Collectathon: saiba o que define o gênero e conheça oito jogos essenciais

Jogos

O termo collectathon descreve um subgênero de plataforma em que a principal atividade do jogador é explorar cenários tridimensionais em busca de itens colecionáveis. Criado na transição do 2D para o 3D, durante a segunda metade dos anos 1990, esse formato ganhou projeção com Super Mario 64 e foi refinado em títulos como Banjo-Kazooie. Depois de perder espaço nos anos 2000, o estilo voltou ao radar a partir de 2010, impulsionado por estúdios independentes que apostam na nostalgia, segundo especialistas do setor.

Origens e características principais

Os primeiros collectathons surgiram quando os consoles passaram a suportar gráficos totalmente tridimensionais. O novo espaço permitiu mundos vastos, cheios de rotas secretas e objetos espalhados para desbloquear fases, habilidades ou recompensas. De acordo com desenvolvedores veteranos, o sucesso repentino desse tipo de jogo deve-se à combinação de descoberta constante, sensação de progresso e liberdade para revisitar áreas.

Entre as marcas registradas do gênero estão:

  • Áreas amplas, geralmente conectadas por um hub central;
  • Colecionáveis com funções distintas: avançar na campanha, expandir o mapa ou apenas revelar bônus;
  • Personagens com múltiplas habilidades de locomoção, como duplo pulo, planar ou escalar;
  • Progresso não linear, incentivando o retorno a fases já concluídas.

Oito títulos que exemplificam o collectathon

A lista abaixo reúne clássicos e lançamentos recentes que ajudam a entender o subgênero, bem como sua evolução ao longo de quase três décadas.

1. Super Mario 64 – Lançado para Nintendo 64 em 1996, estabeleceu a estrutura básica do collectathon: mundos interligados por um cenário central (o castelo da Princesa Peach) e o objetivo de reunir Power Stars para abrir novas áreas. A liberdade de movimentação do encanador definiu o padrão de controles em 3D por muitos anos.

2. Banjo-Kazooie – Desenvolvido pela Rare em 1998, ampliou a fórmula ao adicionar personagens carismáticos e humor peculiar. O urso Banjo e a ave Kazooie exploram nove mundos repletos de notas musicais, Jiggies e outros itens necessários para avançar. O título é apontado por analistas de mercado como o ápice técnico da era Nintendo 64.

3. Donkey Kong 64 – Também da Rare, o jogo de 1999 levou o conceito ao limite, com centenas de colecionáveis específicos para cada um dos cinco protagonistas. Embora elogiado pela ambição, ficou conhecido pela grande quantidade de itens, que dividiu opinião entre jogadores.

4. Jak and Daxter: The Precursor Legacy – Produzido pela Naughty Dog para PlayStation 2 em 2001, apresentou um mundo interconectado sem telas de carregamento, característica citada em relatórios técnicos como um avanço de design. O sistema de coleta permaneceu central, ainda que as sequências tenham migrado para um estilo mais focado em ação.

5. Spyro Reignited Trilogy – A coletânea de 2018 recriou os três primeiros jogos do dragão roxo com gráficos modernos para PC e consoles atuais. O objetivo continua o mesmo: recuperar gemas, resgatar dragões e desbloquear novos reinos, preservando o espírito de exploração livre.

6. A Hat in Time – Lançado em 2017 por um estúdio independente, o jogo resgata a atmosfera colorida dos anos 1990. A protagonista Hat Kid deve recuperar Time Pieces capazes de controlar o tempo, cruzando mundos variados que incentivam coleta, plataformas e quebra-cabeças.

7. New Super Lucky’s Tale – Versão aprimorada do título de 2017, disponível para Nintendo Switch, PC e outros consoles. O jogador guia a raposa Lucky por fases 3D e trechos laterais em 2D, reunindo páginas mágicas para enfrentar chefes e desbloquear áreas inéditas.

8. Yooka-Replaylee – Remasterizado para gerações atuais, o jogo criado por ex-funcionários da Rare melhora controles, adiciona mapa e oferece viagem rápida. O camaleão Yooka e a morcega Laylee percorrem livros encantados em busca de páginas douradas que restauram o poder das obras.

Retomada do interesse e impactos para o mercado

Relatórios indicam que a popularidade recente dos collectathons está ligada à demanda por experiências mais leves e à onda de nostalgia entre jogadores que cresceram nos anos 1990. Plataformas digitais de distribuição facilitaram o acesso a produções independentes, permitindo que equipes menores testem conceitos clássicos com mecânicas atualizadas.

Para o consumidor, a volta do gênero significa maior variedade de títulos focados em exploração descontraída, sem dependência de microtransações ou partidas online. Já para desenvolvedores, o modelo oferece longevidade: o ciclo de jogo incentiva revisitar fases, prolongando o tempo de engajamento e multiplicando conteúdos de vídeo e streaming.

Segundo analistas de mercado, empresas que apostam nesse formato podem ampliar o público-alvo, alcançando tanto jogadores casuais quanto entusiastas de longa data. A expectativa é que coleções remasterizadas e novas propriedades intelectuais continuem surgindo, acompanhadas de melhorias de qualidade de vida – como mapas interativos e fast travel – para reduzir a frustração típica dos jogos mais antigos.

Se você acompanha as tendências do universo gamer e busca conhecer produções que valorizam a exploração, vale ficar atento aos próximos lançamentos. A retomada do collectathon indica que grandes editoras e estúdios independentes pretendem conciliar memória afetiva com tecnologias atuais, expandindo opções no catálogo de PC e consoles.

Para acompanhar outras análises sobre o mercado de jogos e descobrir títulos que podem entrar na sua lista, visite a seção de games em Remanso Notícias.

Curiosidade

Nos bastidores de Banjo-Kazooie, os desenvolvedores mantinham uma contagem diária do número de colecionáveis presentes em cada nível para equilibrar desafio e satisfação do jogador. O método, revelado em entrevistas de arquivo, ajuda a explicar por que o título se tornou referência no design de collectathons e influenciou até produções independentes recentes como A Hat in Time.

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