A Samsung apresentou oficialmente a nova geração de televisores Vision AI Neo QLED equipados com tecnologia Mini LED. A série abrange telas de 55 a 115 polegadas e incorpora o processador NQ4 AI Gen 3, responsável por otimizar conteúdo e recursos de inteligência artificial. Entre os modelos anunciados, o destaque é a QN90F, que combina upscaling em 4K, frequência de 165 Hz e integração com o Samsung Gaming Hub.
Processador NQ4 AI Gen 3 aprimora imagem e som
De acordo com a fabricante, o novo processador analisa em tempo real a resolução de vídeos em HD e Full HD, convertendo-os para 4K com maior nitidez. O algoritmo atua também no contraste das zonas de luz dos painéis Mini LED, reduzindo halos e ampliando a percepção de preto. A companhia afirma que o chip é capaz de ajustar automaticamente parâmetros de áudio conforme o ambiente, recurso potencializado pela presença de microfones nos televisores.
Relatórios internos indicam que o NQ4 AI Gen 3 faz cálculos em até 20 redes neurais diferentes, processando imagens quadro a quadro. Segundo especialistas em display, esse tipo de inteligência artificial costuma reduzir artefatos de compressão, beneficiando especialmente serviços de streaming com bitrates menores.
Recursos voltados para gamers e comando por gestos
Para o público gamer, a linha Neo QLED traz taxa de atualização de 165 Hz nas versões 4K, suporte a VRR e tempo de resposta reduzido. O Samsung Gaming Hub permite acessar plataformas em nuvem sem necessidade de console dedicado, com títulos de serviços como Xbox Cloud Gaming e Nvidia GeForce Now. Os usuários podem ainda transformar o celular em controle, via aplicativo SmartThings, eliminando a obrigatoriedade de periféricos adicionais.
A interação com a TV vai além do controle remoto. Quem possui um Galaxy Watch pode acionar comandos por gestos, trocando canais ou ajustando o volume ao movimentar o braço. O controle SolarCell, incluso em toda a linha, recarrega por iluminação artificial, solar ou pelo sinal Wi-Fi, reduzindo o consumo de pilhas descartáveis.
Entretenimento ampliado: Art Store e modo karaokê
As novas telas incluem acesso à Art Store, biblioteca com mais de 3 mil obras de museus internacionais. O modo quadro permite exibir pinturas ou fotografias quando o aparelho não está em uso, transformando a TV em peça decorativa. Outra novidade é o aplicativo Stingray, que libera catálogo de 100 mil faixas e exibe letras em tempo real, criando experiência de karaokê caseiro sem equipamentos extras.
Modelos e preços anunciados para o Brasil
A Samsung confirmou cinco variações para o mercado brasileiro. A configuração de entrada é a QN70F de 55 polegadas, com preço sugerido de R$ 4.199. Na outra ponta, o modelo QN90F de 115 polegadas chega a R$ 99.999, tornando-se o mais caro da série 2025. A fabricante mantém a estratégia de ocupar diferentes faixas de preço, procurando atender tanto consumidores que buscam um primeiro painel Mini LED quanto quem deseja telas gigantes para home theater.
Impacto no setor e expectativa de adoção
Dados da consultoria Omdia apontam que televisores com backlight Mini LED representam apenas 7 % das vendas globais em 2024, mas esse índice pode dobrar até 2026 à medida que os custos de produção caem. A aposta da Samsung em processadores dedicados à IA mira justamente a diferenciação diante de rivais que utilizam painéis similares, mas dependem de chips generalistas.
Imagem: Internet
Na prática, consumidores ganham opções com melhoria perceptível de imagem sem precisar de conteúdo nativo em 4K; serviços de streaming, por sua vez, conseguem entregar vídeo em resoluções mais baixas e poupar largura de banda. Para o segmento de jogos em nuvem, a atualização de 165 Hz promete diminuir latência e exibir frames adicionais, aproximando a experiência ao padrão de PCs de alto desempenho.
Segundo analistas de mercado, a ampliação do ecossistema Galaxy — que integra TVs, relógios e smartphones — pode fidelizar usuários e estimular vendas cruzadas. A compatibilidade com controles gestuais e recarga via Wi-Fi se alinha a tendências de sustentabilidade, fator cada vez mais valorizado por agências de classificação ambiental.
Curiosidade
Os televisores Mini LED utilizam cerca de 40 mil minúsculos diodos como fonte de luz, número que pode ser até 200 vezes maior do que em painéis LCD convencionais. Essa densidade extra permite zonas de escurecimento precisas e ganhos expressivos de contraste — característica fundamental para reproduzir, por exemplo, as imagens de fundo espacial em jogos de ficção ou cenas escuras em séries produzidas em HDR.
Para quem acompanha novidades em telas e dispositivos conectados, a nova geração Neo QLED coloca a Samsung em posição de destaque num segmento que ainda concorre com tecnologias como OLED e Micro LED. A decisão de incluir IA avançada em modelos de entrada indica que recursos antes restritos ao topo de linha devem tornar-se padrão no curto prazo, beneficiando o consumidor final.
Caso queira comparar esses lançamentos com outras soluções inteligentes para o lar, confira a cobertura completa em nossa seção de Tecnologia, onde publicamos análises sobre casas conectadas, wearables e muito mais.
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