O Agente Secreto, novo longa-metragem de Kleber Mendonça Filho, teve o primeiro cartaz oficial divulgado pela distribuidora Vitrine Filmes no último sábado (4). Estrelado por Wagner Moura, o projeto é apontado como o provável representante do Brasil na disputa pelo Oscar 2026 e estreia nos cinemas nacionais em 6 de novembro de 2025.
Exibição antecipada em dois dos principais festivais do país
Antes de chegar ao circuito comercial, o filme será exibido em sessões especiais na 27ª edição do Festival do Rio, que vai até 12 de outubro, e na 49ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, marcada de 16 a 30 de outubro. A estratégia de apresentação em eventos de prestígio costuma ampliar a visibilidade internacional das produções brasileiras, destacam especialistas da área audiovisual.
Nos festivais, o público terá a oportunidade de assistir à obra em primeira mão e acompanhar debates com o diretor e parte do elenco. Segundo dados oficiais dos organizadores, tanto o Festival do Rio quanto a Mostra de São Paulo figuram entre as maiores vitrines do cinema latino-americano, criando ambiente favorável para negociações de distribuição estrangeira.
Enredo ambientado na década de 1970
A trama se passa nos anos 1970 e acompanha Marcelo (Wagner Moura), professor universitário que abandona São Paulo rumo ao Recife para escapar de agentes governamentais, motivados por supostas atividades subversivas do docente. Já na capital pernambucana, ele descobre estar sendo vigiado pelos próprios vizinhos, intensificando o clima de tensão política que serve de pano de fundo à história.
Além de Moura, o elenco traz Maria Fernanda Cândido, Gabriel Leone, Alice Carvalho, Isabél Zuaa, Rubens Santos e Udo Kier, entre outros nomes. Kleber Mendonça Filho assina também o roteiro, repetindo a parceria criativa já reconhecida em produções anteriores como “Bacurau” (2019) e “O Som ao Redor” (2012).
Caminho até o Oscar 2026
O anúncio de que O Agente Secreto será submetido ao comitê nacional de seleção para concorrer a uma vaga entre os indicados ao Oscar de Melhor Filme Internacional reforça as expectativas em torno da obra. Relatórios do Ministério da Cultura mostram que, nos últimos dez anos, o Brasil enviou sete produções para a premiação sem lograr, contudo, uma nomeação final — a última indicação foi em 1999 com “Central do Brasil”.
Segundo especialistas ouvidos pelo setor de distribuição, a combinação entre temática histórica, prestígio de festivais e reconhecida assinatura autoral de Mendonça Filho aumenta as chances de projeção. Ainda assim, a campanha dependerá de sessões qualificadoras em mercados norte-americanos e de estratégias de promoção alinhadas às exigências da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas.
Calendário e perspectivas de mercado
Com estreia agendada para 6 de novembro de 2025, a janela de lançamento se alinha ao período em que diversas distribuidoras buscam posicionar títulos de potencial oscarizável. De acordo com consultorias do setor, lançar o filme nessa data permite iniciar a campanha internacional ainda no mesmo ano, enquanto mantém fôlego para exibições acadêmicas ao longo do primeiro trimestre de 2026.

Imagem: Divulgação
Para o mercado interno, a projeção é de que a reunião de Wagner Moura, rosto conhecido de produções globais, e Kleber Mendonça Filho, cineasta premiado em Cannes, atraia não apenas o público tradicional de cinema de arte, mas também espectadores de salas comerciais. Em “Bacurau”, a dupla diretor–ator já registrou mais de 800 mil ingressos vendidos, número elevado para obras nacionais de perfil autoral.
O que muda para o espectador
Se confirmada a candidatura ao Oscar, a campanha deve impulsionar sessões especiais, debates e relançamentos em streaming, ampliando a oferta de conteúdos brasileiros nas plataformas. Para o público, isso significa maior acesso a discussões históricas e políticas recentes retratadas pelo cinema, além de visibilidade internacional que pode atrair novos investimentos ao setor audiovisual local.
Curiosidade
Durante as filmagens em Recife, a produção utilizou edifícios modernistas projetados nos anos 1960, preservados quase sem alterações. Esses cenários dispensaram grandes intervenções de arte, contribuindo para a autenticidade visual da década de 1970 que sustenta o enredo de vigilância e paranoia.
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