O oitavo episódio da terceira temporada de Foundation, intitulado “Skin in the Game” e já disponível no Apple TV+, introduz um elemento decisivo para o futuro da série: a possível presença de Gaia, planeta-mente central nos romances de Isaac Asimov. A menção ocorre durante o confronto entre Gaal Dornick (Lou Llobel) e Preem Palver (Troy Kotsur), líder da Segunda Fundação.
Diálogo revela pista sobre consciência coletiva
No capítulo, Palver afirma que, em Ignis, os mentalistas “caminham nos pensamentos uns dos outros” ao ponto de se tornarem “uma única criatura”. A frase, aparentemente casual, descreve uma forma de consciência grupal que remete à concepção de Gaia nos livros. Nos romances, Gaia é um mundo habitado por humanos e robôs cuja população compartilha pensamentos, emoções e percepções como se fosse um único organismo.
O diálogo surge no momento em que a Segunda Fundação decide não permitir que Gaal enfrente sozinha o Mule (Pilou Asbæk), antagonista responsável pela atual ameaça galáctica. Ao expor a coesão mental dos habitantes de Ignis, a série sugere que essa comunidade pode exercer função semelhante à de Gaia, entidade que se torna crucial na fase posterior à queda do Mule na obra original de Asimov.
Importância de Gaia nos romances
Nos livros, Gaia é introduzida após a derrota do Mule. O planeta é colonizado com apoio de robôs — como Demerzel (Laura Birn) — e abriga mentalistas apelidados de “Anti-Mules”. Esses habitantes desenvolvem uma consciência coletiva que incorpora seres humanos, fauna, flora e até matéria inorgânica. O resultado é um superorganismo com vasto poder psíquico, capaz de influenciar eventos em escala galáctica.
A existência de Gaia complementa o plano de Hari Seldon (Jared Harris) ao adicionar uma terceira força ao equilíbrio das duas Fundações. Enquanto a Primeira Fundação domina a ciência física e a Segunda aperfeiçoa ciências mentais, Gaia representa a integração absoluta entre indivíduos, oferecendo novo caminho para a civilização humana.
Conexão com a narrativa da série
A adaptação televisiva apresenta diferenças em relação aos romances, mas mantém elementos fundamentais: a rivalidade entre as Fundações, o avanço do Mule e a liderança de Gaal Dornick sobre a Segunda Fundação. Ao indicar a possibilidade de um coletivo mental em Ignis, o roteiro prepara terreno para eventos ainda não exibidos, alinhando-se ao material de origem.

Imagem: Internet
Até o momento, Apple TV+ não anunciou renovação além da terceira temporada. Contudo, a referência a Gaia demonstra que os roteiristas consideram tramas presentes nos volumes posteriores de Asimov. Caso a produção avance, o conceito de um planeta-mente poderá ganhar espaço e afetar decisões estratégicas de ambas as Fundações.
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Em resumo, o episódio 8 reforça a escalada de tensão contra o Mule e, ao mesmo tempo, insere um indício direto da existência de Gaia. O detalhe amplia as possibilidades da narrativa ao introduzir uma terceira força já conhecida pelos fãs dos livros. Continue acompanhando Foundation para descobrir como a série vai explorar essa nova camada do universo criado por Asimov.
Curiosidade
Nos romances, Gaia não apenas compartilha pensamentos; o planeta inteiro responde como um único ser, inclusive rochas e mares. Essa premissa inspirou estudos acadêmicos sobre “consciência planetária” na ficção científica. A ideia de um organismo coletivo também influenciou outras obras, como “Hyperion” de Dan Simmons. Além disso, Asimov antecipou discussões contemporâneas sobre redes neurais e inteligência distribuída. Por fim, a integração entre humanos e robôs em Gaia reforça a conexão direta entre a série Foundation e o ciclo dos Robôs do autor.
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