Aronofsky muda de tom e entrega diversão criminal em “Caught Stealing”

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Darren Aronofsky estreia nos cinemas com “Caught Stealing”, projeto que rompe a tradição de dramas sombrios do cineasta e aposta num ritmo leve, explosivo e abertamente divertido.

Enredo ambientado na Nova York dos anos 90

O longa, inspirado no romance homônimo de Charlie Huston, acompanha Hank Thompson, ex-jogador de beisebol interpretado por Austin Butler. Vivendo como barman em Manhattan, Hank tenta levar a vida de forma discreta enquanto cultiva um relacionamento com Yvonne, papel de Zoë Kravitz. A rotina muda quando um vizinho pede que ele cuide de seu gato. O favor, aparentemente inofensivo, coloca o protagonista no radar de uma rede criminosa e desencadeia uma sucessão de perseguições, violência e reviravoltas.

Matt Smith e Bad Bunny integram o elenco como peças-chave dessa engrenagem de delitos, conferindo dinamismo ao roteiro assinado pelo próprio Huston. Embora a trama inclua cenas de violência gráfica e tensão constante, o tratamento visual, a montagem acelerada e os diálogos carregados de ironia aproximam “Caught Stealing” de produções como “Snatch”, de Guy Ritchie, do que dos clássicos dramáticos de Aronofsky.

Primeira incursão declaradamente “fun” do diretor

Com quase três décadas de carreira, Aronofsky ficou conhecido por obras densas, como “Requiem for a Dream”, “Cisne Negro” e “Mãe!”. Nessas produções, o sofrimento humano e a intensidade emocional predominam. Em contraste, “Caught Stealing” privilegia uma experiência que combina entretenimento de massa com o estilo estilizado do diretor.

Apesar do tom mais leve, a narrativa não abandona os elementos que marcaram a filmografia de Aronofsky: violência crua, personagens atormentados e atmosferas claustrofóbicas. A diferença é a presença de humor ácido e um ritmo semelhante a um “caper movie”, subgênero centrado em assaltos e tramas policiais cheias de reviravoltas.

Exibido em circuito comercial a partir desta semana, o filme representa uma guinada criativa para o cineasta norte-americano. Críticos apontam que o resultado demonstra versatilidade e pode abrir caminho para projetos futuros menos carregados de dramaticidade.

Elenco aposta na química e mantém tensão constante

Austin Butler, conhecido por “Elvis”, entrega um protagonista vulnerável e atlético, equilibrando — conforme exige o roteiro — cenas de ação, momentos românticos e passagens de humor. Zoë Kravitz interpreta a parceira que divide com Hank os riscos de um submundo dominado por traficantes e golpistas. Matt Smith surge como antagonista imprevisível, enquanto Bad Bunny dá vida a um comparsa que injeta energia pop ao enredo.

A ambientação noventista reforça a trilha sonora repleta de rock alternativo e hip-hop da época, contribuindo para o ar nostálgico que permeia as sequências de perseguição pelas ruas de Nova York. A fotografia imprime tons vibrantes, contrastando com a paleta sombria de filmes anteriores do diretor.

Aronofsky muda de tom e entrega diversão criminal em “Caught Stealing” - Imagem do artigo original

Imagem: Internet

Impacto na carreira de Aronofsky

“Caught Stealing” marca a primeira vez em que o cineasta investe deliberadamente em um filme voltado ao entretenimento puro, o que pode atrair públicos que até então evitavam suas obras por considerá-las “difíceis”. Ao mesmo tempo, a presença de violência explícita e dilemas morais preserva a assinatura autoral de Aronofsky.

Analistas de bilheteria observam que o desempenho comercial afetará a direção dos próximos projetos do diretor. Caso o novo tom seja bem-sucedido, existe a possibilidade de mais produções com perfil semelhante nos próximos anos.

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“Caught Stealing” já está em exibição nos principais cinemas do país. Se você busca um thriller cheio de reviravoltas, humor e visual marcante, vale conferir como Aronofsky reinventa seu estilo nesta incursão pelo universo dos crimes urbanos.

Curiosidade

A obra original de Charlie Huston faz parte de uma trilogia literária, e “Caught Stealing” é apenas o primeiro volume. Se o filme tiver boa recepção, o estúdio pode adaptar os livros seguintes, ampliando o arco de Hank Thompson. O próprio autor já manifestou interesse em colaborar novamente no roteiro, o que reforça a possibilidade de uma nova franquia criminal sob o comando de Darren Aronofsky.

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