Bruce Springsteen aprovou oficialmente a produção de um novo longa-metragem sobre sua trajetória artística, segundo confirmou o diretor Scott Cooper durante o AFI Fest, em Los Angeles. O anúncio ocorre poucas semanas antes da estreia de “Springsteen: Salve-me do Desconhecido”, marcada para 30 de outubro, e indica que a história do cantor e compositor nos cinemas não deve encerrar-se no primeiro capítulo.
Diretor detalha planos para sequência
Em entrevista à Variety, Cooper revelou que o próprio Springsteen demonstrou interesse em levar outros momentos da carreira para as telas. O cineasta observou que, se é possível “fazer quatro filmes sobre os Beatles”, também há espaço para mais de uma obra dedicada ao Boss. Segundo ele, a reação do músico ao corte final foi “extremamente positiva”, o que facilitou o avanço das negociações para um segundo roteiro.
Cooper não especificou quais períodos poderiam ser explorados na sequência, mas comentou que “há muitos capítulos na vida de Bruce que merecem tratamento cinematográfico”. Entre possibilidades citadas por críticos de música, estão a ascensão do disco “Born to Run” (1975) e a repercussão mundial de “Born in the U.S.A.” (1984). Até o momento, nenhum cronograma de filmagem foi divulgado.
Primeiro filme foca no álbum Nebraska e nos desafios pessoais
“Springsteen: Salve-me do Desconhecido” traz Jeremy Allen White (“The Bear”) no papel principal e se concentra no processo de gravação de “Nebraska”, lançado em 1982. Na trama, o artista lida com depressão, memórias traumáticas da infância e dilemas criativos que moldaram o tom sombrio do álbum.
Durante as filmagens, White relatou à NME a tensão de cantar as faixas diante do próprio Springsteen. “Eu sabia que ele estava ali, mas não queria vê-lo.” Após a primeira tomada, o cantor abraçou o ator e lhe passou “confiança enorme” para concluir as cenas. A produção reflete o período em que o músico gravou fitas caseiras com voz e violão — registros que acabaram virando o disco definitivo.
Discurso político marca passagem pelo AFI Fest
Além de tratar do novo projeto de cinema, Springsteen aproveitou o palco do AFI Fest para comentar o cenário político dos Estados Unidos. Ele criticou a gestão do ex-presidente Donald Trump, celebrou a aliança No Kings e reforçou valores democráticos que, segundo ele, “valem a pena ser defendidos”. O artista declarou que o país, mesmo após “danos terríveis”, continua sendo “um farol de liberdade e independência” que requer união.
Possíveis impactos para a indústria audiovisual
De acordo com analistas de mercado, a decisão de prolongar a cinebiografia pode impulsionar produções musicais baseadas em grandes catálogos. Após sucessos como “Bohemian Rhapsody” e “Rocketman”, estúdios perceberam retorno financeiro e de crítica ao explorar trajetórias de artistas emblemáticos. A sequência de Springsteen pode estimular novos projetos sobre nomes do rock, além de abrir espaço para adaptações de álbuns específicos, formato menos comum em Hollywood.

Imagem: Kevin Winter
Para o público, a continuação tende a aprofundar temas pouco abordados na filmografia musical, como saúde mental de artistas e impacto de decisões criativas na vida pessoal. Segundo especialistas em comportamento, esse enfoque contribui para humanizar celebridades e ampliar debates sobre bem-estar no ambiente artístico.
O que muda para o fã e para o mercado
Se confirmada, a sequência oferecerá aos admiradores de Springsteen um panorama mais completo da obra e dos bastidores de clássicos que marcaram gerações. No mercado, projetos seriados ou de longa duração sobre músicos podem ganhar força, multiplicando oportunidades para roteiristas, atores e plataformas de streaming interessadas em conteúdo biográfico consistente.
Curiosidade
Poucos sabem que “Nebraska”, foco do primeiro filme, foi gravado em um gravador portátil Tascam de quatro pistas, equipamento popular entre amadores nos anos 1980. A fita original, que deveria servir apenas como demo, acabou lançada quase sem alterações, tornando-se um dos discos mais minimalistas de um artista de arena. A escolha reforça a relevância do período retratado e explica o interesse em mostrar esse processo na telona.
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