Prevista para chegar ao Disney+ em 24 de setembro de 2025, a minissérie animada Marvel Zombies terá apenas quatro episódios, classificação indicativa para adultos e um elenco que reúne nomes conhecidos do Universo Cinematográfico da Marvel (UCM). Apesar da ampla lista de personagens, um herói cultuado pelos fãs de terror está oficialmente fora do projeto: Ashley J. “Ash” Williams, protagonista da franquia Evil Dead.
Direitos autorais travam participação de Ash
Nos quadrinhos, Ash apareceu no crossover “Marvel Zombies vs. The Army of Darkness”, publicado em 2005. No entanto, transportar o personagem para a televisão esbarra em entraves contratuais. Segundo especialistas em licenciamento, a situação envolve três estúdios diferentes: Universal Pictures detém os direitos de distribuição de “Army of Darkness”, enquanto a marca Evil Dead original pertence à StudioCanal e à New Line Cinema. Para usar Ash na animação, a Marvel precisaria negociar com todos esses detentores, algo considerado inviável dentro do cronograma e do orçamento da série.
A restrição lembra o que ocorreu na série Ash vs. Evil Dead, exibida entre 2015 e 2018: a produção evitou citar abertamente “Army of Darkness” justamente para não infringir contratos. Fontes internas apontam que a equipe de Marvel Zombies avaliou a possibilidade de um cameo ou de referências indiretas, mas optou por eliminar o risco de disputa judicial.
Continuação direta de What If…? com foco em público adulto
A nova série parte dos eventos do episódio “What If… Zombies?” da antologia What If…?, lançada em 2021. Na trama original, Janet van Dyne retorna do Reino Quântico infectada por um vírus que transforma grande parte dos Vingadores em zumbis. O spin-off continuará essa história, mas com mudanças significativas:
- Número de episódios: quatro capítulos de aproximadamente 30 minutos cada.
 - Classificação indicativa: proibido para menores de 16 anos, com destaque para cenas de violência gráfica.
 - Heróis confirmados: Shang-Chi, Kamala Khan (Ms. Marvel), Riri Williams (Coração de Ferro), Yelena Belova e outros integrantes dos Thunderbolts e dos Novos Vingadores.
 
De acordo com dados oficiais da Marvel Studios, a produção investe em animação de alta qualidade para retratar confrontos mais intensos que os vistos na primeira temporada de What If…?. Relatórios indicam que o estúdio pretende atrair tanto o público que acompanha o UCM quanto fãs de histórias de terror e zumbis.
Limitações de elenco ajudam a manter foco narrativo
Além das barreiras legais, produtores avaliam que a presença de Ash — um personagem com personalidade expansiva e cenas de humor físico — poderia sobrecarregar um elenco já extenso. Conforme declararam membros da equipe em entrevistas recentes, o objetivo é equilibrar o tempo de tela entre heróis remanescentes e vilões infectados, reforçando o clima de sobrevivência num mundo pós-apocalíptico. Inserir um “convidado” de outra franquia exigiria explicações adicionais sobre origem, direitos autorais e coesão narrativa.
O caso também evidencia as dificuldades de crossovers quando diferentes propriedades intelectuais se cruzam. Embora o multiverso do UCM já tenha integrado variantes de personagens como Homem-Aranha e Doutor Estranho, a inclusão de figuras externas — especialmente aquelas ligadas a estúdios rivais — depende de acordos complexos. Exemplos recentes, como o adiado reboot de Blade e negociações envolvendo o Homem-Aranha da Sony, mostram que tais acordos podem levar anos.
Impacto para os fãs e para o mercado de streaming
Para o espectador, a ausência de Ash não altera o arco principal, que continua centrado nos heróis da Marvel. No entanto, a exclusão reforça um padrão: franquias de grande porte, mesmo amparadas pelo conceito de multiverso, tendem a limitar integrações externas se houver obstáculos de licenciamento. No mercado de streaming, esse tipo de decisão reduz custos com royalties e evita atrasos na produção, fatores cruciais para cumprir calendário e competir por audiência.

Imagem: Internet
Segundo analistas de mercado, o Disney+ aposta em séries curtas e direcionadas a nichos específicos para manter a base de assinantes. Marvel Zombies exemplifica a estratégia: oferece conteúdo mais adulto sem comprometer a continuidade do UCM, ao mesmo tempo em que testa a receptividade a histórias de horror. Caso a minissérie alcance bons índices de visualização, pode abrir caminho para outras produções temáticas de curta duração.
Para o público brasileiro, a principal mudança prática será a ausência de um crossover que muitos consideravam improvável. A narrativa permanece focada nos heróis já estabelecidos, o que pode facilitar a compreensão de quem acompanha apenas o cinema ou as séries principais. Por outro lado, fãs de terror e de Evil Dead precisam ajustar expectativas e buscar referências ao personagem em outros formatos, como quadrinhos e jogos.
Curiosidade
Embora Ash Williams fique de fora, um “easter egg” ligado ao crossover já apareceu em outra animação: Werewolf Spider-Man, variante lobisomem introduzida justamente em “Marvel Zombies vs. The Army of Darkness”, fez uma breve participação em Homem-Aranha: Através do Aranhaverso. A cena confirma que ideias oriundas desse quadrinho continuam influenciando o multiverso Marvel, mesmo sem a presença direta do caçador de Deadites.
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