Uma operação de rotina em um pátio de guincho de Hollywood, em 8 de setembro, resultou na descoberta dos restos mortais de Celeste Rivas Hernandez, de 15 anos, dentro do porta-malas dianteiro de um Tesla Model Y 2023. O veículo, com placas do Texas, estava registrado no nome do músico norte-americano David Anthony Burke, conhecido artisticamente como D4vd. Até o momento, não há suspeitos formalmente identificados e nenhuma prisão foi realizada.
Descoberta do corpo e identificação da vítima
De acordo com o Departamento de Polícia de Los Angeles (LAPD), agentes foram chamados por funcionários do pátio após um forte odor ser percebido no local. Ao abrir o compartimento frontal do carro, investigadores encontraram o corpo em avançado estado de decomposição, vestindo top tomara-que-caia preto, legging da mesma cor, brincos e pulseira de metal amarelo. A perícia destacou uma tatuagem com a palavra “Shhh” no dedo indicador direito como um dos poucos pontos que ainda podiam auxiliar na identificação.
Somente em 16 de setembro os legistas confirmaram que os restos mortais pertenciam a Celeste Rivas, reportada como desaparecida pela família em fevereiro e novamente em abril do ano passado. A adolescente media cerca de 1,57 m e residia em Lake Elsinore, interior da Califórnia. A causa da morte permanece “adiada”, termo usado quando exames adicionais são necessários antes da conclusão do laudo definitivo.
Rota do veículo e primeiros passos da investigação
Relatórios oficiais indicam que o Tesla foi rebocado do bairro Bird Streets, área nobre nas colinas de Hollywood, após permanecer estacionado por mais de 72 horas, em descumprimento às regras municipais. Moradores afirmam ter visto o carro em diferentes pontos da vizinhança desde o fim de maio, sugerindo que o veículo mudou de posição diversas vezes antes de ser removido pelas autoridades de trânsito.
Na noite de 18 de setembro, investigadores cumpriram mandado de busca a poucos quarteirões de onde o Tesla foi abandonado. A operação resultou na apreensão de um computador e outros itens eletrônicos que podem ajudar a reconstruir a linha do tempo dos eventos. Segundo fontes próximas ao caso, análises forenses em dispositivos móveis e câmeras de segurança da região estão em andamento para determinar quando e por quem o automóvel foi utilizado.
Posicionamento de D4vd e efeitos na agenda de shows
No momento da descoberta do corpo, D4vd estava em turnê para promover o álbum Withered, lançado em abril. Por meio de assessoria, o artista informou que está colaborando com as autoridades e não comentou detalhes adicionais. Até agora, apenas um show – marcado para Seattle em 17 de setembro – foi cancelado. Apresentações agendadas para São Francisco (18 de setembro) e Los Angeles (20 de setembro) seguem confirmadas.
Antes da identificação de Celeste, marcas de moda como Crocs e Hollister já haviam suspendido campanhas publicitárias que incluíam a participação do cantor. “Estamos cientes da investigação em andamento; todo o conteúdo com D4vd foi temporariamente removido”, declararam as empresas em nota conjunta.
Rumores e cautela das autoridades
O caso gerou uma onda de especulações nas redes sociais. Fotografias que circularam on-line mostram o músico com uma tatuagem semelhante à da vítima, o que alimentou teorias sobre uma possível relação entre ambos. A polícia, entretanto, não confirmou qualquer vínculo direto e reforça que a investigação permanece em fase preliminar. Segundo especialistas em direito criminal, a divulgação de informações não verificadas pode atrapalhar o inquérito e prejudicar eventual processo judicial.
Imagem: Arturo Holmes
Impacto potencial para fãs e indústria musical
Para o público, a principal consequência imediata é a incerteza sobre futuros shows e lançamentos do artista. Caso a apuração aponte responsabilidades, contratos publicitários, festivais e plataformas de streaming podem rever parcerias com D4vd, como já ocorreu em situações semelhantes envolvendo outros músicos. Analistas de mercado lembram que a indústria tende a adotar medidas rápidas para mitigar riscos de imagem e proteger receitas de patrocínio.
No curto prazo, o desenrolar do caso pode influenciar debates sobre segurança de menores, rastreamento de veículos e uso de tecnologias de localização. Para os fãs, o episódio serve de alerta sobre a importância de práticas de prevenção, enquanto marcas do setor de entretenimento poderão reforçar protocolos de due diligence antes de associar sua imagem a artistas em ascensão.
Curiosidade
O Tesla Model Y onde o corpo foi encontrado integra a lista dos veículos mais conectados do mercado, capaz de registrar dados como trajetória, velocidade e abertura de portas. Essas informações ficam armazenadas em servidores da fabricante e, com autorização judicial, costumam ajudar investigações ao reconstituir deslocamentos minuto a minuto. No presente caso, especialistas acreditam que os registros do carro poderão fornecer detalhes cruciais sobre quem conduziu o veículo e em que datas, auxiliando a esclarecer o período em que Celeste Rivas desapareceu.
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