Roteiristas de Jurassic World decidem destruir Isla Nublar e revelam receio da reação do público

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O segundo filme da trilogia “Jurassic World”, lançado em 2018 sob o título “Jurassic World: Reino Ameaçado”, marcou a franquia ao eliminar um de seus cenários mais icônicos: a Ilha Nublar. A decisão, tomada pelos roteiristas Colin Trevorrow e Derek Connolly, foi classificada por eles como um momento “quase tão impactante quanto matar um personagem”. Em entrevista à revista Empire, Trevorrow admitiu que temia uma reação negativa do público diante da destruição do local onde o primeiro “Jurassic Park”, de 1993, apresentou seus dinossauros ao mundo.

Temor dos roteiristas ao alterar a mitologia da saga

Segundo Trevorrow, a equipe criativa tratou a decisão com “grande reverência”. O roteirista comparou a explosão vulcânica que engole a ilha no filme a “incendiar uma igreja ou templo”, reforçando a percepção de que a localização era quase sagrada para os fãs. Por isso, ele, Connolly e o diretor J.A. Bayona buscaram enquadrar a cena de forma que fosse emotiva sem soar gratuita. O objetivo era que o público sentisse o peso da perda, mas não se voltasse contra a produção.

A destruição de Isla Nublar ocorre ainda na primeira metade do longa. Ao perceber a iminente erupção do vulcão, os personagens de Chris Pratt (Owen Grady) e Bryce Dallas Howard (Claire Dearing) tentam salvar o máximo de espécies possível antes de fugir em um cargueiro. Do navio, observam o fogo consumir a ilha, acompanhados pelo choro de um braquiossauro – o mesmo que foi visto pela primeira vez no clássico de 1993. A escolha de destacar esse animal, segundo especialistas em narrativa cinematográfica, reforça a ligação emocional do público com o passado da série.

Impacto narrativo e extensão dos riscos criativos

Desde “O Mundo Perdido: Jurassic Park” (1997), a franquia alterna entre Isla Nublar e Isla Sorna, locais fictícios onde a InGen criou dinossauros em laboratório. Em “Jurassic World” (2015), a história retornou a Nublar, agora transformada em parque temático funcional. Ao optar por destruir a ilha em “Reino Ameaçado”, os roteiristas selaram o fim de um espaço que ancorava a mitologia da série há 25 anos.

Relatórios de bilheteria mostraram que “Jurassic World” superou expectativas financeiras ao retomar “o básico” que havia conquistado o público em 1993. Já “Reino Ameaçado” precisou avançar a trama para evitar a repetição, estendendo o debate sobre engenharia genética a temas como clonagem humana e liberdade global dos dinossauros. Para Trevorrow, eliminar Isla Nublar foi uma forma de sinalizar que aquele universo não se limitaria a revisitar memórias, mas se arriscaria em novos territórios.

O movimento, entretanto, carregava riscos. Sequências anteriores da saga nunca receberam a mesma aclamação crítica do filme original, o que aumenta a pressão quando escolhas drásticas são feitas. Segundo analistas de mercado, apostas criativas que desafiam a nostalgia podem tanto revitalizar uma marca quanto afastar parcelas do público. No caso de “Reino Ameaçado”, a bilheteria global ultrapassou US$ 1,3 bilhão, indicando que o choque não prejudicou o interesse geral.

Reação do público e legado cinematográfico

Embora alguns fãs tenham lamentado o fim do cenário icônico, postagens em redes sociais e fóruns especializados demonstraram reconhecimento da necessidade de evolução na narrativa. Críticos de cinema destacaram a sequência do braquiossauro como um dos momentos mais emotivos da franquia recente, justamente por remeter ao deslumbramento inicial de 1993 e, ao mesmo tempo, simbolizar sua perda definitiva.

De acordo com dados oficiais da Universal Pictures, a recepção comercial de “Reino Ameaçado” manteve a viabilidade da franquia, abrindo caminho para “Jurassic World: Domínio” (2022). Esse terceiro capítulo leva dinossauros ao redor do planeta, consequência direta da destruição de Nublar e da libertação das espécies durante o leilão clandestino mostrado no longa de 2018.

Roteiristas de Jurassic World decidem destruir Isla Nublar e revelam receio da reação do público - Imagem do artigo original

Imagem: Internet

Para o espectador, o fim da ilha muda o eixo da trama. A tensão não está mais confinada a um parque ou ilha isolada, mas se espalha por cidades, fazendas e ecossistemas reais. Ao expandir o “habitat” dos dinossauros, o roteiro amplia possibilidades de conflito e, segundo especialistas em franquias de entretenimento, prepara terreno para novas produções derivadas ou séries televisivas.

Curiosidade

A Ilha Nublar pode ser fictícia, mas a ideia de ecossistemas inteiros desaparecerem por atividade vulcânica tem base científica. Estudos do Serviço Geológico dos Estados Unidos mostram que, apenas no último século, erupções levaram à evacuação de ilhas inteiras no Pacífico. Assim como no filme, a rápida mudança do solo e das condições atmosféricas torna inviável um resgate completo da fauna local.

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Este artigo destacou como a destruição de Isla Nublar foi planejada e recebida pelo público. Continue navegando no site e acompanhe nossas atualizações diárias.

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