A Apple decidiu fabricar os quatro modelos do futuro iPhone 17 em território indiano, estratégia que marca a primeira vez em que toda uma nova geração do smartphone deixa de ser montada exclusivamente na China antes do lançamento. A informação foi publicada pela agência Bloomberg e reforça a mudança logística da companhia diante de tarifas aplicadas pelos Estados Unidos a produtos chineses.
Produção distribuída em cinco fábricas
Segundo o relatório, cinco unidades industriais participam da linha de montagem. A indiana Tata Group responde por aproximadamente metade do volume, operando novas plantas no estado de Tamil Nadu, no sul do país. O restante fica sob responsabilidade da taiwanesa Foxconn, que conduz a produção em instalações próximas ao aeroporto de Bangalore.
A Bloomberg não detalhou quantas unidades serão fabricadas em cada local, mas destaca que a movimentação coloca a Índia como peça central na cadeia global da Apple. Procurada, a empresa não comentou oficialmente o assunto.
Redução de impacto das tarifas norte-americanas
O reposicionamento da produção ocorre em meio à política tarifária dos Estados Unidos sobre importações provenientes da China. Para contornar custos adicionais e possíveis atrasos associados aos impostos, a Apple vem distribuindo parte da manufatura para outros países asiáticos, com foco especial na Índia.
Esse movimento ganhou força nos últimos anos. Dados do governo indiano mostram que o valor exportado de iPhones a partir do país saltou 63 % no segundo trimestre de 2025, alcançando US$$ 7,5 bilhões. O crescimento consolidou a Índia como principal origem dos smartphones enviados ao mercado norte-americano.
Em declarações anteriores, o CEO Tim Cook afirmou que a intenção é transferir “quase toda” a montagem de iPhones destinados aos Estados Unidos para a Índia, evitando as taxas extras. Apesar da guinada, a China permanecerá como a maior fornecedora dos aparelhos vendidos em outras regiões do globo, função sustentada por décadas de infraestrutura dedicada.
Lançamento previsto para setembro
Como de costume, a Apple planeja apresentar a série iPhone 17 em setembro. A linha deve incluir quatro variantes, mantendo a estratégia inaugurada há três anos com versões padrão, Plus, Pro e Pro Max. Fontes internas indicam que este pode ser o último ciclo anual concentrado em um único evento; a partir de 2026, a empresa estaria preparando um calendário de lançamentos em duas fases para diluir a procura por componentes e assegurar prazos de entrega.

Imagem: the Cambridge coffee webcam back in the
Impacto no ecossistema tecnológico indiano
A ampliação da produção de iPhones reforça o posicionamento da Índia como polo de tecnologia avançada. O governo local tem oferecido incentivos fiscais e programas de capacitação para atrair fabricantes de eletrônicos, política que já rendeu contratos além da Apple, como Samsung e Xiaomi. Especialistas apontam que o reforço nas cadeias de fornecimento pode gerar mais empregos qualificados e impulsionar a indústria de semicondutores em longo prazo.
Em paralelo, a mudança mitiga parte dos riscos geopolíticos para a Apple. A concentração de fábricas na China expunha a companhia a eventuais sanções ou restrições logísticas; ao diversificar, a empresa amplia sua resiliência diante de tensões comerciais.
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Com a linha iPhone 17 prestes a sair das fábricas indianas, a Apple fortalece sua estratégia de descentralização produtiva e busca reduzir custos impostos pelas tarifas. Continue acompanhando nossas atualizações e receba em primeira mão as próximas novidades do setor.