David Leitch, conhecido por comandar “Deadpool 2” em 2018 e por sucessos de ação como “John Wick”, “Hobbs & Shaw” e “Trem-Bala”, revelou qual seria o único cenário que o convenceria a dirigir outro longa do Universo Cinematográfico da Marvel (MCU). Em entrevista ao The Hollywood Reporter, o cineasta explicou que aceita voltar a trabalhar com super-heróis apenas se tiver liberdade para definir toda a arquitetura narrativa do projeto.
Condição para assumir novo filme da Marvel
Questionado sobre a possibilidade de retomar colaboração com a Marvel, Leitch foi direto: só topará se puder “arquitetar o universo” ao redor de uma propriedade intelectual específica. Segundo o diretor, ele e a produtora Kelly McCormick — parceira profissional e esposa — buscam propostas que lhes permitam atuar além da função de cineasta contratado. “Se nos derem o controle da construção de um universo, isso nos motiva criativamente”, afirmou.
Essa posição contrasta com o modelo tradicional adotado pelo estúdio comandado por Kevin Feige. No MCU, cada produção precisa respeitar diretrizes que mantêm a consistência de uma narrativa já estabelecida por dezenas de filmes e séries. A abordagem, considerada pouco flexível, costuma limitar o grau de experimentação que diretores podem inserir em histórias individuais.
Foco em franquias próprias
Leitch e McCormick lideram a 87North, produtora dedicada a filmes de ação. O estúdio pretende fortalecer marcas originais antes de considerar novas aventuras com super-heróis. Entre os projetos em desenvolvimento está “Violent Night 2”, protagonizado por David Harbour, cujo início das filmagens está previsto para as próximas quatro semanas. A dupla também investe em continuações de “Nobody” e em outras criações inéditas.
O histórico de Leitch mostra preferência por obras nas quais possa ampliar universos narrativos sem amarras externas. No caso de “Atomic Blonde” e “Trem-Bala”, por exemplo, o diretor conseguiu estabelecer estilos visuais próprios e coreografias de ação que se tornaram assinatura de sua filmografia.
Contexto do MCU e possíveis mudanças
A Marvel encerra a chamada Saga do Multiverso com “Avengers: Doomsday”, previsto para 2026, e “Secret Wars”, programado para 2027. Após esse ciclo, analistas apontam que o estúdio pode revisar estratégias para reconquistar público diante da recente queda de bilheteria de filmes de super-herói. Uma das hipóteses em discussão é justamente dar mais autonomia criativa a realizadores renomados.
Se esse cenário se confirmar, Leitch poderia tornar-se opção para comandar projetos aguardados, como o reboot de “Blade” ou até películas ainda não anunciadas. Entretanto, o próprio cineasta sinaliza que, no momento, prefere dedicar-se a franquias originais e manter o controle total sobre roteiro, produção e direção.

Imagem: Internet
Experiência prévia com super-heróis
“Deadpool 2” foi a produção que consolidou Leitch em Hollywood, arrecadando mais de US$ 785 milhões globais. À época, mesmo sem integrar oficialmente o MCU — os direitos do personagem ainda pertenciam à 20th Century Fox —, o longa exigiu equilíbrio entre humor ácido, violência gráfica e expectativas de fãs de quadrinhos. O sucesso comercial abriu portas para o diretor em grandes estúdios, mas também destacou seu interesse por liberdade criativa.
Próximos passos
Enquanto negocia futuras oportunidades, Leitch continua a expandir o catálogo de ação da 87North. O cronograma inclui longas como “Nobody 2” e possíveis projetos originais. A abordagem reforça a estratégia do cineasta de construir propriedades intelectuais próprias antes de revisitar universos já consolidados, como o da Marvel.
Para acompanhar outras novidades do mundo do entretenimento e dos filmes de ação, visite a seção de Entretenimento do nosso site.
Em resumo, David Leitch só voltará à Marvel se receber carta branca para definir um arco completo dentro do MCU. Até lá, o diretor concentra esforços em franquias que lhe garantem total controle criativo. Se você gosta de bastidores de cinema e quer seguir as próximas decisões do cineasta, continue acompanhando nossos conteúdos.
Curiosidade
Além de dirigir, Leitch trabalhou como dublê em mais de 80 produções e chegou a substituir Brad Pitt em cenas de ação. Essa experiência prática influencia seu estilo, que prioriza coreografias realistas e longos planos de luta. O realizador também codirigiu, sem créditos oficiais, o primeiro “John Wick”, filme que redefiniu padrões para sequências de combate. Hoje, usa os aprendizados de set para desenhar universos inteiros focados em ação de alto impacto.