Entre 22 de outubro e 5 de novembro, o Cinesystem Belas Artes Frei Caneca, na capital paulista, sedia a primeira edição do “Festival de Terror no Cinema”. A mostra propõe uma viagem cronológica pelos maiores marcos do gênero, combinando produções históricas, sucessos dos anos 1970 a 2000 e títulos inéditos no circuito comercial brasileiro.
Programação combina ícones centenários e estreias nacionais
De acordo com a agenda divulgada pelos organizadores, o evento abre com a pré-estreia nacional de “Recife Assombrado 2” em 22 de outubro. A sequência retoma lendas urbanas pernambucanas e conta com atuação de Vitória Strada e Daniel Rocha. Outras novidades na tela incluem “Enterre Seus Mortos”, protagonizado por Selton Mello e Marjorie Estiano, e o longa “A Meia-Irmã Feia”, que revisita o clássico conto da Cinderela sob a ótica da irmã considerada “malvada”.
Nos demais dias, o público poderá rever marcos como “Nosferatu” (1922), “Drácula” (1931), “Psicose” (1960), “O Exorcista” (1973), “O Iluminado” (1980) e “A Bruxa de Blair” (1999). Títulos fundamentais de diferentes vertentes do terror, a exemplo de “Suspiria”, “A Noite dos Mortos-Vivos” e “Tubarão”, também fazem parte da programação.
Os ingressos custam R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia) e podem ser adquiridos na bilheteria do cinema ou, em breve, pelo site do complexo localizado no Shopping Frei Caneca, na rua Frei Caneca, 569, 3º andar.
Destaques diários e sessão para cada perfil de fã
A grade foi distribuída em períodos da tarde e da noite, oferecendo quatro a cinco sessões diárias. Segundo os curadores, a ideia é permitir que o público escolha experiências distintas: desde o terror expressionista do início do século passado até as franquias de horror psicológico e o fenômeno das found footage.
No dia 23, por exemplo, “Nosferatu” abre a tarde, seguido de “O Fantasma do Convento” e de franquias populares como “Pânico” e “Atividade Paranormal”. Já em 29 de outubro, o foco recai sobre o medo sobrenatural, com “Invasores de Corpos”, “O Lobisomem” e o cultuado “O Anticristo”, encerrando a noite.
Para quem prefere filmes mais recentes, 2 de novembro traz o elogiado “Pearl” (2022), spin-off da trilogia X, ao lado de exibições de “A Bruxa de Blair” e do precursor “Frankenstein” (1931). A data final, 5 de novembro, reúne “Calada da Noite”, “Fome Animal” e o clássico slasher “O Massacre da Serra Elétrica”.
Panorama histórico impulsiona o circuito de relançamentos
Segundo profissionais do setor, festivais que misturam raridades restauradas e lançamentos inéditos têm contribuído para renovar o interesse do público pelo cinema de gênero. Relatórios da Associação Brasileira de Exibidores indicam que sessões temáticas aumentam em até 30 % a ocupação de salas fora do circuito comercial principal. Ao reunir produções de nove décadas diferentes, o Festival de Terror no Cinema segue a tendência de oferecer “mini retrospectivas” capazes de atrair cinéfilos de todas as gerações.
Especialistas acrescentam que a comemoração dos cem anos de “Nosferatu”, completados em 2022, provocou crescimento na restauração de obras silenciosas. Exibir títulos como “O Gabinete do Dr. Caligari” ou “Häxan” em cópias digitais remasterizadas ajuda a preservar a memória cinematográfica enquanto introduz o público jovem ao terror de linguagem experimental.

Imagem: Divulgação
Efeito para o público e para o mercado
Para espectadores, a mostra representa oportunidade rara de ver clássicos em tela grande, recurso que intensifica a ambientação sonora e os efeitos práticos desses filmes. Já para o mercado de exibição, eventos temáticos funcionam como alternativa de receita durante períodos sem grandes estreias de estúdios, além de fomentar parcerias com distribuidores independentes.
Quem pretende assistir a mais de uma sessão pode aproveitar a variedade de horários, comparando estilos de direção, transições de subgêneros e evolução tecnológica — do preto-e-branco à captação digital. Esse panorama reforça a percepção de que o terror, embora frequentemente associado a nicho, mantém base sólida de admiradores e gera bilheterias consistentes.
Para os profissionais que acompanham tendências, a presença de pré-estreias nacionais sinaliza espaço crescente para produções brasileiras de horror. Filmes como “Recife Assombrado 2” e “Enterre Seus Mortos” podem estimular novos roteiros inspirados em folclore local, ampliando a diversidade temática do audiovisual no país.
Curiosidade
Durante as filmagens de “O Exorcista”, um dos destaques do festival, a equipe relatou problemas técnicos inexplicáveis no set, fato que alimentou a fama de “filme amaldiçoado”. Esses relatos contribuíram para a lenda urbana que cerca o longa e, até hoje, muitos espectadores alegam sentir mudanças na temperatura da sala durante cenas específicas. A exibição em cópia remasterizada permite perceber detalhes de som e imagem originalmente concebidos para causar esse desconforto sensorial.
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