The Conjuring: Last Rites encerra saga, mas ignora polêmicas sobre os Warren

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“The Conjuring: Last Rites” chegou aos cinemas como a provável conclusão da popular série de terror iniciada em 2013. O longa retoma a trajetória dos investigadores paranormais Ed e Lorraine Warren, vividos por Patrick Wilson e Vera Farmiga, para narrar um caso supostamente ocorrido na Pensilvânia entre as décadas de 1970 e 1980. No entanto, críticas recentes apontam que a produção evita confrontar os aspectos mais controversos da biografia do casal na vida real, tratando-os como heróis incontestáveis e encerrando a franquia em tom de homenagem.

Filme reforça imagem heroica do casal

De acordo com as cenas descritas por veículos especializados, a narrativa mostra Ed e Lorraine em semiaposentadoria, ministrando palestras sobre investigações passadas e lidando com a percepção pública de que seu trabalho perdeu relevância. O roteiro conduz a dupla a assumir o caso da família Smurl, assombrada por manifestações demoníacas. A motivação central, segundo o filme, é o altruísmo e a ética dos protagonistas, que decidem ajudar mesmo quando sua própria filha, Judy, poderia estar em perigo.

Nesse ponto, “Last Rites” segue a mesma linha dos títulos anteriores: a relação conjugal dos Warren é apresentada como fonte de força moral e espiritual. Ao longo da série, essa abordagem ajudou a manter o foco no drama humano, colocando em segundo plano a discussão sobre a veracidade dos eventos sobrenaturais mostrados em tela.

Desta vez, porém, a opção por exaltar o casal ganhou mais destaque. Ao final da projeção, cartões de texto descrevem Ed e Lorraine como figuras “importantes para a história”, classificando controvérsias reais apenas como assuntos “vagos”. Especialistas em cinema ouvidos pela imprensa observam que a estratégia aproxima o longa de uma hagiografia, isto é, uma narrativa que exalta virtudes e minimiza falhas.

Passado controverso suscita debate ético

Fora da ficção, o currículo de Ed e Lorraine Warren não é isento de questionamentos. Reportagem publicada em 2017 pelo The Hollywood Reporter citou acusações de exploração financeira, manipulação, violência doméstica e até abuso sexual envolvendo o casal. Ambas as partes envolvidas já faleceram — Lorraine, inclusive, atuou como consultora dos primeiros filmes até 2019.

Críticos argumentam que o último capítulo da franquia perdeu a oportunidade de abordar, ainda que de forma secundária, esse lado obscuro. Segundo analistas, ao ignorar os relatos negativos, o estúdio reforça uma representação idealizada e, possivelmente, descolada da história factual. Esse movimento contrasta com tendências recentes de Hollywood, que têm revisitado biografias com maior atenção a nuances e contradições dos personagens retratados.

O diretor Michael Chaves, sucessor de James Wan no comando da série, manteve o tom reverente presente nos capítulos anteriores. Entretanto, ao encerrar a saga sem qualquer reflexão sobre a divergência entre mito e realidade, “Last Rites” recebeu avaliações mistas. Para parte dos críticos, o filme entregou o entretenimento habitual, mas falhou em um ajuste de contas histórico que poderia ampliar a profundidade dramática.

Possíveis desdobramentos para o futuro da franquia

Com o lançamento de “Last Rites”, a Warner Bros. indica o fechamento de um ciclo iniciado há mais de uma década, mas não descarta derivados dentro do mesmo universo. Segundo especialistas do setor, o desempenho financeiro do novo título será decisivo para a continuidade de spin-offs focados em entidades como a freira demoníaca Valak ou na malfadada boneca Annabelle.

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Imagem: Internet

Relatórios de bilheteria preliminares sugerem que o nome “Conjuring” ainda carrega força junto ao público, mantendo a expectativa de boa performance global. Caso isso se confirme, executivos podem optar por explorar histórias paralelas que escapem do debate sobre a vida real dos Warren, concentrando-se em figuras aterrorizantes já populares entre os fãs.

Impacto para o espectador e para o gênero

Para quem acompanha a saga desde o início, “Last Rites” funciona como fechamento emocional da linha principal, mas também levanta uma questão relevante: até que ponto adaptações baseadas em pessoas reais devem assumir responsabilidade sobre a representação histórica? A resposta pode influenciar não apenas futuros projetos de terror, mas também biografias e dramas inspirados em eventos verídicos. Para o público, compreender as camadas entre ficção e realidade torna-se cada vez mais importante na formação de senso crítico sobre o que se consome.

Curiosidade

Embora os Warren tenham se tornado sinônimo de investigação paranormal no cinema, vale lembrar que, na vida real, o casal fundou em 1952 um museu de ocultismo em sua própria casa, no estado de Connecticut. A boneca Annabelle, amplamente explorada pela franquia, permanece em exibição no local, trancada em uma caixa de vidro. Segundo visitantes, o ambiente é repleto de artefatos ligados a supostos casos sobrenaturais, reforçando a mistura de realidade e lenda que continua atraindo fãs e curiosos ao redor do mundo.

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