O ator Hamish Linklater, conhecido pelo trabalho em “Midnight Mass”, descreveu as influências por trás de Cipher, novo antagonista da segunda temporada de “Gen V”, série derivada de “The Boys” disponível no Prime Video. Em entrevista concedida antes da estreia, o intérprete explicou que combinou referências ao Rat Pack — grupo de ícones da cultura pop dos anos 1950 e 1960 — com figuras da extrema-direita contemporânea para dar vida a um personagem carismático, violento e imprevisível.
Novo diretor de Godolkin University assume postura radical
Cipher chega ao campus de Godolkin University para ocupar o cargo deixado por Indira Shetty, cientista humana que comandou a instituição na temporada anterior. Diferentemente de Shetty, que buscava vingança contra super-heróis, o novo diretor é um supe cujos poderes continuam desconhecidos durante os episódios iniciais. Sua meta consiste em preparar estudantes para um possível conflito aberto com a sociedade humana, organizando seminários que selecionam os alunos considerados mais aptos para servir como soldados da Vought.
Logo no discurso de boas-vindas, Cipher expõe ideias de supremacia ao declarar que “o que corre em nossas veias é o verdadeiro azul Vought”, frase que ecoa slogans presentes em faixas com o texto “Make America Super Again” espalhadas pelo campus. A escolha das palavras reforça o paralelo entre a narrativa da série e discursos políticos reais observados no cenário norte-americano dos últimos anos, conforme indicam analistas de mídia.
Combinação de charme clássico e retórica extremista
Questionado sobre a composição do papel, Linklater afirmou que se inspirou em figuras influentes do Rat Pack, como Dean Martin, para capturar um tipo de elegância descontraída associada a celebridades de meados do século XX. Ao mesmo tempo, buscou referências em apresentadores e comentaristas políticos que propagam mensagens da extrema-direita nas redes sociais e na televisão. “Bastava ligar o noticiário e tentar agir como esses caras”, relatou o ator, justificando o contraste entre o magnetismo do personagem e o conteúdo radical de suas falas.
Segundo estudiosos de cultura pop, a estratégia ajuda a tornar Cipher particularmente inquietante. A mistura de cortesia, humor e potencial para violência reflete um perfil que, na vida real, facilita a ascensão de líderes com discursos de ódio. Para a narrativa de “Gen V”, esse recurso reforça a crítica já presente em “The Boys” à exploração política dos super-heróis e à normalização de comportamentos autoritários sob uma camada de entretenimento.
Violência como método de seleção
Nos episódios iniciais da nova temporada, Cipher institui práticas de treinamento que incluem provas físicas extremas e demonstrações públicas de força, com o objetivo de avaliar quem merece participar de um programa militar interno da Vought. Relatórios de audiência indicam que a abordagem intensifica a tensão entre personagens, ampliando a discussão sobre ética no uso de poder e na formação de tropas particulares dentro do universo da série.
De acordo com críticos, a decisão de posicionar um supe no comando da universidade altera a dinâmica vista na primeira temporada. Enquanto Shetty representava a ameaça humana à existência dos supers, Cipher encarna o medo oposto: a possibilidade de que indivíduos com habilidades sobre-humanas se organizem para subjugar a sociedade civil.

Imagem: Internet
Impacto para a franquia e para o público
Com a popularidade de “The Boys” em alta, a introdução de um vilão com essas características amplia o debate sobre responsabilidade moral dos super-heróis e a fronteira entre segurança e autoritarismo. Especialistas em streaming observam que personagens ambíguos impulsionam discussões nas redes sociais, elevando o engajamento e fortalecendo a retenção de assinantes. Para o espectador, a atuação de Linklater representa um lembrete de como carisma e intolerância podem caminhar juntos, incentivando reflexões sobre liderança e influência na era digital.
Curiosidade
O Rat Pack, citado por Hamish Linklater, incluía nomes como Frank Sinatra, Sammy Davis Jr. e Joey Bishop, celebrados por música e cinema, mas também por um comportamento boêmio que marcou gerações. Unir essa aura de “velha Hollywood” ao discurso agressivo de comentaristas atuais ajuda a ilustrar como certos padrões de popularidade permanecem, mesmo quando os valores por trás deles mudam radicalmente.
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