NASA conclui montagem do foguete Artemis 2 e aproxima primeira missão tripulada à Lua desde 1972

Tecnologia

A NASA encerrou a fase de montagem do Space Launch System (SLS) que enviará a missão Artemis 2 à órbita lunar. Em 20 de outubro de 2025, a cápsula Orion Integrity foi içada e acoplada ao topo do foguete dentro do Vehicle Assembly Building (VAB) no Centro Espacial Kennedy, na Flórida. A operação marca o último passo estrutural antes das campanhas de testes finais e coloca a missão no caminho para decolar já em 5 de fevereiro de 2026, conforme janelas de lançamento previstas até o fim de abril do mesmo ano.

Marco técnico garante continuidade do cronograma

De acordo com dados oficiais da agência, o processo de empilhamento começou em 1.º de maio de 2025 com a instalação do estágio intermediário Interim Cryogenic Propulsion Stage (ICPS). A cápsula tripulada foi o componente derradeiro a ser anexado ao SLS, um foguete de 98 metros de altura projetado para missões além da órbita terrestre. O administrador interino da NASA, Sean Duffy, celebrou o avanço em rede social, afirmando que a equipe está “um passo mais próxima da conclusão da missão”.

Segundo especialistas do setor aeroespacial, o empilhamento completo é considerado um dos marcos mais críticos, pois permite iniciar uma série de verificações de integração elétrica, pressurização dos tanques criogênicos e ensaios de comunicação entre foguete e cápsula. Esses testes definirão se o cronograma atual poderá ser mantido ou sofrerá ajustes. A NASA já indicou que Artemis 2 permanece como projeto prioritário e, por essa razão, foi mantido em operação mesmo durante o recente shutdown do governo norte-americano.

Primeira missão tripulada do programa Artemis

Artemis 2 levará quatro astronautas para um sobrevoo de dez dias ao redor da Lua, repetindo a trajetória free-return utilizada na era Apollo. A tripulação será composta pelos norte-americanos Reid Wiseman, Victor Glover e Christina Koch, além do canadense Jeremy Hansen, marcando a participação da Agência Espacial Canadense no projeto. A missão será o primeiro voo tripulado de um sistema desenvolvido para a permanência humana de longo prazo no espaço profundo desde 1972.

O plano prevê que a nave complete uma volta na face oculta lunar antes de regressar à Terra para pouso assistido por paraquedas no Oceano Pacífico. Esse percurso serve para validar os sistemas de suporte à vida e os escudos térmicos em cenário real antes do pouso humano em Artemis 3, agora estimado para 2028.

Lições de Artemis 1 e ajustes no calendário

O programa enfrentou atrasos significativos após Artemis 1, lançada em novembro de 2022 sem tripulação. Testes pós-voo identificaram desgaste inesperado no escudo térmico da Orion durante a reentrada, obrigando engenheiros a redesenhar componentes e estender a distância entre as duas primeiras missões em mais de três anos. Mesmo assim, relatórios indicam que as melhorias implementadas passarão por avaliação definitiva apenas durante Artemis 2.

Enquanto a montagem avança, o cronograma geral depende de variáveis externas. O veículo Starship, da SpaceX, é o módulo lunar contratado para Artemis 3 e encontra-se em fase de testes de voo suborbital. Atrasos nesse desenvolvimento forçaram a NASA a admitir uma possível decolagem apenas em 2028, dois anos depois do plano original. Segundo analistas, esse descompasso evidencia a complexidade de coordenar fornecedores públicos e privados em um esforço que envolve dezenas de contratos globais.

Impacto para a exploração e para o público

Para o setor aeroespacial, a conclusão da montagem do SLS simboliza mais do que um avanço técnico: reforça a confiança de investidores e parceiros internacionais na estratégia de retorno à Lua. Para o público, o sucesso de Artemis 2 poderá reativar o interesse por carreiras em ciência, tecnologia, engenharia e matemática, além de abrir caminho para futuras oportunidades no turismo espacial e na economia lunar emergente.

NASA conclui montagem do foguete Artemis 2 e aproxima primeira missão tripulada à Lua desde 1972 - Imagem do artigo original

Imagem: Josh Dinner published

Segundo estimativas da própria agência, cada lançamento do SLS movimenta milhares de empregos diretos e indiretos nos Estados Unidos. Especialistas em políticas espaciais destacam que a continuidade do cronograma decolagem-pouso é crucial para manter apoio político e orçamentário no Congresso, sobretudo em ciclos eleitorais.

Curiosidade

Você sabia que o Vehicle Assembly Building, onde o SLS foi montado, tem um volume interno equivalente a quase quatro pirâmides de Quéops? O edifício, inaugurado na década de 1960 para o programa Apollo, continua sendo um dos maiores hangares do mundo e requer seu próprio sistema climático para evitar formação de nuvens dentro da estrutura. O retorno das grandes montagens tripuladas ao VAB conecta simbolicamente a nova geração Artemis ao legado histórico de exploração lunar.

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