Twisted Metal, adaptação televisiva da clássica franquia de games de corrida e destruição, estreou a segunda temporada em 31 de julho de 2025 no serviço Peacock. Com cenários pós-apocalípticos dominados por gangues armadas e veículos modificados, a produção reacendeu comparações com Blood Drive, série da Syfy exibida em 2017 que apostou numa estética semelhante de ação extrema, carros violentos e referência direta a filmes B.
Twisted Metal: ação pós-apocalíptica volta aos holofotes
Na nova leva de episódios, o ator Anthony Mackie retorna como John Doe, ex-entregador que sofre de amnésia e recebe a missão de transportar um pacote misterioso por estradas tomadas pelo caos. Durante o percurso, o protagonista cruza o caminho do palhaço homicida Sweet Tooth, interpretado fisicamente por Joe Seanoa e dublado por Will Arnett. O confronto entre os dois personagens, aliado a sequências de perseguição em veículos fortemente armados, aprofunda a atmosfera de perigo constante que já marcou a temporada inaugural.
Produzida pela Sony Pictures Television, a série incorpora influências claras de obras icônicas como “Mad Max”. Segundo críticos especializados, a representação de cidades em ruínas, desertos infinitos e disputas motorizadas reforça o legado dos filmes de George Miller, considerados referência obrigatória para narrativas de mundos colapsados.
Dados do serviço de streaming indicam que a primeira temporada alcançou números sólidos de audiência, impulsionando a encomenda do novo ciclo. Analistas de mercado apontam que Peacock aposta na combinação de nostalgia dos jogos, cenas de ação contínua e personagens carismáticos para consolidar a atração como uma de suas principais propriedades originais.
Blood Drive: a corrida sangrenta que antecipou o conceito
Exibida entre junho e setembro de 2017, Blood Drive apresentou um universo alternativo ambientado em 1999, após terremotos devastadores tornarem combustíveis e água escassos. Para sobreviver, os habitantes desenvolveram carros movidos a sangue humano. O enredo concentra-se numa competição anual organizada pela corporação Heart Enterprises: uma corrida mortal de costa a costa dos Estados Unidos que promete fama e fortuna ao vencedor.
O protagonista Arthur Bailey, vivido por Alan Ritchson, é um policial de Los Angeles forçado a participar da disputa ao lado da misteriosa Grace D’Argento, interpretada por Christina Ochoa. Cada episódio homenageia um subgênero de filme exploitation, variando de motéis canibais a asilos controlados por assassinos. O apresentador Julian Slink, papel de Colin Cunningham, personifica o tom debochado e ultraviolento da série.
Apesar de elogios pela criatividade e pela abordagem “grindhouse” sem restrições de sexo nem gore, Blood Drive teve apenas 13 capítulos e terminou com um gancho que deixava espaço para explorar o subgênero de “mulheres na prisão” em uma segunda temporada. De acordo com executivos da época, a audiência limitada e o alto custo de produção inviabilizaram a renovação, mantendo a obra como título de culto entre fãs do horror televisivo.
Origem comum em filmes B e legado para a TV
Especialistas em cultura pop destacam que tanto Twisted Metal quanto Blood Drive bebem da mesma fonte: produções independentes dos anos 1970 e 1980 cheias de carros modificados, violência caricata e humor negro, caso de “Death Race 2000”. O apelo visual de estradas inóspitas, figurinos extravagantes e personagens maiores que a vida formou um subgênero que ainda encontra espaço em produções contemporâneas, impulsionado pelo interesse nostálgico do público.

Imagem: Internet
Relatórios do segmento de streaming apontam que séries baseadas em propriedades conhecidas, como videogames, apresentam taxas de retenção de assinantes acima da média. Já conteúdos originais inspirados em estéticas de nicho, caso de Blood Drive, costumam gerar comunidades pequenas porém engajadas, fator considerado valioso na atual disputa por atenção.
Impacto para o espectador: a volta de Twisted Metal e o resgate de discussões sobre Blood Drive indicam que narrativas de mundo colapsado, com violência estilizada e humor ácido, permanecem relevantes. Para quem acompanha tendências de entretenimento, essa convergência pode significar novas produções no mesmo estilo, tanto em grandes plataformas quanto em circuitos independentes.
Curiosidade
Sabia que o conceito de carros movidos a fluidos humanos visto em Blood Drive tem inspiração num filme tchecoslovaco de 1982 chamado “Upír z Feratu”? A produção, cujo título faz trocadilho com “Nosferatu”, apresenta um veículo esportivo que suga sangue dos motoristas para funcionar, antecipando em décadas a ideia radical explorada na série da Syfy.
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