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Kymeta e iRocket testam antena que mantém mísseis ligados a vários satélites

Ciência

Kymeta, empresa sediada em Redmond (EUA), e a norte-americana iRocket anunciaram em 19 de novembro um acordo para integrar uma antena conformal de metamateriais aos mísseis IRX-100. O objetivo é garantir conectividade em múltiplas órbitas durante todo o voo, requisito considerado fundamental para o futuro escudo interceptador Golden Dome dos Estados Unidos.

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Parceria mira desempenho em ambientes de forte interferência

De acordo com Ryan Stevenson, diretor-científico da Kymeta, os interceptadores modernos precisam receber atualizações de rota e dados de alvo em tempo real, mesmo em cenários com bloqueio de GPS, radiofrequências táticas ou satélites de uma única órbita. A solução de “multi-órbita” – que alterna entre diferentes constelações de baixa, média e alta altitude – busca contornar essas tentativas de interferência e manter os links de comando e controle ativos.

Antes da proposta conformal da Kymeta, mísseis dessa classe dependiam de antenas externas volumosas ou de vários subsistemas, o que aumentava peso, arrasto e consumo de energia. A nova tecnologia, ainda em estágio inicial, utiliza superfícies planas que podem ser moldadas ao corpo do veículo, reduzindo a assinatura térmica e aerodinâmica.

IRX-100 como plataforma de testes e caminho para foguetes maiores

O IRX-100 mede 91 centímetros de comprimento e foi projetado para ser compatível com o sistema de foguetes Hydra 70, amplamente utilizado pelas Forças Armadas norte-americanas. Segundo Asad Malik, fundador e CEO da iRocket, o mesmo conceito de antena poderá ser adaptado a mísseis de maior porte e, no futuro, a lançadores orbitais como o Shockwave, veículo de 38 metros que a companhia desenvolve para cargas pequenas e médias.

Relatórios financeiros apresentados à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) indicam que a iRocket recebeu cerca de US$ 52 milhões em capital até o momento, sendo US$ 40 milhões de laboratórios da Força Aérea e do Comando de Sistemas Espaciais. A empresa planeja abrir o capital em 2024 por meio da fusão com a BPGC Acquisition Corp., levantar US$ 75 milhões em uma rodada PIPE e alcançar avaliação pré-dinheiro de US$ 400 milhões. Após custos de transação, a meta é destinar US$ 65 milhões para três anos de operações com motores de combustível sólido.

Golden Dome mantém fluxo de recursos e exige comunicação contínua

O Congresso destinou quase US$ 25 bilhões à fase inicial do Golden Dome, iniciativa de defesa antimíssil anunciada pelo ex-presidente Donald Trump. Estimativas do próprio governo sugerem que o projeto pode alcançar US$ 175 bilhões em três anos, enquanto a análise do Escritório de Orçamento do Congresso (CBO) calcula entre US$ 161 bilhões e US$ 542 bilhões somente para uma camada de interceptores em órbita, dependendo da abrangência geográfica.

Especialistas em defesa citados em documentos públicos ressaltam que futuros conflitos devem envolver ameaças altamente adaptáveis, exigindo um escudo “sempre ligado” capaz de rastrear alvos em múltiplos domínios. Nesse contexto, a conectividade em várias órbitas ganha relevância, pois oferece redundância contra interferências eletrônicas e permite que o sistema reaja a mudanças de trajetória em frações de segundo.

Mercado de propulsão cresce e fortalece demanda por novas tecnologias

Estudos de mercado projetam que o segmento global de propulsão de foguetes passará de US$ 6 bilhões em 2024 para US$ 10 bilhões em 2029. Nos Estados Unidos, há previsão de até US$ 742 milhões em financiamentos governamentais para motores de combustível sólido nos próximos anos, o que cria oportunidade para fornecedores de componentes de alta performance, como antenas de metamaterial. A convergência entre o setor de defesa e o espaço comercial deve acelerar a adoção de sistemas de comunicação mais leves e eficientes.

Para o leitor, as soluções desenvolvidas por Kymeta e iRocket indicam avanços que podem ultrapassar o âmbito militar. Tecnologias de antenas conformais e multi-órbita tendem a ser aplicadas em aviação comercial, drones e até veículos terrestres, elevando a disponibilidade de comunicação em áreas remotas e sob condições adversas.

Se você se interessa por tendências que conectam defesa, espaço e telecomunicações, vale acompanhar outras inovações que entram em fase de testes no setor. No canal de Tecnologia do Remanso Notícias, publicamos atualizações frequentes sobre satélites, inteligência artificial e infraestrutura crítica.

Curiosidade

Antenas de metamaterial, como as usadas pela Kymeta, surgiram em pesquisas para manipular ondas eletromagnéticas com precisão quase “invisível”. Hoje, cientistas exploram a mesma técnica em uniformes militares capazes de reduzir assinatura radar e até em sensores médicos que monitoram sinais vitais sem contato. O avanço que equipa mísseis interceptadores, portanto, pode também abrir portas para wearables mais discretos e eficientes no futuro próximo.

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