Waymo obtém permissão e inicia testes de táxis autônomos nas ruas de Nova York

Tecnologia

A Waymo recebeu o primeiro alvará da prefeitura de Nova York para colocar veículos autônomos em circulação experimental. A autorização, concedida pela Comissão de Táxis e Limusines (TLC) e válida até o final de setembro, libera a empresa a operar oito SUVs Jaguar I-Pace pelas vias de Manhattan e Downtown Brooklyn. É a primeira vez que a cidade permite testes práticos de robotáxis em seu território, conhecido pelo tráfego intenso e imprevisível.

Como funcionarão os testes

Durante o programa piloto, cada carro circulará com um operador de segurança ao volante. O profissional deverá manter contato permanente com o volante e monitorar os sistemas de câmera, radar e LiDAR da Waymo, prontos para assumir o controle a qualquer sinal de risco. A permissão não inclui transporte de passageiros, pois a legislação local exige licenças adicionais para esse tipo de serviço.

Para obter o aval municipal, a companhia apresentou planos detalhados à TLC, ao Departamento de Transportes (DOT) e aos órgãos de emergência de Nova York. Entre os requisitos atendidos estão:

  • Mapeamento completo das rotas e horários previstos para circulação;
  • Protocolos de comunicação direta com bombeiros, polícia e serviço médico;
  • Mecanismos de desligamento manual e remoto dos veículos em caso de falha.

Com a documentação aprovada, a Waymo afirmou que começará a rodar “imediatamente”, coletando dados de navegação e segurança em um dos ambientes urbanos mais desafiadores do mundo.

Expansão nacional da Waymo

Além de Nova York, a empresa já mantém frotas em San Francisco, Los Angeles, Phoenix e Austin. No mês passado, também anunciou planos de lançar um serviço comercial de robotáxis em Dallas a partir de 2026. A estratégia amplia a presença da companhia em grandes centros urbanos, onde a concorrência inclui atores como Tesla e outras desenvolvedoras de direção autônoma.

Embora diversos fabricantes testem veículos sem motorista em cidades norte-americanas, poucos conquistaram a autorização para operações regulares. O projeto em Nova York pode servir de vitrine para a adoção em metrópoles cujo tráfego apresenta variáveis complexas, como pedestres, ciclistas, obras e sinalização intensiva.

Regras de segurança e desafios

A exigência de um operador humano reflete a cautela das autoridades municipais. A presença desse profissional busca reduzir o risco de incidentes e garantir pronta resposta em situações de emergência. Segundo especialistas, o aprendizado gerado em cenários reais ajuda a calibrar algoritmos de percepção e tomada de decisão, requisitos fundamentais para uma futura liberação sem supervisão.

A Waymo, por sua vez, argumenta que a coleta de dados em ambientes de alta densidade populacional acelera o refinamento dos sistemas. A empresa pretende demonstrar que seus sensores conseguem identificar com precisão obstá­culos incomuns, mudanças repentinas de faixa e sinais de trânsito específicos da cidade.

Em paralelo, a discussão regulatória continua ativa. A TLC deve avaliar relatórios periódicos de desempenho e pode suspender o programa caso ocorram irregularidades. Até o momento, não há prazo definido para inclusão de passageiros pagantes, etapa que depende de novos pareceres e adequação às regras de transporte remunerado.

Para quem acompanha o mercado de mobilidade, a movimentação em Nova York representa um novo marco no caminho rumo à adoção comercial de carros autônomos. A partir dos resultados obtidos até setembro, autoridades e empresas terão subsídios concretos para decidir os próximos passos.

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Resumo: a Waymo inicia testes de oito SUVs autônomos em Manhattan e Downtown Brooklyn até setembro, com operador humano a bordo e sem transporte de passageiros. A iniciativa pode definir os rumos da direção autônoma em grandes centros urbanos. Acompanhe nossas atualizações e fique por dentro dos próximos avanços.

Curiosidade

Os testes em Nova York utilizarão o Jaguar I-Pace elétrico, veículo escolhido pela Waymo por combinar zero emissão de poluentes com espaço para os sensores externos. Cada carro conta com mais de 30 câmeras, radares de longo alcance e um sensor LiDAR no teto capaz de mapear objetos a até 300 metros de distância. Esses equipamentos geram cerca de 1 terabyte de dados por hora, processados em tempo real por sistemas de inteligência artificial embarcados.

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