Fãs sobrevoam Disney em defesa de filme cancelado de Ben Solo

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Um grupo de fãs de Star Wars organizou um protesto inédito para pedir a retomada do longa The Hunt for Ben Solo, projeto que foi descartado pela Disney antes de entrar em produção. A manifestação ocorreu poucos dias depois de o ator Adam Driver confirmar, em entrevista à Associated Press, que a proposta havia sido rejeitada pelo estúdio.

Protesto aéreo chama atenção dos executivos

A principal ação aconteceu nos céus da Califórnia. Um avião contratado pela admiradora Lianna Al Allaf sobrevoou os estúdios da Disney, em Burbank, exibindo a faixa “Save The Hunt for Ben Solo”. A iniciativa custeada pela fã tinha como objetivo demonstrar “o quanto o personagem significa para o público”, segundo declaração dela. Imagens do voo circularam rapidamente nas redes sociais, impulsionando hashtags como #SaveBenSolo e #TheHuntForBenSolo.

Segundo participantes da mobilização, a escolha por um protesto aéreo procurou ampliar a visibilidade da causa em um momento em que grande parte das decisões criativas da franquia ocorre nos bastidores da Lucasfilm, também instalada na Califórnia. “Queremos que a mensagem seja impossível de ignorar”, declarou Al Allaf em nota encaminhada à imprensa.

Bastidores do roteiro recusado

O roteiro de The Hunt for Ben Solo foi escrito por Rebecca Blunt e Scott Z. Burns. A ideia era acompanhar a trajetória de redenção de Ben Solo — também conhecido como Kylo Ren — após os eventos de A Ascensão Skywalker. De acordo com Adam Driver, o tom do longa seria “mais íntimo e melancólico”, inspirado no espírito de O Império Contra-Ataca, mas sem grandes batalhas espaciais. O objetivo era produzir um drama centrado em culpa, identidade e reconciliação, com orçamento reduzido.

Driver contou que trabalhou no projeto durante dois anos ao lado do diretor Steven Soderbergh. A proposta recebeu elogios de figuras influentes da Lucasfilm, como Kathleen Kennedy, Cary Beck e Dave Filoni. No entanto, quando o roteiro chegou à mesa do CEO Bob Iger e do presidente de estúdios Alan Bergman, o sinal foi vermelho. Os executivos teriam questionado a viabilidade narrativa de trazer Ben Solo de volta após seu destino no último filme da trilogia.

A recusa frustrou Soderbergh, que comentou de forma irônica: “Adorei fazer o filme na minha cabeça. Só lamento que os fãs não poderão vê-lo”. Já Driver descreveu o texto como “um dos roteiros mais incríveis” de que participou, reiterando que voltaria “num segundo” a Star Wars se houvesse uma boa história.

Reação do público e implicações comerciais

A rápida mobilização digital indica um grau de engajamento ainda elevado em torno da saga, mesmo quatro anos após o lançamento de A Ascensão Skywalker. De acordo com especialistas em marketing de entretenimento, protestos desse tipo representam um termômetro importante para medir a disposição do público em consumir novos produtos da franquia. Casos similares, como a campanha que levou ao lançamento da versão estendida de Liga da Justiça, mostram que pressões coordenadas podem influenciar decisões corporativas.

Na avaliação de analistas consultados pelo mercado, a Disney passa por um período de revisão estratégica, procurando equilibrar novas histórias cinematográficas com o universo expandido que hoje se desenvolve principalmente nas séries do Disney+. A cautela revelada na recusa de The Hunt for Ben Solo pode estar ligada ao desejo de diminuir riscos financeiros e manter consistência na linha do tempo oficial. Em contrapartida, especialistas apontam que perdas de oportunidade podem ocorrer quando há forte demanda reprimida por determinados personagens.

Até o momento, nem a Disney nem a Lucasfilm comentaram publicamente o protesto ou os rumores sobre eventuais revisões da decisão. Relatórios internos, porém, indicam que a companhia acompanha de perto a repercussão nas redes sociais, prática comum desde que movimentos de fãs passaram a ganhar força no setor.

O que isso muda para o universo Star Wars?

Para o consumidor, o episódio evidencia como o engajamento pode influenciar a agenda de lançamentos. Caso a manifestação ganhe volume, aumenta a pressão para que a Disney reveja seu calendário ou autorize produções menores focadas em personagens específicos — formato que, segundo consultores, poderia diversificar o portfólio mantendo custos sob controle. Além disso, a movimentação reforça o sentimento de que a franquia precisa explorar narrativas mais experimentais para recuperar parte do entusiasmo visto na trilogia original.

Curiosidade

Os protestos de fãs não são novidade na cultura pop, mas esta foi a primeira vez que um avião com faixa foi usado para pressionar a Disney por um filme de Star Wars. Em 1977, durante a estreia do primeiro longa da saga, grupos de admiradores chegaram a formar filas fantasiados por dias inteiros; agora, com recursos de crowdfunding, o ativismo encontra novas rotas — inclusive aéreas — para tentar reescrever o destino de seus personagens favoritos.

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