Samuel L. Jackson é hoje sinônimo de bilheterias robustas e personagens marcantes, especialmente após interpretar Jules Winnfield em Pulp Fiction (1994). No entanto, a trajetória do ator inclui uma passagem anterior por outro marco do cinema de gangsters que muitos espectadores acabam esquecendo: Os Bons Companheiros, dirigido por Martin Scorsese e lançado em 1990.
Participação discreta no clássico de Scorsese
No longa de Scorsese, Jackson dá vida a Stacks Edwards, um integrante secundário da quadrilha liderada por Jimmy Conway (Robert De Niro) e Tommy DeVito (Joe Pesci). Stacks é encarregado de conduzir o veículo de fuga após o célebre assalto da Lufthansa, mas falha ao não eliminar as evidências e permitir que o carro seja encontrado pela polícia. A consequência é fatal: seu personagem é executado por DeVito pouco depois do roubo. A aparição do ator totaliza cerca de um minuto de tempo de tela, narrada em off pelo protagonista Henry Hill (Ray Liotta).
Embora breve, a cena demonstra a versatilidade de Jackson em papéis dramáticos. Os Bons Companheiros — com 2 horas e 25 minutos de duração — é frequentemente citado como um dos melhores filmes de gangsters de todos os tempos, reconhecido pela crítica e pelo público pelo seu retrato detalhado do crime organizado entre as décadas de 1950 e 1980.
Da estreia aos grandes sucessos
Jackson iniciou a carreira em 1972 e acumulou participações pequenas ao longo dos anos 1980. Entre elas, constam créditos em Do the Right Thing, Coming to America e True Romance. Em 1993, o ator já havia conquistado visibilidade adicional como o programador de sistemas John Arnold em Jurassic Park, de Steven Spielberg. Ainda assim, a grande virada chegou apenas um ano depois, quando Quentin Tarantino o escalou para viver o matador de aluguel Jules Winnfield.
Pulp Fiction consolidou Jackson como um dos nomes mais requisitados de Hollywood. O papel rendeu indicação ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante e ao Globo de Ouro, abrindo caminho para sucessos como Die Hard – A Vingança (1995), Tempo de Matar (1996), 187 – O Código (1997) e A Negociação (1998). Somadas, as bilheterias de produções estreladas pelo ator superam a marca de US$ 27 bilhões, segundo estimativas de consultorias especializadas.
Reconhecimento tardio e legado
O destaque tardio em relação à participação de Jackson em Os Bons Companheiros tem explicação simples: Stacks Edwards figura apenas na 32ª posição da lista de personagens creditados oficialmente. A narrativa foca nos protagonistas interpretados por De Niro, Pesci e Liotta, ofuscando presenças menores. Ainda assim, a sequência que envolve o descuido de Edwards é determinante para o destino de toda a quadrilha e reforça o realismo brutal característico do filme.

Imagem: Internet
Em retrospecto, a atuação comprova que Jackson já dominava a arte de criar personagens memoráveis mesmo com pouco tempo em cena. Essa habilidade o acompanhou nos projetos seguintes, inclusive no Universo Cinematográfico Marvel, onde interpreta Nick Fury desde 2008.
Para quem deseja revisitar o início da trajetória do ator antes do estrelato, Os Bons Companheiros continua disponível em serviços de streaming e permanece relevante como estudo de direção, montagem e atuação.
Se você gosta de relembrar participações marcantes de grandes astros no cinema, vale conferir outros conteúdos na seção de entretenimento do nosso portal. Acesse mais notícias sobre filmes e séries e amplie seu repertório.
Em resumo, quatro anos antes de conquistar indicações ao Oscar, Samuel L. Jackson já deixava sua marca no gênero de gangsters com Stacks Edwards. Revisitar essa cena curta, mas decisiva, é uma oportunidade de observar a evolução de um dos atores mais prolíficos da história. Explore essas e outras curiosidades e compartilhe o conteúdo com quem aprecia boas histórias do cinema.