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Filme brasileiro “O Agente Secreto” instiga público com desfecho aberto e crítica à ditadura

Entretenimento

“O Agente Secreto”, longa-metragem dirigido por Kleber Mendonça Filho e previsto para chegar ao circuito comercial em 2025, tem atraído atenção pela combinação de drama, suspense político e referências históricas à ditadura militar brasileira. A produção, que rendeu prêmios no Festival de Cannes a Wagner Moura e ao cineasta, foi escolhida para representar o Brasil na 98ª cerimônia do Oscar. Desde a exibição em Cannes, o final em aberto do filme passou a ser discutido por críticos e espectadores, que buscam entender o destino do protagonista e a mensagem deixada sobre memória e repressão.

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Enredo centra-se em perseguição política e busca por identidade

Na trama, Marcelo, professor universitário interpretado por Wagner Moura, abandona São Paulo para escapar de ameaças ligadas a um industrial influente e a uma patente acadêmica que desperta interesses econômicos. O personagem retorna ao Recife, onde espera reencontrar segurança e aproximar-se do filho criado pelos avós. Para se proteger, assume uma identidade falsa e passa a viver em uma pensão que acolhe refugiados, dissidentes e outras pessoas perseguidas pelo regime.

O ambiente reúne figuras como um casal angolano e Dona Sebastiana, que desempenha um papel de referência materna para o grupo. No cotidiano, Marcelo percebe que a cidade permanece sob forte vigilância: opositores continuam vigiados e a corrupção institucional impede qualquer senso de normalidade. A fim de reforçar seu disfarce, o professor consegue emprego no Instituto de Identificação da polícia local e aproveita o acesso a documentos antigos para investigar aspectos obscuros da própria história familiar.

Segundo relatos dos bastidores de produção, Mendonça Filho buscou retratar o clima de tensão dos anos 1970, quando prisões arbitrárias e desaparecimentos forçados geravam medo constante. Ao mesmo tempo, o roteiro conecta o passado à discussão contemporânea sobre transparência, acesso a informações públicas e preservação de arquivos históricos.

Clímax violento revela fragilidade do protagonista

O conflito atinge o ápice quando o industrial Guirotti envia matadores de aluguel ao Recife para eliminar Marcelo. A dupla estrangeira Bobbi e Augusto contrata Vilmar, estivador local, para rastrear o professor. Um deslize envolvendo o nome falso do protagonista permite que Vilmar descubra seu paradeiro, desencadeando uma sequência de perseguições pelas ruas da capital pernambucana.

Percebendo o risco iminente, Marcelo procura ajuda do delegado Euclides. A presença da polícia resulta em intenso tiroteio: Vilmar é baleado, reage contra dois agentes e foge, seguido por Bobbi. O confronto acumula novas mortes até que o matador local também é neutralizado. O protagonista sobrevive, mas a violência reforça a sensação de vulnerabilidade e de que a máquina repressiva continua ativa.

Desfecho em aberto destaca apagamento histórico

Após o embate, a narrativa avança para o presente, onde pesquisadoras universitárias examinam arquivos sobre o caso de Marcelo. Um recorte de jornal é o único indício do destino do professor: ele foi assassinado em 1977, sem maiores detalhes. A morte aparece apenas em uma fotografia, recurso que, segundo especialistas em cinema político, reforça o apagamento de vítimas da ditadura, muitas vezes reduzidas a números em relatórios oficiais.

Flávia, uma das pesquisadoras, viaja ao Recife e encontra Fernando, filho de Marcelo, agora médico em um centro de doação de sangue instalado no antigo cinema da cidade. Ela entrega ao médico um pen drive com todo o material sobre o pai. O filme não revela se Fernando ouvirá o conteúdo, ressaltando a falta de memória histórica e o impacto duradouro do trauma coletivo.

Repercussão internacional e caminho ao Oscar

Selecionado para representar o Brasil no Oscar 2025, “O Agente Secreto” ampliou o alcance internacional do cinema nacional. Críticos estrangeiros destacaram a construção atmosférica e o diálogo entre ficção e realidade. Para Wagner Moura e Kleber Mendonça Filho, a repercussão fortalece o posicionamento do país em produções de cunho político, ação que, de acordo com dados da Agência Nacional do Cinema (Ancine), costuma impulsionar a venda de ingressos e o interesse por produções independentes.

Além do mérito artístico, a escolha suscita comparações com outros títulos brasileiros que trataram de períodos de repressão, como “O Que É Isso, Companheiro?” e “Pra Frente Brasil”. Analistas do mercado cinematográfico observam que longas com temática histórica tendem a circular em festivais internacionais, fator que aumenta a visibilidade de cineastas e elenco.

Impacto para o público e relevância social

Para o espectador, o final em aberto funciona como convite à reflexão sobre os efeitos de governos autoritários e a importância de preservar arquivos que documentem violações de direitos humanos. A estrutura narrativa evita conclusões definitivas, estimulando debates em salas de aula, publicações especializadas e grupos de discussão online. À medida que novos relatórios oficiais têm sido divulgados, cresce o interesse em produções que contextualizem processos de violência de Estado e reconstrução da memória coletiva.

No dia a dia, essa abordagem pode ampliar a conscientização sobre a necessidade de acesso a documentos públicos e de políticas de reparação a vítimas da ditadura. Para o mercado, o sucesso do filme pode orientar futuros investimentos em roteiros baseados em fatos históricos, especialmente aqueles que dialogam com temas de reparação, justiça transicional e direitos humanos.

Curiosidade

Durante as filmagens, algumas cenas ocorreram em antigas salas de cinema abandonadas no centro do Recife, preservadas quase intactas desde a década de 1970. A equipe optou por manter os letreiros originais e cartazes de época para reforçar a atmosfera de vigilância e clandestinidade. O local, posteriormente, serviu também como cenário para o centro de doação de sangue onde Fernando trabalha, unindo passado e presente em um mesmo espaço físico e simbólico.

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