Durante uma avaliação prática que reuniu mais de 500 fotos e vídeos, o Pixel 10 Pro mediu forças com o Galaxy S25 Ultra para verificar se a promessa da Google de ter a “melhor câmera de smartphone do mundo” se sustenta. Os testes cobriram situações diurnas, noturnas, retratos e o polêmico zoom de 100x, sempre com análise minuciosa em monitor de 32 pol. A disputa revelou diferenças importantes entre processamento de imagem, fidelidade de cores e recursos de software.
Especificações que moldam o resultado
Mesmo com uma câmera principal de 50 MP, o Pixel 10 Pro conta ainda com teleobjetiva periscópica de 48 MP (5x), ultrawide de 48 MP e câmera frontal de 42 MP. O concorrente da Samsung chega com sensor principal de 200 MP, teleobjetivas de 10 MP (3x) e 50 MP (5x), além de ultrawide de 50 MP. Na teoria, a contagem de megapixels favorece o Galaxy S25 Ultra, mas o cenário muda quando entra em jogo o tratamento de imagem aplicado por cada fabricante.
Desempenho em diferentes cenários
Câmera principal: ambas entregam ótima reprodução de cores, porém o sensor de 200 MP da Samsung conserva nitidez uniforme em primeiro e segundo planos. Já o Pixel reproduz texturas de folhagens com mais definição, apesar de perder detalhe em elementos distantes.
Ultrawide: os dois aparelhos sofrem perda de detalhes típica desse tipo de lente. O Pixel enquadra área ligeiramente maior da cena e conquista vantagem discreta.
Telefoto 5x: com zoom óptico, Pixel e Galaxy mantêm alta nitidez. O modelo da Samsung preserva cores mais fiéis, enquanto o smartphone da Google realça tons vibrantes, preferências que podem variar segundo o gosto do utilizador.
Zoom de 100x: pela primeira vez, o Pixel iguala o alcance que a linha Galaxy S Ultra oferece há anos. Nos testes, nem Google nem Samsung entregaram imagens perfeitas desse nível de ampliação. O resultado do S25 Ultra ficou borrado; o Pixel apresentou aparência semelhante a uma ilustração, mas reteve legibilidade superior em placas e objetos. No conjunto, o aparelho da Google foi considerado o mais utilizável em 100x.
Modo Retrato: o recorte de fundo e cabelo evidenciou diferenças de software. O Galaxy manteve transições suaves e naturais, enquanto o Pixel criou separação quase “cirúrgica”, que perde naturalidade em ampliarções. Ainda assim, ambos produziram retratos de boa qualidade para uso em redes sociais.
Recurso Camera Coach: exclusivo do Pixel 10 Pro, esse assistente baseado em IA sugere enquadramentos e ajustes antes do disparo. Embora leve cerca de 15 segundos para gerar orientações e não reconheça automaticamente a conclusão de cada passo, o recurso adiciona valor a utilizadores que buscam orientação rápida para fotos mais elaboradas.

Imagem: Internet
Os testes foram realizados em parque de diversões com boa luminosidade e, posteriormente, em cenários urbanos de baixa luz, assegurando variedade de condições. Em telas de smartphone, as diferenças são sutis; é na análise em tamanho real que o software de cada marca se mostra decisivo.
De forma geral, o Pixel 10 Pro seduziu pela consistência no zoom extremo e por ajustes de cor que favorecem contraste, enquanto o Galaxy S25 Ultra brilhou na nitidez bruta e no efeito retrato mais natural. Com isso, o modelo da Google assume momentaneamente o trono de “melhor câmera de bolso” em versatilidade, ainda que a escolha final dependa das preferências de cada utilizador.
Para acompanhar outras novidades em fotografia computacional e inteligência artificial, visite a seção IA do Remanso Notícias.
O embate entre Google e Samsung mostra como hardware poderoso precisa caminhar lado a lado com algoritmos sofisticados. Fique atento às próximas atualizações de software: elas podem mudar o ranking de vencedores a qualquer momento. Caso queira ver mais comparativos, continue navegando em nosso portal e ative as notificações para não perder os próximos testes.
Curiosidade
A Google treinou o recurso Camera Coach do Pixel 10 Pro com milhões de imagens anonimizadas para sugerir enquadramentos baseados em composição clássica, como regra dos terços e linhas de fuga. Além de texto, o sistema usa setas animadas na tela para orientar o movimento do utilizador. O recurso funciona na nuvem e, por isso, requer conexão estável. Mesmo assim, o consumo de dados é mínimo, pois apenas metadados seguem para os servidores. A empresa estuda liberar a ferramenta para modelos anteriores em futuras atualizações.