League of Legends: Wild Rift acaba de ultrapassar a marca de cinco anos desde o lançamento internacional, consolidando-se como peça central da estratégia da Riot Games para o mercado de jogos em dispositivos móveis. O título adapta a experiência competitiva de League of Legends ao formato de celulares e, segundo executivos da empresa, tornou-se um dos principais canais para aproximar a marca de novos públicos.
Expansão global impulsionada pelo celular
De acordo com Derek Chan, Head de Publishing de Wild Rift, o mobile representa “o companheiro indispensável das pessoas”, presente durante todo o dia e, portanto, um meio natural para jogos. Números do setor indicam que mais de 3 bilhões de pessoas jogam em smartphones no mundo, superando as bases instaladas de PC e console. Chan afirma que esse contexto exige da Riot um serviço contínuo, escuta ativa da comunidade e adaptações regionais que respeitem características locais.
O executivo destaca que a Riot mantém equipes dedicadas a cada mercado para garantir proximidade com os jogadores. Na América Latina, a operação é liderada por Diego Martinez, que assumiu a função de Head de Publishing de Wild Rift para a região após atuar como country manager da Riot no Brasil. Entre as metas definidas, estão ampliar parcerias culturais, reforçar canais de comunicação e assegurar que campanhas reflitam a identidade de cada comunidade.
Segundo especialistas do setor, a abordagem regionalizada da Riot segue tendência observada em outros títulos mobile de grande porte, que priorizam eventos in-game alinhados a datas culturais locais e influenciadores regionais para fortalecer o engajamento.
Cultura gamer e presença de marca
Chan relaciona o sucesso do jogo à criação de uma “plataforma viva, conectada e cultural”, na qual o diálogo com o público é constante. Ele menciona o exemplo da série animada Arcane, que ampliou o universo de League of Legends para além do ambiente de jogo. Para o executivo, iniciativas desse tipo demonstram a capacidade da empresa de integrar entretenimento, produtos licenciados e parcerias comerciais em um ecossistema único.
Questionado sobre como marcas externas podem participar desse ambiente, Chan ressalta que o jogo é uma atividade interativa, “não passiva”, exigindo das empresas iniciativas que valorizem a participação coletiva. Relatórios do mercado de publicidade em jogos indicam crescimento de projetos que vinculam itens virtuais a campanhas do mundo físico, estratégia vista como alternativa para aliar branding e experiência do usuário.
Na perspectiva latino-americana, a Riot pretende expandir acordos com organizações de esportes eletrônicos e atores da indústria cultural brasileira. Diego Martinez aponta que o país é um dos mercados “mais vibrantes” para a empresa, destacando a relevância de parcerias com artistas locais e a realização de torneios regionais de alto alcance.
Tecnologia e inteligência artificial nos bastidores
Além da expansão de mercado, a Riot acompanha o avanço de tecnologias de inteligência artificial (IA) para otimizar processos internos. Chan observa que a IA atua como “multiplicador de força”, auxiliando equipes a trabalhar de maneira mais eficaz sem substituir a criatividade humana. Segundo dados oficiais da empresa, protótipos com IA são testados para acelerar verificações de qualidade, localizar textos para diferentes idiomas e sugerir ajustes de balanceamento de personagens, mantendo as decisões finais sob responsabilidade de desenvolvedores experientes.
Analistas de mercado avaliam que a adoção gradual de IA pode reduzir custos operacionais em produção de conteúdo, permitindo ciclos de atualização mais frequentes. Entretanto, a Riot reforça que a “alma e imaginação humanas” permanecem centrais na experiência dos jogadores.

Imagem: Internet
Desafios e oportunidades após cinco anos
Chan lembra que o público gamer costuma ser “inteligente, vocal e apaixonado”, o que transforma feedback em parte fundamental do desenvolvimento de Wild Rift. Foi por meio dessa escuta que a Riot implementou ajustes de interface, reformulou o sistema de ranque e introduziu personagens simultaneamente às versões de PC. A empresa reconhece, porém, que manter a paridade de conteúdo entre plataformas continua sendo um dos obstáculos técnicos para os próximos anos.
Especialistas destacam que o jogo vive fase de maturidade, na qual a expansão de recursos pode ocorrer por eventos temáticos, integrações com outros produtos da Riot e desenvolvimento de cenários competitivos regionais. A manutenção de servidores estáveis em mercados emergentes é apontada como fator-chave para sustentar o crescimento.
Impacto para o usuário: Para jogadores brasileiros, a ampliação de torneios locais e a chegada de conteúdos adaptados à cultura nacional podem resultar em mais oportunidades de carreira nos eSports, além de oferecer eventos presenciais e digitais com recompensas exclusivas. No dia a dia, a promessa de atualizações frequentes apoiadas em IA sugere partidas mais equilibradas e novidades constantes no aplicativo.
Curiosidade
Você sabia que o mapa de Wild Rift foi levemente espelhado em relação à versão de PC para reduzir a vantagem de quem joga no lado inferior da tela? Essa alteração, focada em ergonomia para controles touch, é um exemplo de como a Riot ajusta detalhes de design a fim de garantir partidas justas e confortáveis no ambiente mobile.
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