Série Alien: Earth retoma ideia perdida do filme original e estabelece diálogo com Xenomorphs

Entretenimento

Noah Hawley utilizou a série Alien: Earth, exibida pela FX, para recuperar um conceito suprimido do roteiro de 1978 de Alien, o Oitavo Passageiro: a possibilidade de comunicação direta com um Xenomorph. O tema volta à franquia no quarto episódio, “Observation”, quando a híbrida Wendy (Sydney Chandler) consegue emitir sons semelhantes aos da criatura, sugerindo a primeira tentativa bem-sucedida de diálogo entre humanoides e o “organismo perfeito”.

Contexto cronológico e inspiração no material original

Ambientada dois anos antes dos acontecimentos do longa de 1979, Alien: Earth acompanha um grupo de pesquisadores que lida simultaneamente com tecnologia sintética avançada e a ameaça biológica representada pelos Xenomorphs. Hawley baseou-se em uma fala excluída do androide Ash (Ian Holm) na versão final do filme original. Na cena, Ripley interrogava a cabeça desconectada do sintético, e Ash sugeria: “Talvez seja inteligente. Talvez vocês devessem tentar se comunicar”. Esse trecho permaneceu fora do corte definitivo, mas foi revelado em 2019 no livro The Making of Alien, de J.W. Rinzler.

Ao trazer o conceito à tona, o showrunner mantém a tradição recente de prequelas que buscam pontos inexplorados da mitologia. Filmes como Prometheus (2012) e Alien: Covenant (2017) já haviam recuperado desenhos de H.R. Giger e ideias descartadas do primeiro roteiro, como a pirâmide que abrigaria o embrião facehugger. Agora, a série avança ao colocar em prática o diálogo sugerido há quase meio século.

Wendy une biologia e tecnologia na tentativa de diálogo

Desde o episódio inicial, Wendy observa padrões vocais dos Xenomorphs enquanto processa dados com sua parte sintética. Em “Observation”, ela reproduz cliques, chiados e assobios coletados durante as missões. A resposta surge quando um chestburster interrompe o ataque e se volta para ela, aparentemente hipnotizado. O comportamento indica reconhecimento ou, no mínimo, curiosidade da criatura diante de sons familiares.

O experimento de Wendy difere de abordagens anteriores vistas na franquia. Nos filmes prequela, o androide David (Michael Fassbender) tratava os Xenomorphs como “filhos”, mas não chegou a estabelecer diálogo bilateral. Em Alien: Resurrection (1997), a clonagem Ripley 8 compartilhava DNA com a espécie, proporcionando conexão empática, porém sem linguagem articulada. A atual série combina essas duas vertentes: biológica, por meio da genética híbrida, e tecnológica, graças aos recursos sintéticos integrados à personagem.

Referência a precedentes e impacto para a franquia

O resgate da fala de Ash funciona como elo entre produções separadas por décadas. Enquanto Veronica Cartwright, intérprete de Lambert, lamentou a retirada do diálogo em entrevistas de bastidores, o retorno da ideia reforça a coesão interna da saga. Além disso, o ineditismo do contato verbal amplia o potencial narrativo: a Weyland-Yutani, corporação recorrente na série, sempre buscou usar o Xenomorph como arma controlada. Caso o entendimento evolua, surge a hipótese de direcionar o organismo sob comando híbrido.

Ainda não existem detalhes oficiais sobre desdobramentos futuros, mas o episódio estabelece bases concretas para explorar diplomacia, cooperação ou confronto ampliado entre espécies. O resultado pode afetar tanto personagens humanos quanto sintéticos, redefinindo a forma como o Xenomorph é encarado dentro do universo Alien.

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Imagem: Internet

Como a proposta se alinha às tendências de sci-fi

Narrativas que investigam comunicação com formas de vida desconhecidas têm ganhado espaço na ficção científica moderna. Ao adotar essa abordagem, Alien: Earth conecta-se a discussões atuais sobre linguística não humana, inteligência artificial e ética de contato. A série também reforça a tendência de revisitar arquivos de produção para enriquecer franquias de longa data, algo observado em sagas como Star Wars e Blade Runner.

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Com a introdução de um possível diálogo entre humanos, sintéticos e Xenomorphs, Alien: Earth adiciona uma camada inédita ao legado iniciado em 1979. Acompanhe os próximos episódios para descobrir até onde essa comunicação poderá levar a franquia e compartilhe suas expectativas com amigos que também acompanham a saga.

Curiosidade

H.R. Giger chegou a esboçar, nos anos 1970, símbolos rúnicos que representariam a “linguagem” dos Xenomorphs, mas o conceito nunca foi usado nos filmes. Alien: Earth retoma a ideia ao traduzir sons orgânicos em códigos interpretáveis. A produção também reutiliza efeitos práticos para o chestburster, homenageando a técnica original de 1979. Além disso, as gravações incluíram consultoria de linguistas especializados em comunicação animal. Finalmente, o episódio “Observation” marca a primeira vez que um híbrido interage sem hostilidade imediata com a criatura.

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