Um novo levantamento, divulgado em 6 de setembro de 2025, reuniu 15 aberturas de anime consideradas decisivas para popularizar séries dentro e fora do Japão. A lista contempla produções lançadas entre 1994 e 2023, abrange diferentes estilos musicais e evidencia como a sequência de abertura continua a exercer forte influência na recepção do público, na venda de trilhas sonoras e até na identidade visual de cada obra.
Critérios adotados para a seleção
Segundo os responsáveis pelo ranking, foram avaliados três pontos principais: impacto cultural da canção, relevância da animação que acompanha a música e repercussão entre fãs e críticos. Entraram na análise números de vendas digitais, execuções em serviços de streaming e citações em redes sociais. Especialistas em cultura pop consultados para o estudo destacam que uma abertura bem-sucedida “abre caminho” para a série conquistar novos públicos, pois resume personagens, tom narrativo e proposta estética em menos de dois minutos.
Relatórios indicam ainda que, quando a trilha sonora entra em plataformas como Spotify ou Apple Music, o índice de buscas pelo anime pode crescer até 40 %, impulsionando licenciamento de produtos e exibição em novos mercados. O ranking também levou em conta atualizações visuais feitas ao longo das temporadas — prática comum em séries de longa duração para manter o interesse dos espectadores.
As 15 aberturas reconhecidas
Confira, em ordem cronológica de exibição original, as sequências destacadas e os motivos elencados pelos avaliadores:
“Flying in the Sky” – Mobile Fighter G Gundam (1994)
Primeiro representante dos anos 1990, a canção introduz um tom mais leve à franquia Gundam, marcada até então por enredos bélicos. A inclusão de efeitos sonoros dos robôs em movimento foi citada como diferencial.
“A Cruel Angel’s Thesis” – Neon Genesis Evangelion (1995)
Considerada marco do city pop, a faixa de Yoko Takahashi se tornou sinônimo da série e reforçou a fusão de temas existenciais com ação mecha.
“We Are!” – One Piece (1999)
A sequência reúne narrativa introdutória sobre o tesouro One Piece e apresentação da tripulação de Monkey D. Luffy. Especialistas apontam que o uso de efeitos de som para cada personagem colaborou para fixar o espírito aventureiro da obra.
“Cha-La Head-Cha-La” – Dragon Ball Z (1989, mas incluída na lista pelo impacto prolongado)
Apesar de mais antiga que outras escolhas, permanece referência global entre temas de anime, com versões em diversos idiomas e presença constante em eventos de cultura pop.
“Tank!” – Cowboy Bebop (1998)
A abertura instrumental de jazz, composta por Yoko Kanno, é lembrada pela sincronia entre música e créditos inspirados em design de filmes dos anos 1960.
“Again” – Fullmetal Alchemist: Brotherhood (2009)
A produção destaca o salto de qualidade visual em relação à adaptação de 2003 e relembra a origem trágica dos irmãos Elric.
“Battlecry” – Samurai Champloo (2004)
Composição de Nujabes mistura lo-fi hip hop a samurais, reforçando a identidade única da série.
“Limit Break x Survivor” – Dragon Ball Super (2017)
Segundo a análise, a troca de abertura na metade da série evidenciou a transformação Ultra Instinct de Goku e renovou o interesse na franquia.
“Silhouette” – Naruto Shippuden (2014)
O clipe acompanha a evolução de Naruto desde a infância e utiliza a melodia pop-punk da banda Kana-Boon para marcar a virada de fase do personagem.
“Guren no Yumiya” – Attack on Titan (2013)
Combinando rock sinfônico e imagens de combate aéreo, a abertura foi apontada como “chamado à resistência” na trama sobre a luta contra os Titãs.

Imagem: Internet
“The Rumbling” – Attack on Titan Final Season Part 2 (2022)
A escolha reflete a mudança de estúdio de animação e simboliza a guinada dramática em direção ao desfecho apocalíptico da história.
“Unravel” – Tokyo Ghoul (2014)
A atmosfera sombria da faixa de TK, combinada a visuais psicodélicos, foi identificada como peça fundamental para transmitir o conflito interno do protagonista meio-ghoul.
“Gurenge” – Demon Slayer: Kimetsu no Yaiba (2019)
De acordo com dados oficiais de vendas, a música de LiSA ultrapassou 1 milhão de downloads no Japão, impulsionando a série a recordes de bilheteria no cinema.
“KaiKai Kitan” – Jujutsu Kaisen (2020)
A canção de Eve introduz o universo oculto de maldições na capital japonesa e se destacou por animação fluida em cenas de ação.
“Idol” – Oshi no Ko (2023)
Última da lista, a abertura utilizou elementos de J-pop para comentar a indústria de idols e alcançou rapidamente os rankings globais de música digital.
Impacto para fãs, estúdios e mercado
Estudar as sequências de abertura revela tendências de produção e consumo. Produtoras de trilhas sonoras relatam que temas de anime hoje competem diretamente com lançamentos de artistas mainstream, impulsionadas por plataformas de vídeo curto que viralizam trechos de 15 a 30 segundos. Além disso, convenções de cultura pop passam a incluir apresentações musicais exclusivas, reforçando a conexão entre animação e indústria fonográfica.
Para o público brasileiro, a popularidade dessas canções influencia desde playlists pessoais até eventos de karaokê. Distribuidoras locais observam aumento na procura por dublagens que mantenham o tema original, inclusive com versões em português quando a aceitação é considerada estratégica.
Na prática, reconhecer aberturas icônicas ajuda o espectador a compreender referências cruzadas em outras mídias e valoriza a experiência de acompanhar uma série semanalmente. Para os estúdios, investir em uma música forte pode significar maior retenção de audiência e receita adicional com shows ao vivo e merchandising.
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Curiosidade
O processo de criação de um tema de abertura costuma começar muito antes da estreia de um anime: roteiristas, diretores e compositores se reúnem para discutir enredo, ritmo dos episódios e até paleta de cores, garantindo que som e imagem contem a mesma história. Em alguns casos, como “Tank!” e “A Cruel Angel’s Thesis”, a música foi finalizada antes mesmo de a animação estar concluída, influenciando o storyboard das cenas iniciais.
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