante surgiu em 13 de outubro, às 15h14, e permanece até a madrugada do dia 21, quando ocorre a Lua Nova. O ciclo se completa em 29 de outubro, às 13h22, com a fase Crescente.

Em detalhes, o calendário divulgado pelo Inmet registra:

  • 07/10 — Lua Cheia (00h48)
  • 13/10 — Lua Minguante (15h14)
  • 21/10 — Lua Nova (09h25)
  • 29/10 — Lua Crescente (13h22)

Uma lunação — intervalo entre duas Luas Novas — dura, em média, 29,5 dias. Nesse período, o satélite percorre as quatro fases principais (nova, crescente, cheia e minguante), cada uma com duração aproximada de sete dias. Entre elas existem ainda as chamadas interfases, como quarto crescente, crescente gibosa, minguante gibosa e quarto minguante, que representam transições graduais de iluminação.

Entenda o que muda em cada fase

Na Lua Nova, a face iluminada fica voltada para o Sol, tornando a Lua praticamente invisível no céu. Essa configuração marca o início do ciclo e costuma ser associada a recomeços em calendários agrícolas e atividades culturais.

Durante a fase Crescente, um arco luminoso surge no horizonte logo após o pôr do sol e aumenta noite após noite. O quarto crescente ocorre quando metade do disco lunar está iluminada. Esse estágio costuma coincidir com práticas de plantio que exigem maior crescimento vegetativo, segundo especialistas em agricultura biodinâmica.

A Lua Cheia ocorre quando a Terra se posiciona entre o Sol e a Lua, permitindo que a face voltada para nós receba iluminação total. É o período de maior brilho, favorecendo observações a olho nu e influenciando marés mais intensas, conforme dados oficiais da Administração Oceânica e Atmosférica (NOAA).

Após o ápice de luminosidade, a Lua inicia a fase Minguante, perdendo gradualmente a porção iluminada até restar apenas um fino arco. O quarto minguante, etapa atingida há seis dias, marca o momento em que metade do disco volta a ficar na sombra. Relatórios indicam que essa fase está historicamente ligada a colheitas e à poda de plantas, pois se acredita que a seiva se concentra nas raízes.

Observação e visibilidade

Nesta fase Minguante final, a Lua nasce nas primeiras horas da madrugada e põe-se no início da tarde, tornando-se menos visível para quem observa o céu no horário noturno. Com apenas 5 % de iluminação, a observação a olho nu depende de céus limpos e pouca poluição luminosa. Binóculos ou telescópios de pequena abertura já são suficientes para revelar crateras na região do terminador — a linha que separa dia e noite na superfície lunar.

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Imagem: Shutterstock

A chegada da Lua Nova em 21 de outubro trará um céu noturno mais escuro, condição favorável para quem pretende identificar constelações de baixa magnitude ou assistir a chuvas de meteoros típicas da primavera austral. De acordo com astrônomos, a ausência de luz lunar reduz o ofuscamento e facilita registros fotográficos de objetos celestes distantes.

Impacto nas marés e em atividades humanas

O ciclo lunar exerce influência direta sobre marés em razão da atração gravitacional combinada da Lua e do Sol. Nas fases Cheia e Nova, ocorrem marés de sizígia, quando a amplitude entre preamar e baixa-mar é maior. Já nas fases Crescente e Minguante, essa diferença diminui. Pescadores artesanais costumam ajustar saídas ao mar considerando esses padrões, enquanto engenheiros costeiros monitoram variações para obras portuárias, informa a Diretoria de Hidrografia e Navegação da Marinha.

Além da oceonografia, a lunação é usada como referência em calendários religiosos, festivais culturais e práticas medicinais tradicionais. O próprio calendário islâmico, por exemplo, baseia-se exclusivamente no ciclo lunar.

Para o leitor, acompanhar o calendário lunar pode auxiliar no planejamento de observações astronômicas, na organização de atividades ao ar livre que exigem céu escuro e até na programação de eventos turísticos, como passeios de contemplação da Lua Cheia.

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Curiosidade

Embora a Lua não possua atmosfera significativa, ela abriga “exosferas” temporárias formadas por átomos liberados do solo devido à radiação solar. Em noites de Lua Nova, instrumentos instalados por missões espaciais detectam um leve aumento dessas partículas, fenômeno que ajuda cientistas a estudar a interação entre vento solar e corpos celestes sem atmosfera densa.

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