Papa Leão XIV revela lista de filmes preferidos e surpreende cinéfilos

Entretenimento

Pela primeira vez desde sua eleição, o Papa Leão XIV compartilhou publicamente seus quatro filmes favoritos, dando aos fiéis e aos amantes de cinema um raro vislumbre de seus gostos culturais. A declaração foi feita em vídeo divulgado pela revista Variety, que exibiu o pontífice listando clássicos do século XX que, segundo ele, dialogam com temas de fé, esperança e redenção.

Clássicos que marcaram gerações

O primeiro título citado por Leão XIV foi A Felicidade Não Se Compra (It’s a Wonderful Life, 1946), dirigido por Frank Capra. Considerado um dos longas mais emblemáticos do período natalino, o drama estrelado por James Stewart aborda a relevância das pequenas ações individuais para a coletividade. O filme ganhou força nos Estados Unidos no pós-guerra e permanece, até hoje, tradição em emissoras de TV durante dezembro.

Em seguida, o pontífice mencionou A Noviça Rebelde (The Sound of Music, 1965), musical de Robert Wise protagonizado por Julie Andrews. Ambientada nos Alpes austríacos, a produção conta a história real da família Von Trapp e enaltece a música como instrumento de união. Lançado em plena década de mudanças sociais, o longa venceu cinco estatuetas do Oscar, inclusive a de Melhor Filme.

O terceiro filme na lista é Gente Como a Gente (Ordinary People, 1980), drama familiar dirigido por Robert Redford que venceu quatro Oscars em 1981. O enredo explora temas sensíveis, como culpa e luto, a partir do ponto de vista de uma família suburbana dos Estados Unidos. Segundo especialistas ouvidos por veículos internacionais, a escolha demonstra apreço do pontífice por narrativas que evidenciam fragilidades humanas e caminhos de reconciliação.

Por fim, Leão XIV citou A Vida é Bela (La Vita è Bella, 1997), obra do italiano Roberto Benigni que conquistou o Grand Prix do Festival de Cannes e três Oscars em 1999. Ambientado durante a Segunda Guerra Mundial, o filme acompanha a luta de um pai para proteger o filho dos horrores do Holocausto por meio do humor e da imaginação.

Por que essas escolhas chamam a atenção?

De acordo com historiadores da Igreja, pontífices anteriores raramente revelaram preferências pessoais em arte ou entretenimento. A abertura de Leão XIV reforça uma linha de proximidade com a cultura popular observada desde o início de seu pontificado. Embora o Vaticano mantenha uma longa tradição de apoio às artes, declarações diretas sobre cinema costumavam ficar restritas a documentos oficiais ou mensagens gerais.

Os quatro títulos têm em comum a exaltação de valores humanistas, como solidariedade, perdão e resiliência. Para o crítico de cinema Sergio Paiva, esses elementos “dialogam com fundamentos centrais da doutrina católica, mas também com valores universais, facilitando a identificação do público leigo”. A presença de filmes de diferentes décadas reforça a abrangência temporal do interesse do Papa, que, aos 77 anos, viveu boa parte das mudanças tecnológicas e narrativas do cinema moderno.

Outro ponto relevante é a mistura de gêneros: fantasia natalina, musical, drama familiar e tragicomédia de guerra. Segundo dados do Observatório Europeu do Audiovisual, esses gêneros figuram entre os mais consumidos nas plataformas de streaming no continente. A lista do pontífice, portanto, reflete também a permanência de produções clássicas no radar de novas gerações.

Recepção entre fiéis e cinéfilos

Logo após a divulgação do vídeo, redes sociais registraram aumento no volume de buscas pelos quatro títulos. Relatórios indicam que a plataforma IMDb observou picos de acesso às páginas dos filmes, com A Felicidade Não Se Compra liderando o interesse global. Em comunidades católicas online, usuários apontaram a lista como estímulo para criar grupos de debate sobre espiritualidade e cinema.

Cinematecas e salas de exibição independentes em Roma, Buenos Aires e São Paulo anunciaram maratonas especiais dos filmes citados. Programadores afirmam que a iniciativa pode atrair público diversificado, de fiéis a estudantes de audiovisual, fomentando discussões sobre ética, estética e religião.

Impacto para o mercado audiovisual

Especialistas em distribuição avaliam que a menção do Papa pode impulsionar a venda de licenças de streaming e novos lançamentos em mídia física. A consultoria Ampere Analysis estima que filmes clássicos costumam ter crescimento de até 20 % em visualizações quando voltam a circular em agendas midiáticas. Produtoras e estúdios detentores dos direitos, como Paramount e 20th Century Studios, devem aproveitar o momento para campanhas de relançamento.

Para o público em geral, a lista sugere uma oportunidade de redescobrir obras que, embora datadas, tratam de dilemas ainda presentes no cotidiano. Em tempos de alta oferta de conteúdo, a indicação de figuras de autoridade pode servir como curadoria confiável, facilitando a escolha do que assistir.

Curiosidade

Em 1995, o Vaticano criou sua própria lista dos “45 Filmes que Mais Se Destacam”, divididos em três categorias: Religião, Valores e Arte. Entre os títulos, A Felicidade Não Se Compra já havia sido incluído, revelando que o longa ocupa há décadas lugar de prestígio na Santa Sé. O fato de aparecer novamente, agora como preferência pessoal de Leão XIV, reforça a permanência do filme como expressão cinematográfica de esperança e solidariedade.

Para continuar a acompanhar novidades do mundo do entretenimento, confira também outras matérias em nossa seção de Entretenimento.

Para mais informações e atualizações sobre tecnologia e ciência, consulte também:

Quando você efetua suas compras por meio dos links disponíveis aqui no RN Tecnologia, podemos receber uma comissão de afiliado, sem que isso acarrete nenhum custo adicional para você!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *