Manter o frango em condições adequadas de refrigeração continua sendo uma das medidas mais eficazes para evitar intoxicações alimentares, sobretudo no período mais quente do ano. As orientações do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) oferecem um parâmetro seguro para consumidores que desejam conservar tanto a carne crua quanto a já preparada.
Prazo de segurança para o frango cru
Segundo o USDA, o ideal é cozinhar o frango entre 24 e 48 horas após a compra. Embora a data de venda indicada na embalagem possa sugerir um período maior, esse prazo é determinado pela indústria com foco em qualidade sensorial, não em segurança microbiológica. Além disso, sistemas de refrigeração de supermercados operam com temperaturas mais baixas do que a maioria das geladeiras domésticas, o que prolonga a vida útil do produto no ponto de venda, mas não em casa.
Quem ultrapassa três ou quatro dias de armazenamento corre maior risco de contaminação por microrganismos como Salmonella e E. coli, frequentemente associados à carne de aves. Temperaturas domésticas acima de 4 °C aceleram a proliferação de bactérias, motivo pelo qual a recomendação oficial permanece conservadora.
Duração do frango cozido na geladeira
Após o preparo, o frango pode permanecer refrigerado por até quatro dias, desde que mantido abaixo de 4 °C. A cocção reduz consideravelmente a carga bacteriana, mas não elimina a possibilidade de recontaminação, especialmente quando o alimento esfria lentamente ou fica exposto fora da geladeira por mais de duas horas.
Ultrapassado o período de quatro dias, a orientação é descartar o alimento ou transferi-lo ao freezer. Ficar atento a mudanças de cor, presença de muco e odores desagradáveis é fundamental para evitar consumo de carne deteriorada.
Congelamento prolonga a vida útil
No congelador, mantido a 0 °C ou menos, o frango cru pode permanecer seguro por até um ano, enquanto a versão cozida mantém qualidade satisfatória por cerca de quatro meses. Embora o congelamento interrompa o crescimento bacteriano, o sabor e a textura se deterioram com o tempo devido à queimadura de freezer, manifestada por manchas esbranquiçadas e ressecamento da superfície.
Para preservar o valor nutricional e evitar perda de umidade, recomenda-se embalar o frango em porções menores, removendo ao máximo o ar da embalagem. Isso facilita o descongelamento apenas da quantidade necessária, reduzindo desperdício.

Testes simples antes do consumo
Mesmo dentro dos prazos indicados, é prudente avaliar odor e aparência. Frango fresco não deve apresentar cheiro forte nem coloração amarelada ou esverdeada. A presença de película viscosa é outro sinal de degradação. Caso desconfie da qualidade, o descarte é a opção mais segura e econômica a longo prazo, pois evita gastos médicos e eventuais complicações de saúde.
Boas práticas de armazenamento
1. Temperatura constante: ajuste a geladeira para 4 °C ou menos e utilize um termômetro interno para conferência periódica.
2. Prateleira inferior: armazene o frango na parte mais fria e em recipiente fechado, impedindo que líquidos contaminem outros alimentos.
3. Resfriamento rápido: após o cozimento, divida em recipientes rasos para que atinja a temperatura ideal em até duas horas.
4. Rotulagem: registre a data de compra ou preparo na embalagem para controle visual.
Seguir essas orientações protege a saúde da família, evita perdas financeiras e reforça o princípio de responsabilidade individual na gestão de alimentos.
Para continuar acompanhando dicas práticas que facilitam o dia a dia na cozinha, acesse a seção de tecnologia doméstica em Remanso Notícias e confira outras matérias sobre conservação e uso eficiente dos eletrodomésticos.
Em resumo, cozinhar o frango cru em até dois dias, consumir a carne preparada em no máximo quatro e recorrer ao freezer quando necessário são medidas simples que garantem segurança alimentar. Adote as boas práticas apresentadas e mantenha sua rotina culinária livre de contratempos.