Desde a estreia em 2022, Wandinha figura entre os maiores êxitos da Netflix e permanece assunto frequente em plataformas digitais. Mesmo sem novos episódios no ar, a produção continua a gerar memes, coreografias e debates que a mantêm no centro das atenções do público jovem e de comunidades especializadas em cultura pop.
Dança icônica sustenta engajamento no TikTok
O momento mais lembrado da série é a sequência de dança durante o baile da Escola Nunca Mais. Coreografada pela atriz Jenna Ortega, a cena foi embalada na internet pela canção Bloody Mary, de Lady Gaga. Segundo dados levantados por ferramentas de monitoramento de redes, milhões de vídeos reproduzem a coreografia — alguns chegam a ultrapassar centenas de milhões de visualizações no TikTok.
O impacto permanece porque a coreografia serve de desafio recorrente, sendo refilmada por usuários que combinam maquiagem escura, roupas pretas e estética gótica. A própria Lady Gaga aderiu ao movimento, publicando sua versão e ampliando o alcance da trend. Especialistas em marketing digital apontam que a interação direta de celebridades ajuda a prolongar o ciclo de popularidade de conteúdos virais.
Memes consolidam linguagem compartilhada
Frases irônicas da personagem, capturadas em capturas de tela, alimentam reações em rede. Expressões como “Eu não choro, apenas internalizo a dor” transformaram-se em respostas prontas para dilemas cotidianos, reforçando o humor ácido que caracteriza a série. Relatórios de plataformas como X (antigo Twitter) indicam que as menções à personagem mantêm volume constante dois anos após a estreia.
Esse material funciona como publicidade espontânea: cada meme amplia a visibilidade da marca sem custos adicionais para a Netflix. De acordo com analistas de mídia, esse fenômeno explica parte da permanência da produção no top 10 da plataforma em diferentes mercados mesmo durante períodos sem lançamentos.
Teorias de fãs movimentam fóruns online
Enquanto o conteúdo oficial não avança, comunidades em Reddit e outras redes sociais exploram hipóteses sobre o futuro da narrativa. Entre os tópicos mais discutidos estão:
- a possível sobrevivência da diretora Larissa Weems, dada como morta na primeira temporada;
- o papel de Lady Gaga na Parte 2, com segmentos defendendo que a cantora interprete uma bruxa ancestral ou professora excêntrica;
- o desenvolvimento da relação entre Wandinha e Enid, que alguns seguidores gostariam de ver evoluir para romance.
Essas especulações mantêm alto o tráfego nos fóruns e estimulam novas teorias a cada entrevista ou vazamento de bastidores. Especialistas em comportamento de fãs descrevem o processo como “narrativa coletiva”, em que o público complementa a história durante hiatos de produção.
Fanarts, cosplays e moda ampliam o universo da série
Além dos debates, artistas digitais produzem fanarts que recriam Wandinha em contextos de outras franquias, como Harry Potter e o universo cinematográfico da Marvel. Tais criações circulam principalmente em Instagram e Pinterest, influenciando tendências visuais e de vestuário.
Eventos de cultura pop registram aumento na presença de cosplays da personagem. Segundo organizadores de convenções brasileiras, o figurino de Wandinha está entre os mais solicitados desde 2023. A popularidade inspira tutoriais de maquiagem e vídeos de Get Ready With Me, fortalecendo o ciclo de engajamento.
Estratégia de conteúdo orgânico reduz custos de marketing
Analistas do setor de streaming ressaltam que o caso Wandinha ilustra como produções podem sustentar relevância prolongada sem campanhas publicitárias de grande porte. Cada repostagem de meme ou vídeo de dança gera alcance adicional, diminuindo a dependência de anúncios pagos e abrindo espaço para novos formatos de monetização, como produtos licenciados.

Imagem: Ana Lee
Para a Netflix, o fenômeno representa um modelo de divulgação baseado na participação da comunidade, prática que tende a ganhar força em lançamentos futuros.
Próximos passos oficiais
A Parte 2 da segunda temporada tem estreia programada para setembro de 2025, e a terceira temporada já foi confirmada. A expectativa é que novos episódios apresentem personagens inéditos e aprofundem arcos de narrativa abertos na fase inicial. Produtores indicam que o cronograma de filmagens será concluído ainda este ano, o que deve intensificar a circulação de teasers e entrevistas.
Para o espectador, a continuidade da série significa mais material para memes, desafios de dança e discussões teóricas. Plataformas de streaming concorrentes monitoram o desempenho de Wandinha como estudo de caso para estratégias próprias.
Em síntese, a permanência da série nas redes mostra como narrativa, estética e interação com fãs podem se combinar para estender o ciclo de vida de um título. Esse modelo pode influenciar tanto a produção de conteúdo quanto o consumo, abrindo espaço para formatos que privilegiem a participação do público.
Se você quer entender como outros fenômenos culturais se mantêm relevantes após a estreia, acompanhe as análises disponíveis em nossa seção de Entretenimento.
Curiosidade
A personagem Wandinha surgiu originalmente em tiras de quadrinhos publicadas na década de 1930 pelo cartunista Charles Addams. Quase um século depois, a figura permaneceu suficientemente popular para impulsionar uma das danças mais reproduzidas da era TikTok. O contraste entre a criação em preto-e-branco nos jornais e a reinterpretação em vídeos verticais no smartphone ilustra a adaptação de ícones culturais a novos meios.
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