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Asteroide 433 Eros se aproxima da Terra e pode ser observado por semanas

Ciência

O asteroide 433 Eros, primeiro objeto classificado como próximo da Terra, realiza uma nova passagem pelo planeta neste domingo (30). De acordo com dados do Virtual Telescope Project, a rocha espacial atingirá distância mínima de cerca de 60 milhões de quilômetros, margem segura que, ainda assim, possibilita observação facilitada durante várias semanas com telescópios de pequeno porte.

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Visibilidade, horário e transmissão ao vivo

A aproximação ocorrerá ao anoitecer de domingo, quando Eros poderá ser localizado na direção do núcleo luminoso da galáxia de Andrômeda. Quem não dispõe de equipamento próprio poderá acompanhar a transmissão ao vivo promovida pelo Observatório Astronômico Bellatrix, na Itália, a partir das 17h (horário de Brasília). O sinal será exibido no canal do projeto no YouTube, recurso que costuma reunir milhares de entusiastas em eventos semelhantes.

Segundo astrônomos envolvidos na iniciativa, telescópios com abertura de 60 milímetros já serão suficientes para registrar a passagem, graças ao brilho relativamente intenso do objeto. As semanas seguintes deverão manter condições favoráveis de visibilidade, desde que haja céu limpo e baixo índice de poluição luminosa.

Primeiro NEO confirmado e marco da exploração de asteroides

Eros entrou para a história logo após sua descoberta, em 1898, por Gustav Witt e Auguste Charlois, que o identificaram de forma independente em observatórios da Alemanha e da França. A designação numérica 433 marca a posição na lista geral de asteroides catalogados, enquanto o nome homenageia o deus grego do amor.

Com aproximadamente 34 quilômetros de comprimento, 11 quilômetros de largura e formato alongado, o corpo celeste foi o primeiro a integrar a categoria de Objetos Próximos da Terra (NEOs, na sigla em inglês). Relatórios da NASA indicam que mais de 40 mil NEOs já foram identificados, número que ressalta a importância de monitoramento contínuo para avaliação de riscos de impacto.

A relevância científica de Eros ganhou novo fôlego em 1998, quando a agência norte-americana lançou a sonda NEAR Shoemaker. Dois anos mais tarde, a espaçonave entrou em órbita a apenas 3 800 quilômetros do asteroide, coletando dados sobre composição, densidade e rotação. Em 2001, a missão estabeleceu outro marco: o primeiro pouso controlado em um asteroide. O sucesso surpreendeu especialistas ao demonstrar que instrumentos sensíveis podem operar em ambientes de microgravidade extrema.

Contexto orbital e segurança da aproximação

Eros completa uma volta ao Sol em aproximadamente 1,76 ano terrestre, cruzando periodicamente a órbita do nosso planeta. Ainda assim, a trajetória atual permanece distante o bastante para descartar qualquer risco de colisão. De acordo com os centros de monitoramento de objetos próximos da Terra, distâncias inferiores a 7,5 milhões de quilômetros já exigem atenção especial; a marca de 60 milhões de quilômetros prevista para domingo situa-se muito além desse limiar.

A rocha permanecerá visível durante todo o mês seguinte, favorecendo campanhas educacionais e projetos de astronomia amadora. Observatórios universitários apontam que esses eventos reforçam o interesse do público por ciências espaciais e estimulam a formação de novos pesquisadores na área.

O que a nova passagem representa para o público e para a ciência

A visita de Eros oferece oportunidade rara para quem deseja observar um NEO histórico sem recorrer a equipamentos profissionais. Para a comunidade científica, a aproximação serve como ponto de calibração de modelos de órbita e luminosidade, permitindo comparar previsões com medições reais realizadas por telescópios terrestres.

Além disso, a movimentação renova o debate sobre missões de defesa planetária. Especialistas afirmam que dados de objetos conhecidos, como Eros, ajudam a validar tecnologias de desvio ou intercepção que podem ser aplicadas a asteroides de trajetória mais crítica.

No dia a dia do leitor, o evento reforça a relevância do monitoramento espacial contínuo. Iniciativas de observação pública ampliam o acesso ao conhecimento científico e fortalecem a cultura de prevenção, conceito que vem ganhando espaço em planos governamentais de resposta a ameaças cósmicas.

Curiosidade

A data escolhida pela NASA para inserir a sonda NEAR na órbita de Eros foi 14 de fevereiro de 2000, Dia dos Namorados em vários países. A coincidência chamou atenção porque o asteroide leva o nome do deus grego do amor — uma alusão que acabou reforçando o caráter simbólico da missão.

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